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Praticando o desapego

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Significado de Desapegar (fonte):

1. Despegar
2. Fazer perder afeição a
3. Perder a afeição a
4. Perder o interesse, o empenho por
5. Largar; soltar-se; desagarrar-se

Ora, não dá pra dizer que é um verbo que se pratica com facilidade. Afinal, para se ser desapegado, há que se possuir uma natureza mais racional que emocional, coisa que não me pertence, ou, não me pertencia. Há 2 anos comecei a fazer análise. E posso dizer que tive que enfrentar uma das coisas mais difíceis na vida: eu mesma. Mexer nas minhas caixas de Pandora e revirar-me de cabeça para baixo, fez-me sair do divã, muitas e muitas vezes, aos prantos e outras tantas e tantas vezes, pior do que havia entrado. Juntei muitas vezes meus cacos e fui pra casa tentar reconstrui-los. É um processo que exige coragem, paciência, força e perseverança, pois, mais cedo ou bem mais tarde, os resultados começam a aparecer. Estou longe de achar que estou apta à alta. Mas, reconheço e posso afirmar que a Myriam que sentou naquele divã em 2011 não é a mesma que hoje vos escreve. Um dos resultados desse processo que venho vivendo é o desapego. Devo dizer que a mudança teve que começar por fora. Eu queria mudar o cabelo, as roupas, os interesses, os móveis, mas, na verdade eu queria e precisava mudar por dentro. Só que como isso demora, comecei por fora mesmo. Quando o por fora me cansou, quando eu comecei a olhar de verdade para dentro e passei a enfrentar os meus medos e as minhas caixas é que comecei a entender as mudanças que estavam por vir. Daí que o desapego passou a ser não só das coisas, mas, principalmente, das pessoas. Calma! Não fiquei louca e nem fria. Mas é que quando você muda, você tem necessidade de mudar até quem está a sua volta e que não mais reflete qualquer coisa em comum. Como água e óleo, que não se misturam. Os discursos que você ouve passam a ser absurdos e intoleráveis, porque àquilo que você dava muita importância, hoje é nada. Longe de querer me isolar do mundo, pois, cultivo aqueles que ainda quero por perto, os que são para sempre, só passo a não ter mais a necessidade de estar perto de quem está tão longe nas opiniões, nos discursos, na realidade que acredito. Quando cheguei a essa compreensão, pratiquei o desapego. Foi então que entendi que eu não estava deixando a emoção de lado; eu só a estava guardando para quem realmente a merece. Simples assim, como tomar um copo d'água e sentir que foi saciada a sede.


Saudade daqueles tempos

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Confesso que nunca estive tão magra. Após a gravidez, emagreci 18kg, apesar de só ter engordado 13kg. Voltei às atividades físicas assim que a obstetra liberou, fiz a tal da reeducação alimentar, o que não foi muito fácil. Porém, se saio da minha vida regrada, logo o ponteiro da balança sobe e aí sei que é hora de voltar à rigidez novamente. Tem um mês que comecei a praticar muay thai e estou adorando. E olha que nunca havia me imaginado praticando qualquer tipo de luta; mas, cansada da mesmice, resolvi inovar e me surpreendi. Recomendo!
E aí que com tantas dietas disponíveis: detox, proteína etc e com tantas atividades físicas possíveis e ainda a midia quase que nos obrigando a estar em forma e estar no dito padrão, fico me perguntando onde foi parar a leveza do viver?! O Happy Hour agora tem que ser regado a palitos de legumes, molho light e no máximo 2 choppinhos. Os jantares foram reduzidos a uma salada caprichada, uma tacinha de vinho e zero sobremesa, a menos que seja uma saborosa fatia de abacaxi (bleco!). Os lanches com as amigas viraram chá verde. Ai, que saudade dos tempos em que não nos preocupávamos tanto assim com o espelho, em que nem sequer engordávamos porque simplesmente não ligávamos pra 1 ou 2 quilinhos a mais. As reuniões eram animadas e ninguém ficava conversando sobre dieta, corpo sarado, whey protein, malhação pesada, entre outras coisas desagradáveis. O tal padrão tirou a leveza das conversas, das saídas, dos encontros, dos jantares românticos, enfim, da vida. Estamos todos condenados a respeitar o padrão e os que ousam contraria-lo, tem que aguentar as cobranças sociais, familiares e médicas. Ai, tá muito chato ser saudável.


O bolo de chocolate do Dan

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Hoje o Dan completa 2 anos e 5 meses, hoje é sábado e ainda amanheceu um dia de sol lindo em Manaus. Então, achei que fazer o bolo de chocolate que ele adora tinha tudo a ver. Confesso que já não sei de onde peguei receita da massa e da cobertura, mas, é um bolo simples de fazer e que não tem como errar. Por isso, vem comigo:

Ingredientes:
- 4 colheres de manteiga;
- 3 ovos inteiros;
- 1 xícara de chá de leite morno integral;
- 2 xícaras de chá de açúcar refinado;
- 2 xícaras de chá de farinha de trigo;
- 1 colher de sopa de fermento;
- 1 xícara de chá de chocolate em pó (prefiro o cacau em pó).

Modo de fazer:
Bata no liquidificador todos os ingredientes. Após, unte uma forma com manteiga e polvilhe farinha de trigo para não grudar. Forno pré-aquecido e 40min para estar pronto!

Cobertura de ganache de chocolate:
- 250g de chocolate meio amargo ou amargo picado e derretido em banho-maria. Quando estiver bem derretido, acrescente 1 lata de creme de leite sem soro e misture até obter um creme.

Segredinhos:
- Gosto de peneirar todos os ingredientes, inclusive o fermento. O bolo fica bem fofo.
- Deixo o fermento para ser o último ingrediente a ser batido.

Bon apetit !





Por um instante, o silêncio

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Eu estava atrasada para ir pro escritorio, mas, eu precisava terminar de arrumar umas roupas minhas que estavam à espera no quarto. Saio descendo as escadas enlouquecida as 14h e 40min, pensando o quanto chegaria tarde na empresa e me deparo com um sonoro silêncio. Sabe quando você olha em volta e acha que o tempo parou ao ver tudo tão quieto? A empregada já tinha ido embora, Dan na escolinha, marido saiu antes de mim, Piaf (a cadela) dormia profundamente. Não havia qualquer sinal de movimento ou som. E então me dei conta que tinha a casa só pra mim e um silêncio profundo só meu. Eu poderia ler um livro, sem ser interrompida; eu poderia dormir um sono profundo; eu poderia passar as próximas quase 3h enfiada na internet; eu poderia até andar sem roupa pela casa, coisa que nunca curti, mas, eu poderia. Naquele momento eu poderia TUDO. Ah, que vontade de ficar em casa, só aguardando a hora de buscar o Dan. Mas, o dever me chamou e eu deixei para trás aquele silêncio que nunca mais havia tocado meus ouvidos. Mas, por um instante, ele foi meu.


"Corcovado"

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Fazer o Dan dormir é um momento único e que não gosto de delegar a ninguém, a menos que eu não possa estar presente por motivo de extrema relevância. É um momento tão nosso que, conforme já relatei aqui, só a mamãe canta pra ele. Eu até já tentei contar historinhas, mas, ele logo se manifestou: "canta, mãe!". E quando o vocativo é chamado com tanta doçura, eu obedeço!
Acho que isso se deve ao fato de desde a barriga o Dan ouvir muita música. Ao nascer, eu deixava tocar o dia (e a noite) inteiro músicas instrumentais. Depois de 1 ano, eu passei a cantar para fazê-lo dormir. E essa é a nossa rotina diária que começa as 20h e 15min. O repertorio não é vasto porque adoro as cantigas de ninar que ele até já acompanha cantarolando a última sílaba das estrofes. Dia desses, quis mudar. Comecei a cantar "Corcovado" e ele ficou quietinho, tentando não fechar os olhos pra terminar de me ouvir cantar aquela música tão nova para seus ouvidos. Mas o sono venceu e ele acabou adormecendo bem na hora em que eu ia dizer "ao encontrar você eu conheci o que é felicidade meu amor"...


E não é que chegou a bonança?

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Foram muitos posts dedicados à saga da escolinha do Daniel. Muita gente acompanhou a dificuldade que foi o período de adaptação escolar. Parecia que jamais a fase dos choros e desespero para não ir à escola iria passar. Eu me perguntava quando chegaria o dia do Dan ir pra escola feliz. E eis que esse dia, inesperadamente, chegou!!! Viva!!!
Após uma forte virose que abateu mãe e filho semana retrasada, Dan, já há 4 dias sem sair de casa, pediu para ir pra escola, com carinha de saudade. Eu tomei um susto com aquele pedido. Nunca havia acontecido. Eu fiquei radiante e expliquei que assim que ele ficasse bom, voltaria às aulas. Pois que, após uma semana em casa para se recuperar da super gripe, ele foi todo feliz e sorridente encontrar seus coleguinhas e as tias queridas. E, pasmem: ele nem me deu tchau!!!! Ainda tentei chamar sua atenção, mas, ele puxou a mochila e saiu quase correndo para dentro da escola. E eu fiquei lá na porta, boquiaberta, incrédula, parada feito uma árvore vendo ele se distanciar sem sequer olhar para trás.
E foi assim que a saga acabou e uma nova rotina se instalou: arrumar-se alegremente para ir pra escola!
:)))


Parque Cidade das Crianças

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Sábado passado, eu e amigas queridas de longa data, resolvemos levar nossos pequenos para brincar e passear no Parque Cidade das Crianças. Chegamos antes de abrirem os portões, as 10h. As crianças estavam excitadíssimas para entrar e se jogar nas brincadeiras. A primeira parada foi na Biblioteca, sala climatizada e com mesinhas para as crianças desenharem e pintarem à vontade. Ou, para as que já leem, escolher e se esbaldar entre os vários livrinhos infantis dispostos nas prateleiras. As monitoras são super atenciosas e simpáticas, ficando sempre atentas quanto à limpeza e organização do local. Depois, fomos para a parte dos brinquedos ao ar livre e as mamães fizeram ginástica para levantar e baixar as gangorras e fazerem os pequenos felizes. Além dos brinquedos, pudemos nos aventurar pelo pequeno labirinto, até chegarmos em uma nova sala climatizada, cheia de brinquedos bacanas e toda no tapete emborrachado para as crianças não se machucarem. Uma delicia. Após mais uma caminhadinha, chegamos até a parte de instruções no trânsito, onde as crianças aprendem brincando.
O local conta ainda com uma pequena lanchonete e carrinhos de guloseimas espalhados pelo parque. Por todo o parque havia monitores para garantir a segurança das crianças.
Manhã muito divertida para todos. Passeio que recomendo para todas as idades.




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