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1 ano de Noah

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 Há 365 dias Noah chegava em nossas vidas e hoje é sem dúvida um dia muito feliz. Passei o último mês revisitando memórias...memórias de uma viagem em que decidimos que era hora de termos mais um filho; memórias de um resultado positivo muito comemorado; memórias de uma gravidez extremamente tranquila e feliz; memórias de um intenso e lindo trabalho de parto que findou em cesárea mas que não deixei de ser protagonista; memórias de um novo, porém já conhecido puerpério; memórias da avalanche que foi sentir o amor pelo segundo filho invadindo nossas vidas; memórias de uma mãe que se sentia segura como se já soubesse tudo, tão diferente daquela mãe assustada com o primeiro filho nos braços. Logo nos primeiros dias em casa, descobri que mesmo já sabendo, eu não sabia. Era preciso aprender a lidar com um novo ser, que desde sempre deixa claro o que quer. Era preciso aprender a se dividir e a dividir o amor, porque era impossível estar inteira para ambos os filhos ao mesmo tempo. Mais do que nunca era preciso aprender que ajuda não é fraqueza e que isso não fazia de mim melhor ou pior mãe, mas a mãe possível. Era preciso aprender a se entregar mais uma vez a um filho sem contudo perder-se de si mesma porque eu já havia aprendido a existir após a maternidade. Quando estreei minha maternagem, fiquei enlutada. A Myriam antes do Daniel havia morrido. Viver esse luto foi sofrido...é muito dificil abandonar-se sem saber quem nos tornamos. Então eu me reconstruí. Quando Noah chegou, não havia medo ou dúvida. Eu simplesmente já sabia ser além dos filhos. Por isso soube ser mais leve e menos culpada com os possíveis erros que cometi (e cometo) ao começar minha segunda viagem. Tenho, a cada dia, tentado ser melhor mãe para o Daniel, pois entendi que não existe mãe perfeita, logo, não há filho perfeito e que por isso, seus tropeços não tem que ser mais  exaltados que seus acertos. Dan me ensinou tanto sobre a capacidade de amar e superar tudo e todos em nome de algo maior. Com Noah tenho aprendido tanto sobre ser a mãe real que sabe seus limites e é feliz com isso. O maior presente que Noah me deu foi a possibilidade de ver o amor entre irmãos nascendo e sendo cultivado no dia a dia. E mesmo havendo ciúme e disputa pela atenção, logo vem o abraço, o beijo e o "eu amo meu irmão, mamãe." 
 É bem verdade que estou mais cansada. É bem verdade que há dias que estou muito, muito brava com meus filhos diante daquele cansaço que só as mães conhecem. É bem verdade que há momentos em que fico pensando no que eu estaria fazendo se não fosse mãe. É muito verdade que de vez em quando desejo uns dias de silêncio e folga. Definitivamente, não sou encorajadora de que as pessoas tenham filhos, pois nem todo mundo quer ou precisa disso pra se encontrar e ser feliz. Porém, eu jamais teria me tornado quem sou se não fossem meus meninos. Eu adoro existir fora do meu corpo. Eu adoro me reconhecer em um gesto. Eu adoro sonhar com um futuro que não é meu. Eu adoro ser surpreendida com uma pergunta assustadora. Eu adoro a paz que sinto quando os vejo dormindo aquele sono que só temos na infância. Eu adoro quando ouço aquela gargalhada que só eles sabem dar. E mais do que tudo, eu adoro o olhar apaixonado como se no mundo só eu existisse e isso só as mães tem a felicidade de receber.
 Há um ano fomos agraciados pela descoberta do amor em dobro e que só se multiplica a cada dia. A vida está bem mais bagunçada, porém o coração está inundado de alegria e tranquilidade porque pudemos nos eternizar em dois seres lindos e perfeitos dentro de suas humanas imperfeições.
 Parabéns, Noah. Obrigada por também chegar para me ensinar.

Foi nesse paraíso que decidimos o segundinho! Ficou fácil, né?! rsrsrsrsrsrs


ensaio lindo que fizemos



já com mais de 8h de trabalho de parto, monitorando Noah

As 21:06 ele chegou!

O primeiro encontro dos irmãos

O amor em dobro que nos arrebatou
Brit Milá

Comemorando mensário










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