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E o desfralde, a quantas anda?

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Demorei pra escrever esse post porque já é a terceira tentativa de desfralde e agora acho que vai. Na primeira, perto dos 2 anos, foi impossível. Na segunda, muitas e muitas falhas e uma relutância absurda em fazer xixi e/ou cocô no vaso ou no penico e o claro despreparo, daí eu ter achado melhor recuar. Finalmente, nesta terceira vez, senti um Daniel preparado, ainda que tímido, mas, a fim de sair das fraldas. Há um mês comecei pra valer. Foram muitos escapes, sem dúvida, inclusive na escolinha. Porém, nos últimos 10 dias, ele tem dado mais espaço entre um xixi e outro, e temos conseguido não deixar escapar. Ele ainda não pede, mas, quando perguntado já diz que sim. Não há qualquer relutância em ir até o banheiro, só fazendo beicinho quando tem que parar de brincar porque está na hora do xixi. As fardas da escolinha já não tem vindo molhadas e sujinhas, o que indica o avanço. As sonecas da tarde estão acontecendo sem fraldas e ainda não houve "acidentes". Não posso dizer que o desfralde diurno está completo porque falta ele pedir. O fato de termos que lembrá-lo que ele tem que ir ao banheiro não me deixa comemorar 100%, mas, estamos muito animados com a naturalidade com que Daniel passou a encarar a ida ao banheiro. Li em algum blog (realmente não consegui lembrar qual) uma dica que achei super válida e Daniel adorou: baixei o app Pepi Bath em que mostra o garotinho ou a garotinha (você escolhe) indo ao banheiro. Muito bacana! E assim vamos seguindo até o desfralde total. Voltarei nesse assunto daqui um tempinho!


"A CASA"

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Era uma casa muito engraçada
não tinha teto, não tinha nada
ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão

ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede.
Ninguém podia fazer pipi
porque penico não tinha ali
mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos, número zero


http://www.vagalume.com.br/toquinho-e-vinicius/a-casa.html#ixzz2TyCbPjwk

A casa, quando nos casamos, era um apartamento; eu diria que era uma casa de bonecas, feita pra mim e pra você. Nosso começo, nosso teto, nosso ninho. Que foi sonhado, alcançado, decorado e que foi ficando pequeno mesmo sendo só nós dois. Porque já não pensávamos em ser só dois. Tínhamos tanto amor, que queríamos dividir com alguém que fosse eu e que fosse você, numa só pessoa. Então, decidimos comprar uma casa, que tinha parede, tinha teto, tinha chão, mas, não tinha nada. Tinha rede e banheiro era o que não faltava; e tinha sido feita com muito esmero, mas, nós éramos os bobos, porque ela continuava um nada. O nada foi ficando tão grande que veio a Piaf - a cadela - que por um tempo, foi tudo. Mas ela não era eu e nem era você, em uma só pessoa. Foi então que escolhemos dizer sim a nós dois. Chegou quem, a gente não sabe como, era só você, mas, aos poucos, deixou-me aparecer. Meus olhos, seu nariz, minha boca, seu sorriso, minhas expressões, seu cabelo, meu bico quando fica chateado, suas mãos e pés. Um pouco de mim, mais um pouco de você; e a casa, que era tão grande e não tinha nada, ficou cheia, muito cheia. Porque aquele amor, que chegou devagarinho, foi aumentando e aumentando e aumentando, que hoje ocupa a casa, a gente, a vida.



"Carta ao Filho" de Betty Milan

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"A maternidade primeiro requer a presença quase contínua da mãe. Depois, a ausência. Duas atitudes opostas! A mesma mãe, que esteve disponível e presente o tempo todo, deve renunciar ao convívio e aceitar que o filho viva para si."
Bela análise da autora e psicanalista. Tenho um longo caminho pela frente até conseguir alcançar tal maturidade. Mãe judia que sou, tendo à superproteção. É muito difícil saber que se deve educar um filho para lhe dar asas, porque, no fundo, sempre queremos voar por eles a fim de lhes poupar o sofrimento. Erro crasso. Fui superprotegida, logo ajo automaticamente da mesma maneira antes mesmo de eu cogitar uma ação diferente. Foi assim, de uma geração para outra, nada mais natural do que repetir os mesmos passos ou seriam erros? Ocorre que, mãe erra, mãe falha, sempre na vontade de acertar, fazer o seu melhor, porém, nem sempre o nosso melhor é o melhor para os filhos. Chegará o tempo em que o que penso será ouvido, porém, não necessariamente aceito. O caminho sugerido pode não ser o desejado e eu terei que aceitar, mesmo que me doa. O até breve poderá não ser tão breve assim e o eu te amo poderá ser dito de muito longe. Então, desde já, preparemo-nos para essa separação, que deve acontecer da maneira mais saudável possível para ambos. Hoje nossos caminhos são pari passu para que amanhã siga sozinho, mas com a certeza de que estarei sempre a lhe receber de braços abertos para o que der e vier. A cumplicidade que travamos hoje será sentida para sempre, porque muda o mundo, mudam as pessoas, porém, esse amor, jamais mudará.


Ajuda divina

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Desde pequena, minha mãe me ensinou a rezar antes de dormir. Uma das primeiras orações que aprendi, foi pedir proteção ao meu anjo da guarda, costume que guardei por anos a fio, até que me tornei MÃE. Desse em dia em diante, meu anjo da guarda teve que aprender a se virar sozinho, porque eu não conseguia pedir mais nada dele e nem do seu Superior. Não dava tempo!!!...eu mal fechava os olhos e já tinha que levantar pra amamentar; quando eu terminava, a fralda já tinha que ser trocada, então, quando eu voltava pro meu quarto, já era tombando pra ver se eu não perdia o sono e conseguia apagar pelas próximas míseras 2h que me restavam...aí bebê cresce, as mamadas da madrugada ficam mais espaçadas, mas, a pessoa tem tanto sono acumulado que quem disse que dá tempo de olhar pra cima e pedir algo dos céus?? Eu capotava! E quando, finalmente, estava no melhor dos meus sonhos, já era a hora de levantar. Titico cresce mais um pouco, passa a dormir a noite toda, mas a mãe volta a trabalhar!!! E quando chega com menino nos braços da escolinha, ainda vai brincar e dar banho e cantar pra fazer dormir. Pensa que acabou?? Nããããão...menino dorme e então é hora de ser esposa, preparar o jantar, bater um papo, acompanhar a novela, namorar quem sabe? e PLOFT!! Desculpa, anjinho!! De novo vou adiar nossa conversa!!! Até que chega a fase da birra!!! E foi quando quase pude ouvir o meu anjinho dizer: "a volta do anzol é que segura o peixe, querida!!" Pois é...passei a lembrar bastante da figura de asas que outrora eu tanto batia papo e tenho pedido a ele e a toda e qualquer força superior que possa ouvir, PACIÊNCIA, MUITA PACIÊNCIA!!! E saúde, né?! Pra não infartar até a fase das birras passar...porque, olha, tá fácil não, colegas!!!


Minha primeira festa de dia das Mães

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E nesse clima de dia das mães, fiz minha estreia de festa na escolinha do Daniel. Acho que eu estava mais ansiosa que ele para que esse dia chegasse. Preparei um bolo bem bonito para levar como contribuição no café da manhã que a escolinha organizou e lá fomos para a celebração. As tias estavam muito felizes com a presença de tantas mamães e seus filhotes. A apresentação deles saiu daquele jeito: muito choro, pedido de colo e uma bagunça geral. Dan só dançou quando eu me levantei e fui "pra pista". HAHAHAHAHAHAHAHA. Depois, passaram um video cheio de fotos e momentos das crianças, e, finalmente, o café da manhã!! A farra não pôde demorar muito porque Dan estava se recuperando de uma nova bronquite. Levei-o só pra festinha e voltamos pra casa, infelizmente. Mesmo assim, eu amei a festa, adorei ter conhecido os coleguinhas de quem Dan tanto fala em casa, bem como suas mães. Obrigada a Rita, a Cris e demais tias queridas que preparam com muito carinho esse dia muito especial!
P.S: não consegui colocar as fotos corretamente. Salvei certo, mas o blogger só adicionou viradas...vá entender!!







Manhã de atividades montessorianas

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No feriado de 1.º de maio, eu e outras mamães organizamos uma manhã de atividades montessorianas. Nem todas se conheciam pessoalmente, mas, a intenção era justamente proporcionar um encontro e compartilhar experiências, além de nossos babies iniciarem um entrosamento. Aliás, é fantástico ver como as crianças se entrosam de maneira fácil e simples. Não tem muito mimimi, vão logo entrando, pegando o brinquedo alheio, brigam e já se resolvem ali mesmo. Quem dera com os adultos fosse assim, não é mesmo? A mamãe (corajosa!) Andrea cedeu a casa para que os pequenos pudessem ficar bem à vontade. Algumas mães ficaram responsáveis por levar massinha caseira, outras levaram tintas e garrafinhas com água colorida e ainda tiveram as responsáveis pelas frutas para hora do lanche. Foi uma farra. Mães e filhos brincando e trocando experiências, banho de mangueira, massinha comestível e tinta na caixa sensorial garantiram a sujeira saudável. O sucesso foi tanto que todas as crianças dormiram assim que tomaram um banho e foram colocadas no carro! Hahahahahahahahaha. Repetiremos a experiência mês que vem!!! Obrigada, meninas, pelas fotos!!! Ficarão para posteridade quando esses bebês já tiverem se transformado em adultos chatos! Rsrsrsrsrsrsrsrsrs







Daniel no País das Maravilhas

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Chega uma fase em que a imaginação das crianças é algo incrível de se acompanhar. É como se o mundo delas tivesse muito mais cores, e tudo, mas tudo mesmo, fosse possível. Dia desses, fui surpreendida por um dinossauro verde dentro do meu carro. Depois de buscar o Dan na escolinha, no meio do caminho de volta pra casa, entre me contar o que havia feito durante sua tarde e observar o mundo fora da janela do carro, ele me disse que um dinossauro estava lá ao lado dele. Mas, Dan não estava muito feliz com a "presença" impertinente do amigo, pois logo tratou de mandá-lo embora: "vá embora para sua casa, dinossauro! Vá comer o seu papá com a sua mamãe!!" Lógico que meu ímpeto foi de cair na gargalhada, mas, resolvi entrar no mundo dele. Perguntei se o dinossauro ainda estava lá e ele me respondeu, muito calmamente, que não. Eu perguntei então para onde o dinossauro havia ido e ele me respondeu com muita convicção que o dinossauro estava na cada do vovô dele, brincando com os seus sapatos. Hum...o dinossauro fazia as mesmas coisas que o Dan. Melhor ainda, o amigo verde, era ele mesmo numa versão gigante. E como o Dan ama se fazer de outras personagens. Tem manhãs que ele acorda dizendo que é o palhaço Patati. Eu amo quando ele vai pra frente do espelho e diz: "alô, quiançada! Sou Patatiii!" E ele ainda me pede para pintar seu lindo narizinho de vermelho com a tinta guache. Não é irresistível? E tem certas manhãs que ele acorda e se transforma no Woody, o meu cowboy preferido! Ele põe o chapéu, o cinto, calça as minhas botas e vai pra frente do seu querido espelho brincar em versão faroeste gritando: "írraaaaaa".
Nessas horas é que fico muito feliz de poder estar em casa pelas manhãs, observando e admirando aquele frutinho lindo que já está tão moleque, já está tão menino, já é tão ele mesmo.


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