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O Daniel antes e depois das férias

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Assistiram "O Senhor dos Anéis"? Lembra no último filme da trilogia, quando depois de ter conseguido se livrar do maldito anel, Frodo vai pra cidade dos Elfos e dorme dias??? Pois é...tô me sentindo que nem o Frodo. Não preciso mais de uma noite bem dormida, eu preciso de muitas. Porque não é somente este corpo que vos escreve que está cansado, é a alma!!! Como disse uma amiga, "você está precisando de um abraço". É isso! Me abracem e leiam:
Eu demorei pra fazer um panorama pós férias sobre o Daniel, porque mesmo depois de mais de 1 mês que voltamos pra casa e pra rotina, as coisas não voltaram a ser como antes. Relatei no post sobre a viagem que fizemos de dezembro a janeiro, que optamos por não ficar em hotel e alugamos um apartamento, o que foi maravilhoso, pois conseguimos estabelecer uma rotina maravilhosa pro Dan, que incluiu: convivência diuturna com pai e mãe, brincadeiras no parquinho, idas à praia e à piscina, comidinha preparada pela mamãe, muitos passeios pela cidade, dormir e acordar ao ladinho da mamãe, ajudar na organização do apartamento, o que ele via como uma grande brincadeira e adorava, além de desenhar e pintar com seus lápis e jogar nos aplicativos do Ipad que ele adora. Ele estava se sentindo no paraíso. Eu sabia disso porque Dan estava muito alegre, muito sorridente e muito seguro. Vimos em um mês ele se tornar ainda mais independente e aumentar enormemente o vocabulário. Poucas foram as vezes que ele fez birra, quando aconteceu era por sono e cansaço. Eu esperava que ele voltasse à rotina sem grandes traumas, porque nos últimos dias da viagem, ele já estava pedindo pra voltarmos pra nossa casa e pra Piaf (nossa cadela). Ele dizia: "mamãe, eu estou com muita saudade da Piafão!!" Porém, as coisas não sairam bem como pensei. Ele sentiu demais o retorno à rotina. Estranhou o pai passar o dia fora trabalhando, nova escola, ter que dormir só no quarto, mãe nem sempre disponível porque tinha um monte de pendência a resolver etc. E foi aí que um super, hiper, mega, ultra-birrento Daniel entrou em ação. Só havia uma palavra em sua linda boquinha: "NÃO!". Pra tudo, gente!!! Nada era feito ou conseguido facilmente. Dormir só??? Nem pensar!!! Em 45 dias se ele dormiu só 3 vezes foi muito. E as birras? e a vergonha dos vexames em shoppings na frente de conhecidos, e, pior, desconhecidos que me olhavam com cara de pena?
Eu me descabelei muitas vezes, chorei litros pensando onde estava errando, gritei horrores, o que só piorava a situação, e já sem forças pra continuar essa guerra que estava nossas vidas, tentei amolecer o coração, o que também não foi uma boa estratégia, porque Dan se sentiu um verdadeiro REI e nós seus eternos escravos. Foi aí que fui chamada à razão pelo marido, para que juntos fôssemos firmes com o rapazinho, que estava ocupando todos os espaços, sem qualquer respeito. Estabelecer limites e dizer nãos realmente necessários, e, principalmente, manter o tom de voz firme mas sem gritar, foram táticas que ajudaram muito. O dormir só ainda está em processo, pois é preciso levantar várias vezes para acalmá-lo, logo, o cansaço é tremendo, já que não somos a favor do "deixa gritar e pronto". Penso que é traumatizante demais e não adotamos essa forma de "educar" por aqui. E apesar de cansada - leia-se: destruída - estou mais tranquila porque as coisas começaram a dar sinais de melhora, pena que nem sempre a gente acerta o ponto de primeira. São necessárias algumas cabeçadas para se encontrar o caminho. E nesse jogo de tentativa, acerto e erro, a gente vai seguindo!
P.S: depois de escrever esse post, episódios de chilique aconteceram, mas, mantivemos a calma e internamente cantamos um mantra!!! HAHAHAHAHAHAHAHAHA


O tempo dos homens

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Eu não sei na sua casa, mas na minha, o tempo do meu marido é muito diferente do meu. Enquanto eu gosto de tudo pra ontem, ele adora tudo para o mês que vem, se possível!! A lâmpada está fraca, dando todos os sinais de que vai apagar a qualquer momento, das duas uma: ou eu providencio a troca ou ele vai trocar quando apagar. Simples assim. Se eu o chamo, ele responde "tô indo", mas só aparece uns 10 minutos depois, quando provavelmente, se fosse sério, eu já estaria morta! Dia desses, a tampa do vaso sanitário quebrou e eu jurei a mim mesma que não iria comprar, mesmo que todo dia eu me equilibrasse para ir ao banheiro, o que obviamente me causava ódio e crises de riso, eu esperei quando o digníssimo iria providenciar. Passaram-se 5 dias para que o problema fosse resolvido. E sabe por quê? Porque o bonitão usava outro banheiro e não se incomodava do nosso estar quebrado. Impressionante a capacidade de serem práticos, invejo! Enorme a capacidade de acharem que somos imediatistas demais e que se fizer depois, tá de bom tamanho...e com vocês, meninas? É igual e só muda de endereço? E vocês meninOs? Defesa?


A lancheira do Dan

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ISSO NÃO É PUBLIPOST!! Divido dicas que achei legais!!

Desde 15 de janeiro que vivemos o desafio da lancheira aqui em casa. A nova escola do Dan não fornece o lanche, como acontecia na anterior. Então, a mamãe aqui tem se virado pra fazer uma lancheira gostosa, saudável e que chame a atenção do moleque. Uma das coisas que me ajudou nesta empreitada foi seguir, no instagram, as dicas da nutricionista @andreasantarosagarcia. Corro atrás de achar os produtos aqui em Manaus, o que não é tarefa muito fácil, pois não dispomos de tanta variedade como no eixo Rio-SP, infelizmente.
Como Dan adora fruta, a tarefa se torna menos árdua. Então, tento mandar todo dia: uma bebida, um carboidrato e/ou proteína e a frutinha. Por exemplo: 

- um suco de laranja, um mini pão com queijo minas e 10 uvinhas sem caroço.;
- um suco de uva sem conservantes, uma fatia de bolo caseiro e 6 ou 8 moranguinhos;
- leite com achocolatado orgânico, bolachinha e melão em cubinhos.
E por aí vai...


O que não deu certo: pão de queijo (tentei duas vezes e voltou), bolacha salgada integral (comeu uma e deixou).

Aqui em casa procuramos ter uma alimentação bem saudável mas sem radicalismos. Dan vez ou outra come seu chocolate que ele tanto gosta e como sempre escrevo por aqui, procuramos o equilibrio. 

Seguem alguns fotos de comidinhas que vão na lancheira (fotos da minha página no FB!):





Esse suco é muito bom! Chama-se DO BEM e tem outros sabores. ZERO conservantes!





A violência que desfaz a teoria da evolução

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Há algum tempo, estamos sendo chacoalhados com noticias de extrema violência, o que me faz sentir como se eu tivesse entrado numa máquina do tempo e de repente aterrissasse nos tempos bárbaros e me encontrasse em meio a uma guerra dos hunos, tamanho o absurdo das noticias. Ainda mais revoltada fico, quando vejo, ouço ou leio que essa violência vem, muitas vezes, de pessoas com algum grau de instrução e certa condição finaceira, o que faz cair por terra a ladainha de que a violência só existe e advém das classes marginalizadas. Quem ainda crê nesse conto da carochinha, faça-me o favor?! A questão, infelizmente, não é tão-somente descobrir quem praticou ou incitou a violência. Penso que é preciso ir além e perceber que essas "pessoas" chegaram a este estado porque talvez não tenham recebido a base familiar necessária para se formar cidadão. Freud já perpertuava que a culpa é da mãe, mas, mãe que sou, sei que o buraco é mais embaixo e afirmo que a culpa é dos pais. Possivelmente, se se fizer um retrospecto da vida desses indivíduos, será descoberto, muito provavelmente, algum desajuste familiar. Quem me dera ter a fórmula do bem criar, estaria rica. Mas, há valores que sabemos universais. Entretanto, penso que cada vez mais esses valores têm sido substituídos por outros ditos modernos, deixando a estrutura familiar rasa, beirando o descaso. Há quem se preocupe com formalidades e nomenclaturas e gritam aos quatro ventos o repúdio pelo que não é tradicional, mas, não é disso que falo. Pois, para mim, pouco importa como é formada a familia - homem + mulher + filhos/ homens + filhos/ mulheres + filhos/ tudo junto e misturado + filhos - contanto que os valores que tornam uma sociedade possível sejam passados aos seus, tornando-os pessoas, seres humanos, cidadãos que saibam dizer o seu direito por meio de palavras e não de ações grotescas e nauseantes que me fazem ter vergonha de pertencer a minha espécie. Certamente a essa altura, Darwin está se remexendo no túmulo porque não sabia da possibilidade do retrocesso da espécie humana, estado em que nos encontramos agora, em pleno século XXI. Pasmem.


Conformação que gera letargia Blogagem Coletiva - Coração Materno/Escolhas

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"Coelho tem muita dificuldade de pensar, porque ninguém acredita que ele pense. Tanto que a natureza do coelho até já se habituou a não pensar. E hoje em dia eles todos estão conformados e felizes". (O mistério do coelho pensante; Clarice Lispector)
A frase acima é a minha preferida desse livrinho que já li muitas e muitas vezes pro meu filho. E sempre que leio, um significado ainda maior parece surgir. Dessa vez, a frase me fez pensar que em meio a tantas mensagens e revoluções ativistas nascidas nas redes sociais e que findam por causar o espanto da mídia e de classes dominantes, o que de certa forma muito contribuiu para a mudança no cenário, antes tão estático no que diz respeito à escolha do maternar (amamentação prolongada, criação com apego, parto humanizado, alimentação saudável, infância sem consumo etc), tem uma ligação direta com o que Clarice já proclamava no século passado. Quando eu vejo a repercussão de algo que começou como um pequeno movimento de pais com vontade de mudar, gerando quase que uma comoção social clamando por mudanças, ou seja, quando deixa de ser virtual e vai para o real, eu me lembro da frase de Clarice. Por muito tempo, deixou-se de questionar métodos, receitas, verdades ditas absolutas e uma geração de pais e filhos passaram seus dias sem estourar a bolha. De antemão, aviso que não sou fã de extremismos e busco o equilibrio para mim e para minha familia, daí eu não abraçar uma causa com unhas e dentes porque penso que bom mesmo é tirar o lado positivo de cada uma delas e adaptá-las à realidade que vivo. Porém, devo reconhecer e aplaudir os que provocaram, questionaram, revoltaram-se contra "o sistema", pois acredito que não seja errado seguir algo que o médico falou ou que a revista indicou. Errado é não ter consciência de suas escolhas e fazer porque todo mundo faz ou porque alguém mandou. A conformação gera a letargia e a letargia gera o não progresso e nesse caso falo de não progresso emocional, que é bem mais grave que o material, a meu ver. Fico feliz de ver que movimentos surgiram na busca por uma liberdade do maternar, e toda liberdade, sabe-se, gera responsabilidade, por consequencia direta. E temo que por muito tempo, escolheu-se a não liberdade para não ter que tomar para si a responsabilidade que é escolher. Engrandecedor foi para mim querer, a meu modo, estourar a bolha e fazer o que não é esperado que se faça. Por mais pesada que seja a carga da liberdade, ela é preferível à conformação. Não gosto da felicidade burra. Prefiro o caminho mais árduo que me leve à felicidade consciente.



Dica de livros

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Incentivar a leitura nunca é demais e desde muito cedo gostamos de contar histórias pro Dan. Semana passada compramos dois livrinhos para sua "biblioteca". Um deles fez parte da infância de muitos de nós. O outro, eu não resisti quando vi o título e a parceria de Mauricio de Sousa e Ziraldo. Ambos já foram lidos, mas, o do reizinho é bem comprido e Dan não conseguiu prestar atenção até o final, porém, a história é ótima!!! 












33 (felizes) anos!

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Mais do que festejar a vida, penso que aniversário é dia de fazer retrospectivas e tentar descobrir a pessoa que nos tornamos até aquele momento. Se eu colocasse a minha vida em um desenho, seria, sem dúvida, uma grande montanha russa, com muitos altos e baixos e muitas vezes com loopings infinitos, já que tenho a "mania" de ficar presa em determinadas situações. Olhar para trás é algo que faço muito e por isso sinto muitas saudades. Mas a vida tem sido tão generosa comigo, que apesar de toda a saudade do que vivi e passou, eu estou feliz pelas conquistas que fiz e pela pessoa que venho me tornando. O maior de todos os feitos eu realizei: a maternidade. E com ela renasci e reescrevo a minha história. Por muito tempo os loopings eram tudo o que eu achava que tinha, mas como numa música que adoro, "é preciso se recompor. É apenas um momento que passará".

Para o dia de hoje, Stuck in a moment!




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