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Sobre a paternidade

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Definitivamente, a ficha da paternidade, para alguns homens, demora a cair. No meu caso, pelo menos, foi assim. Após 3 anos de casados, decidimos (juntos) que queríamos ter um bebê. Foi uma decisão tomada com cautela, porque sempre fomos um casal que adorou sair pra balada, fazer festa em casa, viajar pelo mundo...enfim, gostávamos mesmo de aproveitar a vida de casados e sem filhos. Quando resolvemos que era a hora de eu parar de tomar a pílula, passamos a nos divertir com o período fértil...era em casa, na hora do almoço, fiz váááárias visitas à empresa dele, e, foi assim até eu engravidar 6 meses depois. Quando eu dei a noticia de que estava grávida, meu marido, ao contrário de tudo aquilo que sonhei, ficou apavorado, tanto que nem consegui ver em seus olhos qualquer brilho de comemoração. Ele ficou com medo de que nossa vida fosse cair numa rotina e que nosso casamento esfriaria. Confesso que foi um período muito difícil pra mim, já que eu tinha elaborado na minha cabeça uma recepção bem diferente. Quando nosso filho nasceu é que as coisas começaram a fazer algum sentido pro meu marido. O primeiro banho foi ele quem deu, eu pedia sempre pra ele colocar o bebê para arrotar, trocávamos fraldas juntos, tudo isso numa tentativa de fazê-lo enxergar que, apesar de diferente, nossa vida podia ser maravilhosa. E, aos poucos, foi isso mesmo que aconteceu. O pavor de um casamento enfadonho e morno foi embora. O amor pelo nosso filho passou a ser tão grande que ele se arrepende dos momentos em que pensou que não seria bom. Continuamos a fazer programações a dois, só que agora com um plus de chegar em casa e termos o maior amor do mundo nos esperando! Acabei, então, constatando que aquela história de que só se é pai quando o bebê nasce, ser a mais pura das verdades! E eu me emociono todos os dias quando os vejo juntos, rindo e brincando na maior cumplicidade!


Mui amiga...

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Engravidar, para mim, foi uma decisão. Parei de tormar pílula, tomei ácido fólico 6 meses antes da gravidez, malhei, li muuuuito, enfim...fiz o que geralmente fazem as mulheres que planejam ter um bebê. Porém, descobri que quando você se informa demais sobre um assunto, você passa a saber das coisas boas e também das ruins. E quando eu comecei a ler sobre a quantidade de problemas que podem aparacer na gravidez ou as chances gigantescas que existem de na fecundação ocorrer um problema, eu pirei! Cada vez que eu lia sobre uma síndrome, eu ficava mais preocupada. Quando eu descobri que estava grávida, tudo o que eu queria era que chegasse a 12.ª semana para que eu fizesse logo o exame de translucencia nucal para eu saber se estava tudo bem com o meu bebê. Fui super tensa para o exame, coração a mil. Quando a médica me disse que estava tudo normal foi um alívio enorme. Finalmente, eu poderia começar a curtir a gravidez! Mas, como não poderia deixar de ser, sempre aparecem aquelas pessoas, mais especificamente, aquelas mulheres, que conseguem, com uma frase, tirar a sua paz! Lá estava eu, aguardando a minha vez para fazer uma ultrassom de rotina, com mais ou menos 18 semanas, e uma moça começa a puxar assunto comigo. Ela não estava grávida, na verdade, estava em tratamento para engravidar. E eu suuuper solidária, ouvindo atentamente todas as histórias etc. Aí ela resolve me perguntar com quantas semanas eu estava. Respondi toda feliz e disse que graças a Dus eu estava saudável e meu bebê também estava ótimo, blá, blá, blá...então, ela vem com o comentário que acabou a minha manhã: "Ah, não fica tranquila ainda não! Eu também estava super bem, mas, quando eu estava com com 20 semanas, eu perdi meu bebê! Então, ainda não relaxa não!" Ploft!!! Quase caí dura, né? Não consegui mais emitir nenhum som e desnorteada entrei na sala para fazer meu ultrassom, que, ainda bem, mostrou que meu bebê estava lindo e saudável lá dentro!!! O que eu quis dizer com essa historinha? É que tem gente muito sem noção no mundo! E, às vezes má também. Ok que a moça estava triste e frustrada, mas, por quê tirar a paz de uma grávida? Isso não se faz! Mas, não podemos contar que só vamos trombar com gente boa por aí...


Amamentar, melhor cuidado não há!

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Quando eu estava grávida, li e recebi as mais variadas orientações sobre amamentação. Uns diziam que era melhor eu começar o quanto antes a passar bucha nos mamilos para que já fossem ficando menos sensíveis e delicados. Outros já diziam que não havia o que ser feito, e que o melhor era aguardar o momento de amamentar mesmo. Na dúvida, passava a bucha vegetal, mas, só a partir do sétimo mês, e, ainda assim, nada agressivo não!! Foi aí que eu fui convidada para assisitir uma palestra com uma enfermeira mais do que experiente...e ela disse que não há nada para ser feito para preparar o peito. O que vai fazer com que você não sofra rachaduras etc é a tal da "pega" do bebê. Ela ensinou que o bebê tem que abocanhar a mama e não ficar só no bico, pois, por toda a auréola, há furinho de onde sai muito leite! E, dito e feito...quando meu bebê veio mamar, o primeiro impulso é deixá-lo pegar só o bico. Mas, eu colocava o meu dedo mindinho para tirá-lo da sucção errada e abria bem a boquinha dele para encaixá-lo no peito da forma correta. É claro, minha gente, que nas primeiras vezes dói! Para falar a verdade, eu sofri os primeiros 15 dias, porque eu tinha tanto leite que tinha que tirar porque meu bebê não consumia tudo. Porém, nunca sofri com rachaduras ou dores dilacerantes..sentia apenas um ardor! Passados os 15 dias, era só felicidade!!! Que maravilha aquela troca de olhares cúmplices!!! Momento mágico mesmo!! É um cuidado para o bebê e para mamãe também, que se sente a mulher mais poderosa do mundo porque alimenta a sua cria! Entretanto, porém, todavia...amamentar é um ato de doação de corpo E alma. Definitivamente, não é toda mulher que nasceu para amamentar. Compreendo perfeitamente as que optam por não amamentar. Cada uma sabe o que é melhor para si e para seu bebê. Todas são mães, amamentando ou não! Para mim, foi uma experiência incrível! De tudo o que a maternidade me trouxe, amamentar foi o ato mais gratificante! Eu recomendo!


Um pé na realidade?

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A verdade é que ninguém se prepara para ser mãe. Simplesmente se é! Quando o bebê nasce, não adianta pensar que não vai dar conta, porque, de um jeito ou de outro, as coisas vão se encaixando. Quando meu bebê nasceu, mais precisamente, quando ouvi o primeiro chorinho, foi uma emoção sem igual. Mas, acreditem, quando ele foi trazido para o quarto, ainda dormindo, e colocado dentro daquele bercinho, confesso que pensei: esse negocinho aí é meu mesmo é? Nesse momento, eu não me senti mãe e toda aquele conversa de amor sem igual foi por água abaixo. Surtei...surtei mesmo...pensei que não sabia o que eu iria fazer com aquele serzinho...pensei que queria minha vida de antes, pensei por que cargas d´água eu havia inventado de ser mãe e mais um bocado de besteira. É claro que pensei também que ou estava louca mesmo ou eu era um monstro. Mas, a verdade é que eu estava apavorada!!! Eu tive 9 meses para me acostumar com a nova realidade que iria enfrentar, mas, eu só conseguia pensar na parte boa: eu seria mãe. Eu esqueci de me preparar (se é que há preparação) para a realidade que é ser mãe. Gente, eu descobri que bebê não tem devolução!!! Era meu, e, eu tinha que alimentar, dar banho, trocar fralda etc. E eu? Quando eu digo e eu, é no sentido de saber onde estava o tempo para mim?? Quanta ingenuidade...não existia mais o EU e sim o NÓS. E, para ser bem sincera, só existia ELE...porque das 24h do dia, 20h eram para ele e as 4h eu tentava dormir. O que eu quero dizer com o meu post é que nem todas as mulheres do mundo são unânimes em pensar que a maternidade é algo tranquilo, divino...muitas mulheres tentam dizer que não há nada de ruim, mas, a grande verdade é que todas padecem, cansam, choram, desesperam-se, maldizem-se e eu quero deixar claro que isso é NORMAL!!! Não significa em hipótese alguma que você não ame seu filho! Significa que você é HUMANA e não super mulher! Título esse que abomino e grito aos 4 ventos que não sou! Hoje, há uma condenação para a mulher que não consegue dar conta de tudo (casa, filho, marido, ela mesma e trabalho). Eu protesto! Meu dia tem só 24h e eu sou somente UMA! E exijo o direito de ser uma coisa de cada vez. Cada ser humano precisa de seu próprio tempo para se acostumar às mudanças em sua vida. Para mim, a maternidade, de início foi perturbadora, mas, não existe nada, nada mesmo, que me faça mais feliz do que olhar para meu filho e ouvi-lo me chamar de mamãe da forma mais doce e irresistível que eu conheço!


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