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O tempo que transforma o amor e também a vida

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Há pouco mais de três anos vivo intensas emoções. Picos de amor, de paixão, de tristeza, de melancolia, de ansiedade, de preocupação, enfim, todo aquele turbilhão de sentimentos que somente a maternidade nos faz experimentar todos os dias. Conforme o tempo foi passando, os picos foram diminuindo, abrindo vaga para um amor mais calmo, sereno, tranquilo. O amor só aumenta, mas, a loucura inicial vai passando, e então, torna-se possível a ação mais pensada e não tanto instintiva. A vida vai ganhando novos rumos, a gente volta a olhar para si, de repente outros interesses surgem além do mundo-bebê, que parecia jamais ter fim. Passamos a nos interessar sobre o que acontece além das paredes de casa, deixando de enxergar só o umbigo do nosso tatu-bolinha, que agora já sabe que é um ser à parte, tem vontade própria, deixando claras suas preferências, demonstrando que já é um ser quase independente e pode seguir mais sob nosso olhar do que colado ao corpo, pois já sabe onde quer ir e quer ir sozinho. Esse tempo que transforma o amor e também a vida, faz a gente olhar para trás e entender que cada fase é única e que absolutamente nada dura para sempre. Um dia, a gente acorda e percebe que teve uma noite inteira de sono, que o cansaço extremo só ocorre de vez em quando, que a conversa é sobre um filme e não só sobre fraldas, que a preocupação é com um projeto novo e não somente se o moleque está comendo o suficiente. A vida segue e segue bem.


Mais do mesmo (trabalho X maternidade)

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 Semana passada, precisei viajar a trabalho (marido também). Foram 4 noites longe do Dan. Como sempre, recorri aos meus pais, que com aquele amor açucarado de avós, tornaram a separação menos dramática. Ainda assim, Dan adoeceu na primeira noite...febre, muita secreção e sem vontade de comer qualquer coisa que lhe era oferecida. E lá se foi a paz...mesmo sabendo que estava sendo medicado e bem cuidado, sofri por não ser eu quem estava cuidando. Ossos do oficio, sei. Mas, filho é pedaço, é víscera, é carne da nossa carne. Impossível separar sem trauma. Às vezes, saudade adoece.


Crianças e restaurantes

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O delicioso ciclo da vida nos faz passar por certas provações. Mais que isso. Às vezes faz a gente passar por situações que outrora torcíamos o nariz. Vamos aos fatos:
Antes do Dan, eu fiz muita cara feia nos restaurantes quando ouvia aquele choro ou aquela birra vinda de uma mesa próxima. Não compreendia o porquê daquelas pessoas levarem seus filhos para ambientes fechados, lugar completamente inapropriado para tanta gritaria. Enfim, os anos se passaram e eis que me tornei mãe, e, assim como aquelas pessoas a quem intitulei de "sem noção" e tanto julguei, hoje, eu também tenho vontade de frequentar restaurantes bacanas, sendo que, na maioria das vezes, tenho que levar meu filho comigo, pois nem sempre tenho com quem deixá-lo para curtir uma noite a dois. Apesar disso, ainda acho que existem lugares ou horários que não são apropriados para se andar com um bebê ou criança pequena. E é sobre isso que eu gostaria de compartilhar. Veja bem, da mesma forma que não vou achar bacana alguém reclamar do meu filho que está chorando num restaurante que tem espaço kids e é daqueles típicos pra familia, onde já se sabe que silêncio será algo impossivel, eu penso que há espaços onde levar criança não é bacana, leia-se: uma sacanagem com quem foi pra namorar ou bater um papo com os amigos, num bistrô, ou restaurante/bar, tipicamente adulto. Penso que em ambos os casos, deveria prevalecer o bom senso. Exemplificando, dia desses, sai com meu marido, e já passava das 22h, depois de ter feito meu filho dormir e ter deixado com alguém de confiança para curtir uma noite a dois. Chego no lugar, que é mais um bar do que um simples restaurante e vejo um bebê de mais ou menos 6 meses, aos berros, porque, obviamente, queria dormir, mas, os pais não estavam a fim de deixar de papear com os amigos. E lá ficamos ouvindo a noite toda o coitadinho chorar. Culpa do bebê??? Não, né?!
Mas, será que é mesmo impossível frequentar um lugar desses com criança? Penso que não! Se prevalecer o bom senso, basta a familia ir cedo e respeitar o horário DA CRIANÇA. Meu filho, por exemplo, dorme entre 20:30 e 21h e há duas semanas, aconteceu de querermos muito conhecer um restaurante novo que abriu aqui em Manaus. Procurei saber que horas abria para que pudéssemos ir o mais cedo possível. O local, amém, abria as 18h. As 19h estávamos lá, o local quase vazio, fomos atendidos rapidamente e por volta das 21h já estávamos de saída. Sem choro, sem birra, sem estresse. Afinal, mais que a nossa vontade de sair, priorizamos o bem estar do Dan, que aos 3 anos de idade, necessita das suas horas de sono para que fique bem e saudável. Essa semana mesmo, marcamos de sair pra jantar com um casal vizinho que tem um filho amigo do Dan. Quando as crianças já estavam ficando com aquele sono, pedimos a conta porque sabíamos que era chegada a hora de levantar acampamento e fomos embora de boa. Dessa forma, acho ser muito possível, com bom senso, proporcionar momentos agradáveis e sem estresse para a criança, para os pais e para as pessoas que nada tem a ver com isso. Viver em sociedade implica se preocupar não somente com o seu bem estar, mas também com o de quem está a sua volta. Em Manaus, pouquíssimos restaurantes contam com espaço kids e seria injusto só se frequentar lugares com esse atrativo, até porque há alguns anos nem havia essa história de brinquedoteca e todo mundo andava com suas crias para cima e para baixo. Não venho aqui fazer objeção às crianças nos restaurantes, afinal, tenho uma. Mas, tenho consciência de que nem todo lugar ou horário é para meu filho e é disso que estou falando. E você, o que acha? Qualquer lugar é possível de ser frequentado com crianças? E quanto aos bares? 


Amor de Dan

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Nasce:
O filho, a mãe

Vai-se:
O antes

Quem fica?
O nunca mais

E o que vem?
O Amor

E como vem?
As vezes com dor
Mas mais amor
As vezes com zanga
Ainda mais amor
Tanto que sangra

Para ouvir no embalo, só o Camelo que me entende...rsrsrsrsrsrsrs







Vida de mãe

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Esqueceu-se de trocar a roupa, de lavar a louça, de pintar as unhas, de fazer o cabelo, de sair com os amigos, de tomar uma gelada, de fazer nada, de ir ao supermercado, de olhar o relógio, de abastecer o carro, de comprar o presente, de ir ao dentista, de marcar a consulta com o ginecologista, esqueceu-se até do marido, esqueceu que tem vida própria. Esqueceu-se.

Quem nunca?


E o que teve no fim de semana mais que prolongado?

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 Eu AMO o carnaval!!! Mas, esse ano vimos tudo de longe, na preguiça, na calma e na falta de coragem de se jogar como em outros saudosos tempos...hahahahahahaha...eu que já estive em trio elétrico de Salvador e no carnaval carioca, troquei tudo isso pelo sossego e aconchego dos meus amores, porque desde que o Bloco "Mamãe, eu quero" chegou, nenhuma marchinha, samba ou axé abalou mais meu coração. Dan, mais lindo que nunca, está na fase dos super heróis e quis ser o Thor na festa da escola:



No sábado teve festa de aniversário surpresa da minha prima irmã, com direito a um animadíssimo carnaval:



À noite, fizemos o encontro das blogueiras mamães de Manaus e pude desvirtualizar com a Desirée que escreve As Trigêmeas de Manaus, com a Larissa que escreve o Maternidade e Cotidiano e a Jú, que escreve Os gêmeos da Jú. Adorei demais, meninas!!!!


Quando não tínhamos programação, o quê fazíamos??


E para terminar, segunda-feira gorda foi o aniversário do nosso querido sobrinho/primo Ian e lá fomos nós cantar os parabéns:


Ainda nos restam dois dias de preguiça, então, vou ali voltar pra minha rede!! Bjs, gente!!


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