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Auto-sabotagem?

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E que ontem foi o primeiro dia de adaptação do Dan na escolinha. Uma experiência e tanto, viu?! Para ele e para mim...como ele só vai ficar o período da tarde, a 13h eu o busquei em casa, coloquei na cadeirinha do carro, liguei o som num rock gostoso e fui falando sem parar o quanto ele ia gostar do lugar onde eu iria levá-lo. Que era super colorido, cheio de brinquedos legais, com um monte de amiguinhos para brincar, com tias amáveis para tomar conta dele. Olhando pelo espelho, percebi que ele não estava prestando muita atenção no que eu estava dizendo, e, comecei a me dar conta que talvez aquele discurso todo fosse para eu mesma me convencer de que eu estava agindo corretamente. Chegando lá, tirei ele do carro já com o coração palpitando. Avistei o segurança, que me disse que a coordenadora já iria vir e fui entrando no espaço coberto do parquinho, onde crianças um pouquinho mais novas que o Dan estavam brincando. As tias quando o viram, logo nos chamaram para que ele começasse a interagir. Claro que quando eu o coloquei no chão, ele se agarrou imediatamente nas minhas pernas. Uns 3 minutinhos depois, ele viu um brinquedo muito parecido com um que ele tem na casa dos meus pais e se afastou para ir buscá-lo, mas, voltou logo correndo quando uma das tias se aproximou. Depois quis ir na gangorra, mas era muito longe e ele ficava me olhando como se dissesse "me leva lá, mãe?!". Eu o encorajei a ir sozinho e ele foi. A coordenadora então chegou e me disse que iria me apresentar quem seria a "tia" dele. Suuuper simpática a Cris, mas, quem disse que o Dan quis olhar pra ela? Ignorou e continuou agarradinho nas minhas pernas. Como eu disse que ele era fã de balde (não sei até hoje o porquê dessa paixão), a Cris trouxe um baldinho desses de praia para convencê-lo a sair das minhas pernas. Os olhinhos dele brilharam e ele foi para o colo dela todo interesseiro. Ela, então, aproveitando o encantamento pelo balde, foi levando-o para a salinha onde estavam os outros bebês assistindo a galinha pintadinha e eu fui ver tudo pelas câmeras. Foi aí que ele se deu conta que eu não estava mais lá, abriu um berreiro! Mas, um berreiro daqueles...que doooor no meu coração! Ao ver a cena, revisitei as minhas próprias lembranças de escola que não eram nada agradáveis. Eu tive muuuuuito problema em me separar da minha mãe, não fui dessas crianças que dá tchau pra mãe super felizes. Eu chorava, corria, vomitava...quando vi Dan inconsolável, eu abia exatamente o que ele estava sentindo: a dor do abandono. Em 1h que o deixei na adaptação, ele ficou alternando entre choro e dancinhas vendo o DVD da galinha pintadinha (que bênção!), chegou até a ir ao referitório e lanchar com as outras crianças, mas, quando me entregaram ele estava inconsolável. Muuuuito vermelho, lágrimas e lágrimas escorrendo e quando me viu gritou: "mãããããããe"! Aff!! Quase infarto...depois de acalmá-lo, fomos para o carro e ele voltou pra casa num total silêncio. Quando entramos na garagem de casa, ele levantou os braços e falou : "êêêêêê..." Claro que caí na gargalhada tamanha a espontaneidade e a felicidade dele. À noite, nem demorei muito para fazê-lo dormir...devia estar esgotado. Porém, as 4h da manhã, sou acordada por uns choramingos e gemidinhos dele. Quando o peguei, meu filho estava queimando de febre. Que sufoco! Banho, compressa, tylenol e todas as armas que pude usar. Quase 2h para febre ceder...amanheceu sem querer comer, nariz escorrendo amarelado...hora de ir ao pediatra...e, deu amigdalite. Acho que Dan adoeceu "de propósito"...auto-sabotagem, sabe? Claro que inconsciente. Afinal, ele só tem 18 meses. Mas, o inconsciente já está ali, formadinho, mandando na gente, sem nem sabermos como ou porque...foi um dia e tanto...


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