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Gravidez sem controle

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 Adoro listas. Lista de supermercado, de afazeres, de presentes, de lugares que quero conhecer, de restaurantes novos para ir, de drogaria, de feira, e, principalmente, lista do que não posso esquecer, como consultas, dia da terapia, da drenagem etc. Gosto de listas porque elas ajudam a me organizar, planejar meu dia, enfim, estar no controle de tudo, sempre. Controle é uma palavra que gosto muito. Gosto exageradamente, exacerbadamente, absurdamente. Gosto porque não gosto de surpresas, de coisas em cima da hora, de supetões, de atrasos. Controle tem a ver com planejamento e eu adoro planejar. Poucas coisas na minha vida foram não planejadas. Pouquíssimas vezes me permiti passar o dia sem planejar. Bem típico de quem é controlador. A gravidez do Daniel, por exemplo, foi muito planejada. Mas quando recebi o positivo, tudo o que eu havia planejado, não aconteceu. E quando me vi sem o controle da situação, eu me vi num mar em fúria e me afoguei. Eu me afoguei em prantos. Como eu não conseguia controlar o que estava acontecendo com o meu corpo, com as minhas vontades, com a minha vida, com os meus sentimentos, aquele cenário que eu havia planejado desmoronou; e com ele, fui junto. Eu senti que caía para fora, para fora de mim. 
Pari, e o parto também não foi o planejado. Sem o controle, afoguei-me em prantos, mais uma vez. Derramei lágrimas, mas não derramei leite pelo tempo que eu queria. Derramei por um tempo, mas à medida que as lágrimas me encharcavam por fora, eu secava por dentro. De novo, sem controle. Mesmo cercada de pessoas, eu estava só. Caída para fora de mim, não havia ninguém para me colocar para dentro de novo. Essa missão era minha. Missão solitária, dificil, dolorida, mas, decidi fazer a viagem de volta. Eu precisava cair para dentro de mim mesma e colocar-me no eixo. Quando me reencontrei, demorei para me reconhecer. Já não era a mesma pessoa de antes. Tive que reaprender a ser eu mesma. E assim, ao longo dos últimos 4 (incríveis) anos, vi crescer o Daniel e a mim, dois novos seres no mundo. Fomos/somos aprendizado um para o outro. Em díade, estamos em construção. E, nesse reaprender a ser eu mesma, uma nova gravidez aconteceu. Tão planejada quanto a primeira, não resisti a essa parte de mim. Mas, diferentemente da primeira vez, resolvi abraçar o descontrole que a gravidez nos proporciona. Aprendi que não sou eu quem está no comando, na maioria da vezes. E, com medo, mas com uma vontade louca de tentar, tenho deixado a gravidez me levar. Surpreendentemente, tenho ouvido, nas últimas semanas, o quanto estou leve, com cara de feliz, radiante nesta gestação. Percebi, então, o quanto estar bem por dentro, faz diferença do lado de fora. Estou, portanto, tendo a chance de um novo aprendizado com o novo filho que está a caminho. Na primeira vez, eu não entendi que era tempo de aprender comigo e com meu filho que ia chegar. Eu queria aprender só com os livros, como se a vida respeitasse manuais de instrução. Nesta nova experiência, resolvi ouvir meu corpo, meus instintos e meu bebê, que já tanto me ensina. Gestar é a oportunidade que temos de aprender a lidar com o imprevisível, com algo que está além de nós, e, por isso, planejamento e controle não são as palavras de ordem. Planejar e controlar são apenas uma parte do todo, que envolve, acima de tudo, a capacidade de se flexibilizar, permitir-se ser maleável para que não só o corpo aprenda a se moldar conforme a barriga cresce, mas também a essência, os sentidos e a nova vida que vamos levar.


Lançamento do meu livro em Manaus!!

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 Sábado passado realizei o sonho de lançar meu primeiro livro: "O menino que só sabia dizer não". O evento aconteceu na sede do Beta positivo Quintal, um espaço lindo e feito com muito amor para as grávidas e crianças até 4 anos. Quem quiser conhecer mais, é só seguir pelo IG @betapositivoinsta.
 O lançamento foi um sucesso, graças a D´us. Muitos amigos e a familia foram lá me dar um abraço e conhecer um novo lado meu que aflorou com a maternidade. Ano que vem, outros livros serão lançados e já estou ansiosa por isso. 














Maternidade (IM) PERFEITA

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  •  Sim, eu falho (bastante, inclusive);
  • Sim, eu tento, mas, nem sempre consigo ser compreensiva com meu filho;
  • Sim, eu fico muito cansada. E quando isso acontece, a paciência não é das maiores;
  • Sim. Meu filho, às vezes, come brigadeiro, uns quadradinhos de chocolate ou algumas jujubas numa festinha infantil ou num passeio de sábado à tarde;
  • Sim, às vezes, faço o iPad de babá para tomar um banho e me arrumar para deixar Dan na escola e seguir pro trabalho com uma cara melhor do que acordei;
  • Sim, algumas vezes apresso meu filho porque estou atrasada. Não me orgulho disso. Mas, acontece!
  • Sim, eu choro (litros). Porque lidar com as birras é algo estressante e nem sempre mantenho aquele autocontrole que tanto pregam por aí. Há dias que separar minhas chateações da maternidade é simplesmente impossível;
  • Sim, ter filhos é algo maravilhoso, mas, já perdi a conta de quantas vezes desejei uma noite inteira de sono, principalmente no primeiro ano de vida do meu filho;
  • Sim, tem horas que desejo estar só, completamente só com os meus pensamentos e ficar em um silêncio absoluto;
  • Sim, eu amamentei meu filho. Mas, não exclusivamente pelos primeiros seis meses. Quis muito. Não deu;
  • Sim, meu filho usou chupeta em momentos muito punks e largou aos 2 aninhos. Não planejei, não me aplaudo. Foi só o meu possível;
  • Sim, eu faço viagem a dois. Eu e meu marido adoramos. Cada familia, uma sentença;
  • Sim, meu filho tem regras e limites. E, dentro do que sua idade permite, ajuda. Já aprendeu onde é o cesto de roupa suja, onde guardar seus sapatos e material escolar, que depois de brincar, tem que arrumar;
  • Sim, eu cuido MUITO da alimentação do meu filho. Porém, nas férias, as regras são afrouxadas;
  • Sim, eu tento ser mãe zelosa, amorosa, cuidadosa, tudo dentro do meu possível. A perfeição não me cabe, ser humano (portanto, falivel) que aprendi (na terapia) que sou. O que me cabe, e, na verdade, até transborda, é uma imensa vontade de acertar e um amor incalculável que me faz levantar todos os dias desejando ser um pouquinho melhor.

 P.S.: Se você, assim como eu, erra, mas sempre na vontade de acertar, saiba que não está só. Bem-vinda, mãe (IM) PERFEITA!!!


Gravidez - o inicio do segundo trimestre

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 Exatamente como um grande temporal, daqueles que a gente acha ser infinito, mas que, sem mais nem menos, passa, todo o mal estar do primeiro trimestre findou. Uma onda de energia começou a surgir e comecei a acordar disposta para os afazeres do dia a dia. A familia agradeceu a chegada dessa nova fase, já que ganharam a mãe e a esposa de volta. rsrsrsrsrsrsrs
 Além disso, fui liberada para as atividades físicas e drenagens, o que eu adorei, pois estava sentindo muita falta de me movimentar. Voltei para musculação, que é algo que já faço há um tempo e em janeiro começo a ioga para grávidas. Eba!
 Dan continua muito feliz com a gravidez e espera ansiosamente que venha um irmão. A gente tem tentado fazê-lo entender que não podemos escolher e que uma menina será muito bem-vinda, mas, tá dificil! Hahahahahahaha Daqui a quatro semanas saberemos se ele foi atendido ou não.
 Nesse meio tempo, entre um enjoo e uma soneca despropositada, arrumei muitos armários e retirei tudo aquilo que não dava para aproveitar para o bebê. Desafoguei toda a cômoda que Dan ainda usava e passei tudo para seu guarda-roupa. Para meu espanto, ainda sobrou bastante espaço.
 Esses últimos meses do ano passaram mais rápido do que eu gostaria, e, faltando pouco tempo para nossas férias, estou correndo contra o calendário para marcar todas as consultas obrigatórias para que eu viaje tranquila. E como com saúde não se brinca, ainda mais gestante, estou em busca de um bom seguro de viagem, que tenha boa cobertura em todas as possíveis emergências que eu possa apresentar. Vou atrás do seguro da Travel Ace Assistance e ler com calma. Afinal, a gente espera jamais precisar, mas, viajar sem seguro é um risco que pode acabar as finanças da familia. Saúde fora do País é caríssimo. No mais, vamos seguindo para o segundo trimestre cheia de disposição e vontade de aproveitar a dona redonda que a cada dia cresce mais e mais!


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