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Os filhos na visão de um poeta

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  O texto abaixo é de um escritor português e coloquei na minha página do facebook e muita gente se emocionou:
  "Os filhos são modos de estender o corpo e aquilo que se vai chamando alma. São como continuarmos por onde já não estamos e estarmos, passarmos a estar verdadeiramente, porque ansiamos e sofremos mais pelos filhos do que por nós próprios, assim como nos reconfortam mais as alegrias deles do que a satisfação que diretamente auferimos. Por isso temos gula pelos filhos, uma gula do tamanho dos absurdos, sempre começada, sempre incontrolável. E queremos tudo dos filhos como se nunca nos bastassem, nunca nos cansassem porque, ainda que nos cansemos, estamos incondicionalmente dispostos a continuar, uma e outra vez até que seja o corpo extenuado a desistir, mas nunca o nosso ímpeto, nunca o nosso espírito.Até porque desistir de um filho seria como desistir do melhor de nós próprios. Cada filho somos nós no melhor que temos para dar. No melhor que temos para ser." (Valter Hugo Mãe)



Filhos: a oportunidade de renascer

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 Perdi a conta de quantos depoimentos já li de mulheres que se transformaram com a chegada dos filhos. Algumas mudaram de profissão, outras optaram pelo home office, muitas pararam de trabalhar, tem as que mudaram o corte de cabelo ou tingiram, muitas deixaram a vaidade de lado por falta de tempo ou por escolha e tem as que continuaram iguaizinhas por fora, mas por dentro, quanta diferença. Seja qual for a mudança, o fato é que a chegada de um filho é transformadora. A mulher que dá à luz tem a oportunidade de fazer o seu próprio (re)nascimento. Eu mesma olho para trás e vejo a drástica mudança que sofri, fisica e emocionalmente. Mudaram as prioridades, as vontades, os desejos, os medos, os gostos, a profissão, os horários, os sonhos, alguns valores, o olhar para o outro e para o mundo, a audácia, as preocupações, o motivo de sorrir e de chorar, os cabelos, o corpo, a pele, a alma. E tão bonito quanto ver e sentir a mudança em si mesmo, é poder acompanhar a mudança de quem a gente gosta muito e sempre esteve na torcida para que quando a maternidade chegasse a sua porta, fosse tão reveladora quanto foi para mim. A gente se conhece há quase 20 anos e foram tantas e tantas as coisas que dividimos que um post jamais seria suficiente. Estão todas elas guardadas na memória e no coração. O momento que agora dividimos é o mais belo de todos. Porque agora, K, você vai compreender o amor de que tanto falo, o cansaço de que tanto reclamo, as chateações misturadas com o "mas eu amo meu filho, viu?!", as preocupações bobas, o não praquele happy hour, o adeus ao nosso escritório, a eterna falta de tempo, o choro sem causa, a culpa que tanto me assola, a vontade de ser a melhor mãe possível. Lia, ainda na barriga, já foi capaz de fazer tantas mudanças que é impossível não perceber que o seu renascimento já começou mesmo antes de parir. Lia, que já estava em nossas conversas de adolescencia, apesar do nome singelo, vem com a força de quem sabe a que vem. Vem para tranformar. Tranformar Kátia em mãe, Daniel em pai, casa em lar. Lia, quando  você chegar, tem um mundo inteiro para você transformar, porque os filhos fazem isso, transformam tudo, porém, para melhor.
Com amor, aos amigos (irmãos) K e Dani.


Criança tem vontade?!

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 O mês de agosto tem sido agitado. Precisamos fazer duas viagens seguidas com o Dan e isso mexeu bastante com a rotina dele, o que só reforçou que criança e rotina precisam andar de mãos dadas. Dan adora a escola, adora a casa dele e o mundinho que o envolve dia a dia. Ao tirá-lo por duas semanas seguidas dessa vida, as birras nas viagens foram bem violentas. Ele reclamou de tudo; parecia que nada do que fazíamos por ele bastava. Falou repetidamente da saudade da escola, de casa, e, claro, da fiel escudeira Piaf.
 Em uma dessas viagens, meus pais estavam conosco e pude perceber que eles se assustaram com as birras do Dan. Conversando com uma amiga, ela me disse que os pais dela também se assustavam com as birras e com a forma que os pais de hoje em dia lidam com isso. Ouvimos aquele velho discurso de que antigamente criança não fazia o que queria etc. Fiquei com os meus botões pensando sobre isso. Revi minhas atitudes durante a viagem para encontrar o excesso de permissividade alegada. Relembrei o quanto me estressaram as birras e ataques. Mas lembrei que a "permissividade" foi o jeito que encontrei para dizer ao Dan que eu entendia sua chateação e que eu sabia que ele estava daquele jeito porque o tiramos por muitos dias de sua rotina. Ele ficou sem entender as faltas na escola, uma vez que ele já tinha tido férias. Ele ficou sem entender chegar de uma viagem e em seguida viajar novamente. Ele queria ficar na casa dele, com os brinquedos dele, no espaço dele. Dan tem muita facilidade de se expressar. As birras são o pico de sua chateação. Mas ele sabe muito bem o que quer comer, o que quer vestir, onde quer ir etc. E, apesar de saber que eu preciso orientá-lo, gusto de dar alternativas para que ele possa fazer as próprias escolhas. Como eu sou muito autoritária, as alternativas são um treinamento que faço para que meu filho cresça seguro e independente. Até seria mais fácil eu decidir tudo e não ouvi-lo. Mas seria o correto?! Será que o fato de estarmos mais próximos dos filhos e com menos ar de autoridade é mesmo um risco? Penso que a chave é sempre o equilibrio. Ouvir, dar alternativas, compreender a birra não é ser permissiva. É uma outra forma de lidar com a criança. E posso dizer que dá bem mais trabalho. Não sei dizer se terei sucesso e me orgulharei das escolhas que fiz daqui uns anos mas sempre naquela linha de tentativa, acerto e erro, vou seguindo instintivamente. Espero conseguir! Alguém aí com uma luz?! 


As perdas que não compreendemos

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Desde muito cedo aprendemos que: nasce-se, vive-se e morre-se. Mas, espera-se que o interregno entre o nascer e o morrer não seja breve. E mais. Desejamos que a ordem natural da vida jamais se inverta. Só que isso quase nunca está nas nossas mãos. 
Semana passada, um casal querido, perdeu um de seus bebês. O nascer, o viver e o morrer ocorreram em breves dias. A ordem natural não foi seguida. Assim, pais recentes tiveram que dar adeus a um de seus meninos. Compartilhei da dor. Porque depois que somos mães e pais, quando alguém perde um filho, a dor é um pouco nossa também. Certamente, esses pais ouviram dos seus entes próximos, que eles precisavam se restabelecer porque havia outro lutando pela vida. Porque a vida não espera, ela segue, mesmo que a gente pare. As vezes, precisamos cair para dentro para encontrarmos a força que nos falta para então sairmos de novo para o mundo. Enfrenta-lo não é tarefa fácil, porém, necessária, ainda mais quando existe um ser que depende de nós para continuar a viver. Mesmo que o nosso copo transborde, é preciso continuar e como disse um poeta de sábias palavras: "o sol era que mandava, a significar a vida que se punha a continuar para além das grandes tristezas".

P.S.: Su, o amor e o tempo tudo cicatrizam. Ficará a saudade do que seria e estaria por vir. Mas essa será compensada pelo outro amor que ficou.



Mãe de menino

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 Eu pedi aos céus por ele. Sei lá por qual razão, eu sempre me vi mãe de menino. Enquanto eu ouvia minhas amigas desejarem estar envoltas a laços e fricotes, eu sonhava com o mundo mais agitado dos meninos. Não satisfeita, falei para quem quisesse ouvir que eu queria um filho desses bem moleque, que corre muito, desbravador do mundo, falante, peralta. E, que bom, eu fui ouvida. MUITO ouvida! Impossível não sentir e ver a diferença nas nossas vidas e na nossa casa de que há mesmo um moleque invadindo todos os espaços. Como mãe de menino, ganhei: adesivos de super heróis espalhados pelos móveis do quarto, muitos papéis rabiscados (e paredes), fantasias dos mais variados personagens, carrinhos que nos fazem quase cair pela casa, bonecos bem feios que não entendo como ele pode gostar de brincar, muitas brincadeiras de luta contra os vilões que ameaçam a todos, joelhos ralados e/ou roxos todas as semanas, confusão para tomar banho e se arrumar, choro para cortar as unhas, impaciência para esperar qualquer coisa que queira, dezenas de filmes de ação, vaso sanitário sempre com pingos de xixi e tantas outras coisas desse universo masculino que eu aprendi a amar. Engraçado que, aos poucos, Dan tem se tornado menos fã de abraços e beijinhos; os carinhos são pesados, sabe?! Ele gosta de malinar a gente e a Piaf, coitada! Tem dado mais trabalho pra fazer tarefa de casa, quer estar correndo e pulando sempre, sem parar. Mas tem algo que o faz se concentrar e dar um tempo nos pulos e nas corridas: os livros! Ele adora ouvir historias. E gosta de contar também! Acho o máximo quando o levo às livrarias e ele pega um livro, senta e começa a contar a historia a partir das ilustrações. Ah, ele AMA quebra-cabeças e LEGO. São minhas armas secretas quando quero sossegar um pouquinho. Rsrsrsrsrsrsrs...afinal, minha energia sempre termina primeiro que a dele...


Meu primeiro livro publicado ("O menino que só sabia dizer não")

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   E o sonho virou realidade! Muito feliz com a publicação do meu primeiro e-Book! Espero que vocês, leitores queridos, prestigiem e me digam aqui se gostaram. A historia é bem bacana, direcionada às crianças de 2 a 5 anos. As ilustrações do Sergio Artigas são lindas! Muito feliz com esse "filho" que nasceu. :)
Quem quiser conhecer é só clicar: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7811659







Dicas: o que fazer em Nova York com criança?

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 Aproveitando o combo Copa do Mundo e férias escolares, resolvemos passar uns dias na cidade que nunca dorme levando o Dan conosco. Foram momentos incríveis, apesar de um dia de muito susto com o pequeno doente. Ao final, tudo deu certo, amém!
 Nova York é uma cidade maravilhosa, sem dúvida. Mas vê-la sob o olhar de uma criança é uma experiência memorável. Deixamos de lado os espetáculos da Broadway (são 3h de espetáculo e Dan ainda não fica tranquilo por tanto tempo. Mas, se a criança for maior ou gostar muito de um personagem que esteja no musical, vale muito à pena!) e mergulhamos numa cidade que se preocupa bastante com o entretenimento infantil, principalmente no verão. Saímos de lá sem ter feito tudo o que a cidade oferecia mas com a sensação de que aproveitamos ao máximo o tempo que lá ficamos.

 Uns dois meses antes da viagem, comecei a montar o roteiro dia a dia e alguns sites foram muito importantes:

NYCTPIS
- Ask Mi
- Hoteis.com

 Fizemos o trajeto Manaus-Miami, onde pernoitamos. As 11h do dia seguinte sairia nosso voo pela empresa Spirit, que tem excelentes tarifas, massss, descobrimos que muitas vezes não cumpre horarios e cancela voos, o nosso caso, infelizmente. Conseguimos sair por outra empresa aérea (Delta) e chegamos em NY com duas horas de atraso do previsto.

 Decidimos nos hospedar estrategicamente em frente ao Central Park, na entrada mais próxima das atrações para o Dan. Além da rua inteira ter vários restaurantes super family friendly, os quais nos ofereciam menu infantil, cadeirinha e lápis de cera e desenhos para colorir. Por isso, não tivemos qualquer dificuldade para fazer as refeições com o Dan. Claro que com criança não dá para se frequentar aqueles restaurantes bacanérrimos que exigem meses de antecedência para reserva. Mas esse não era o propósito da viagem.
 Minha única ressalva nessa experiência de levar o Dan para uma cidade como NYC, é que por ter apenas 3 anos, ele se cansava muito, já que acabávamos passando o dia todo fora do hotel. Talvez por isso ele tenha adoecido no último dia da viagem. O ritmo é muito grande para alguém tão pequeno. Acredito que a partir de 7 aninhos, as crianças aguentem mais o tranco. Mas, isso é muito pessoal.
 A seguir, as fotos com os locais que recomendo visita. Não coloquei todos os restaurantes que frequentamos porque acabei esquecendo de anotar, ainda assim, espero que as dicas possam ajudar as familias que estão planejando essa viagem!

Loja da APPLE. Enquanto o papai se perdia nas novidades, nós aproveitamos o espaço kids que tem por lá!

Victorian Gardens Amusement Park. Um parque de diversões muito bacana dentro do Central Park. Vale muito à pena!

Zoo também dentro do Central Park! Experiência incrivel. 

Ainda no zoo. O espaço para os pinguins. Lindo de ver!

Dan e um de seus herois favoritos dentro da loja Toys R Us


Roda Gigante da loja Toys R Us. Uma atração à parte

Espaço Nutella dentro do Eataly. Lugar incrível onde se come muito bem e se compra ingredientes maravilhosos!

Parque delicioso também dentro do Central Park com piso todo emborrachado para felicidade dos papais que podem deixar as crianças brincarem à vontade!

Ainda no parque

Parada no passeio de bicicleta que fizemos também pelo Central Park. 

Imperdível!!! Museu da Historia Natural. Dan amou demais

Children´s Museum of Manhattan: 4 andares temáticos. Imperdível!!!

Sistema digestivo do primeiro andar do Children´s Museum

3.° andar do Children´s Museum: Play Works

Brincando de bombeiro no Museu das Crianças

Desenhos e canetinhas para colorir entre um voo e outro! Vende nos aereportos e tem de todos os temas.

Sorveteria maravilhosa dentro do Chelsea Market. Lugar sensacional que vale demais a visita. São tantas as opções para se comer bem que é impossível ir só uma vez!

Espalhados pela cidade, resolve a nossa fome e a dos pequenos de forma muito saudável!
Ao contrario da foto de cima, esse dia jacamos! Parada obrigatória pra quem é fã de um bom sanduba! Shake Shake no Madison Square Park




























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