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Espera

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Esse corpo não é meu
Está emprestado
Emprestado não
Doado
Quando se empresta, quer-se de volta
Igualzinho como se emprestou
Mas como doei, voltará diferente
Certamente, com mais amor
Deixei-me parecer um globo
Deixei-me parecer uma bola
Deixei-me parecer um ovo
Meu corpo virou um emaranhado de círculos
Quando me olho, penso:
redondo, redondo, redondo
O mundo está no meu corpo
Corpo que transborda:
Risos
Lágrimas
Leite
Amor
Preocupação
Ansiedade
E vontade
Vontade de conhecer o desconhecido
A quem ainda não chamo
Mas amo, como se eu soubesse quem é
Olá, digo pra ele
Quem será você, pergunto
E em forma de chutes e soluços, escuto:
Não importa, eu já te amo, mãe!
Então, quando for a hora, chegue
Porque já te espero, mesmo antes de esperar...








12 comentários:

  1. Que lindo! Você que escreveu???
    Beijos

    www.maisque6.blogspot.com.br

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  2. Oi Myriam já dicionei vc!
    Voltarei sempre sim!!!
    Beijos

    www.,maisque6.blogspot.com.br

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  3. Ahhhhhh!!! Que lindo poema, me emocionei! Uma leveza, um amor que eu senti lendo. Um beijo, Myriam!

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    Respostas
    1. Obrigada, Rita!! Vc tá sumida! Tô sentindo falta das novidades da Gringolandia!! Bjks

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  4. Que lindo, Myriam!!! Essa espera parece bem longa, né? Já já você vai estar contando aqui a nova fase de mãe de segunda viagem, que me parece ser bem mais tranquila do que a primeira, né? Beijo!!!!

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  5. que lindo!!!!!!!!! Traduziu exatamente o que sentimos!!!!!
    Vou passar aqui mais vezes, adorei!

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