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Eternamente responsáveis pelo que cativamos

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É certo que o clássico "O Pequeno Príncipe" tem muitas mensagens atemporais. Dentre tantas frases que me comovem, não importa quantas vezes eu releia, é a que diz: "Tu te tornas eternamente responsável pelo que cativas". Desde que a maternidade chegou arrebatadoramente em minha vida, eu procurei cativar essa relação entre mim e aquele serzinho que pus no mundo, mas que se revelou um estranho ao vivo e em cores. E como poderia eu amar, tão enlouquecidamente, um igual a tantos outros bebês? Foi então que resolvi cativá-lo. E ele se tornou único para mim. Porque dentre todas as crianças do mundo, mesmo que todas elas estejam chorando juntas, eu serei capaz de reconhecer o choro de quem cativei. Assim se formam laços, os invisíveis aos olhos, mas que nos prendem e nos são caros mais do que qualquer outra coisa na vida. E o que mais importa?


Saindo da zona de conforto

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Ao longo desses 2 anos e 9 meses de maternagem, eu me desconstruí e me construí dezenas de vezes. Muitas verdades absolutas foram postas em voga. Tudo o que havia de mais certo na minha vida, desabou, e, assim, fui-me recriando e me redescobrindo não só como mãe, mas, principalmente, como pessoa. Por ser muito inquieta, todas às vezes em que me senti confortável demais, procurei mudar. Conforto é ótimo, mas, em demasia penso ser comodismo e disso eu fujo! Necessitei mudar a rotina várias vezes. Não que eu não goste de rotina, mas, é que como eu estava em processo de mudança, a vida do jeito que estava, não mais condizia com o que eu estava buscando. Uma das coisas que sempre gostei de fazer foi desafiar a mim mesma, mas, eu receava demais as consequencias. Hoje eu me sinto segura e forte o suficiente para me desafiar e chegar ao meu limite. Eu me sinto exatamente como o personagem de um livro que amei ler, o Santiago de "O Velho e o Mar". A briga não é exatamente com um peixe enorme, mas sim consigo mesmo. Até onde se consegue superar os limites físicos e psicológicos. Daniel é o grande protagonista dessas mudanças, pois por ele fui em busca de ser alguém melhor. Por ele, mergulhei no mundo da maternidade e descobri tanta gente e informações maravilhosas. Aliás, ler tanto sobre, foi um mundo que se revelou. Mais do que nunca abomino quem escolhe "não saber". Gosto de quem corre atrás, informa-se, devora, pois só o conhecimento nos leva a algum lugar maior. De tudo o que ouço e leio, há algo que ecoa sempre: viva intensamente o hoje sem se martirizar tanto com o que estar por vir, porque o amanhã ainda não nos pertence, então, por que se antecipar? Parece simples, mas, para mim, é um exercício, o qual estou aprendendo, devagar, a experimentar. Tem sido bom!



O adeus ao berço

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"Os dias são longos, mas, os anos são curtos". Eu ouvi essa frase num programa sobre maternidade. Frase tão simples e cheia de profundidade. Tenho tido muita dificuldade em passar as fases do Dan. Dar adeus ao que era já era tão intrínseco, virou um desafio contra a minha vontade de dizer: "cresça mais devagar, por favor!". Assim foi com a chupeta, a fralda, e, semana passada, com o berço. Chorei, chorei e chorei ao olhar aquele espaço que, por quase 3 anos, era ocupado por um objeto, o qual, durante a gravidez, eu tive aversão. Sim, eu passei pela angústia pré-parto também. Quando os móveis do quartinho chegaram, eu não queria autorizar a entrada da loja para montagem. Eu estava só em casa e um pânico enorme me veio. O quarto seria a primeira coisa mais concreta e próxima que eu teria e isso me apavorou. Lembro de ter ligado pro meu marido e dito: "eu não quero mais esse quarto! Tá muito perto! Tô com medo!" Depois de montado, eu ficava entrando várias vezes ao dia pra ver se eu me acostumava à realidade que se aproximava. Acho que foi por isso que o adeus ao berço foi tão dificil! Eu que antes havia dito não a sua chegada, estava aos prantos vendo ele se ir antes da minha mente teimosa estar preparada. Veio aquele filme na minha cabeça: chegada da maternidade com um bebê tão fragil nos braços, noites e noites em claro passadas entre a poltrona de amamentação e berço, a primeira vez que o Dan se virou sozinho, a primeira vez que tivemos que baixar o estrado, o dia em que meu bebê sentou, o dia em que ficou de pé, a primeira vez que me chamou para sair de lá...ah, quantas lembranças! Mas aí as noites longas e infinitas deram lugar a uma passagem de tempo colossal e o bebê vira criança, assim de repente, sem me perguntar se podia e se já era chegada a hora. E então tive que entrar várias vezes no quarto para agora me acostumar à presença do que senti ser uma intrusa e um alerta de que o tempo passa rápido demais: a caminha. E mesmo que para ele tenha sido uma festa a novidade, meu coração se apertou quando naquela noite o pus para dormir. Pensei comigo mesma: e mais uma fase se foi...




Quarto sendo montado



Dan com 8 meses



My little man com 2 anos e 9 meses


Daniel: o senhor feudal

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Daniel anda muito mandão e retrucão. E isso ficou mais latente nas férias, quando a rotina foi pro espaço, abrindo lugar para total falta de horários, que ele confundiu com total falta de disciplina! O moleque tá se achando o dono do pedaço, gente. E ao vê-lo agir,  lembrei da época em que eu estudava, enlouquecidamente, sobre o regime feudal e cheguei à conclusão que o meu digníssimo filho, anda me fazendo de serva...a casa é o seu feudo e eu, serva que sou, trabalho para deixá-lo feliz e satisfeito!! Tem mais alguém aí se vendo na mesma situação?
Brincadeiras à parte, as crianças têm sempre a pretensão de achar que são verdadeiros reis e rainhas. E é preciso muito cuidado para não permitirmos que eles se sintam assim, senhores da situação. Daniel é um doce de criança, mas, tem deixado cada vez mais claras suas vontades, fazendo birra em público, coisa que sabemos ser bem própria da idade. Quase sempre tenho conseguido me manter firme, mas, confesso, nas férias foi bem dificil manter o controle da situação. Afinal, o constrangimento acaba fazendo a gente ceder e é aí que eles compreendem nosso ponto fraco. Voltar à rotina, com estabelecimento de limites claros, é muito bom. No período das férias, como tendemos a "afrouxar" a rotina, eles querem abusar. Rá! E como dizia minha avó: "comigo não, violão!" Chega de feudalismo e vamos partir para meritocracia, sendo que quem dá o mérito sou eu! Ora, bolas!




LEGOLAND - FLÓRIDA

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Para nós, a grande e agradável surpresa dessas férias foi ter ido à Legoland, na Flórida, distante uma horinha de carro da cidade de Orlando. Um parque não tão gigantesco quanto os da Disney, mas, bem mais interativo. Muito, muito bom, mesmo!!! Fiquei tão maravilhada que esqueci de tirar fotos!! Desculpa, gente!! Eu queria mostrar tudo pro Dan e ir nos brinquedos com ele, que fui deixando de registrar os momentos. Tirei menos fotos do que eu deveria, mas, na memória está tudinho muito bem registrado, como deve ser. Inclusive, tomei coragem de ir em uma das montanhas-russas...vejam minha cara e da pobre da minha irmã!! Medo!! Hahahahahahahahahahaha. 
Quem for para Orlando, não deixe de dar uma esticadinha e ir se aventurar pela Legoland. Foi inesquecível.
P.S.: Não sei porque as fotos estão saindo viradas...








De volta pro meu aconchego!

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A gente sabe que tudo que é bom dura pouco. Quando é fantastico, então, é um mero piscar de olhos. Mas, voltar à realidade é preciso!
As férias foram ótimas, o casamento bombou e o cartão de crédito veio daquele jeito. HAHAHAHAHA...fazer o quê, né?!
Daniel se divertiu à beça, apesar de ter falado várias vezes que queria voltar pra casinha onde estava a Piaf. Foi uma maratona e tanto pra ele. Afinal, voar 5h, dormir e já viajar mais 4h de carro e no dia seguinte mais 2h não é fácil. Se foi cansativo para nós, adultos e escolados, imagina pra ele?! Ainda bem que tudo valeu à pena. Estar em familia é muito bom, principalmente quando a ocasião é um casamento de alguém que você viu crescer! Estávamos todos muito emocionados. A noiva estava belíssima e nem poderia ter sido diferente! Ela e o noivo estavam com aquelas carinhas lindas de super apaixonados.
A festa foi animada. Tomara que a gente não tenha assustado a familia do noivo com tanta bagunça! Brasileiro não sabe ser blasé jamais. Nascemos pra agitar qualquer ambiente! Hahahahahahahaha. Daniel dançou muito, correu pra caramba e se jogou no chão várias vezes, até que a pilha acabou e dormiu profundamente, mesmo com toda a barulheira. Eis uma coisa que invejo nas crianças: o sono profundo! Que saudade!!!
E sem mais delongas, vamos às fotos!!
P.S: Eu estava morrendo de saudade de blogar! É um vicio, fato!
 
 
 






Finalmente, férias!

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Indo na contramão da maioria, enfim, vamos tirar férias. Serão 10 dias dedicados à familia, lato sensu, diga-se de passagem; pois, tirando as cadelinhas, todo mundo mundo vai, junto e misturado. O motivo de maior ansiedade fica por conta do casamento da minha prima, razão de todos terem se empenhado em conseguir agendar os mesmos dias, já que ela não mora mais em Manaus. A festa promete e a gente se responsabilizou pela animação, o que para mim não é problema at alllllll!!! Casamento é sempre motivo de reunião e celebração familiar. Então, estamos todos muito felizes em passarmos esse momento juntos. Não vejo a hora de deixar o meu loirinho na beca! hahahahahaha..apesar de que será uma beca light, já que o casório será na praia! #achochique
Então, minha gente, perdoem o silêncio deste blog durante os próximos 10 dias! Prometo voltar com posts do casamento, da praia, da Disney e do que mais fizermos lá pelas terras de Tio Sam!!
Beijos, beijos e até a volta!!




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