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Five days away

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Duas vezes por ano, geralmente, eu e meu marido viajamos a trabalho e para uma mini lua de mel. Em abril, tiramos seis dias para uma viagem a dois. E agora em novembro, tivemos que participar do encontro de franquias de uma de nossas empresas, que aconteceu na cidade de Curitiba, deixando-nos cinco dias longe do nosso menino. Percebo que mesmo tendo chegado aos três aninhos, ainda é muito dificil deixa-lo. Ainda que ele esteja seguro e rodeado de amor na casa dos meus pais, não deixa de ser sofrido para nós esse momento de separação. Ouvir sua doce voz ao telefone dizendo "eu também te amo muito, mamãe" é um bálsamo e uma faca afiada ao mesmo tempo, pois por mais que o motivo seja trabalho, impossível não me sentir culpada por estar longe. Meu marido funciona melhor que eu nesse sentido, até porque viaja mais vezes ao ano a trabalho, então, consegue, com a praticidade típica dos homens, afastar a culpa, pois sabe ser necessidade e ponto. Bom, eu estou a algumas (milhares) de léguas de pensar dessa forma e me peguei, ao longo das reuniões, pensando no que o Dan estaria fazendo naquele momento, se dormiu bem, se comeu direitinho, se está sentindo nossa falta, se está com saudade de casa etc. Minha mãe e irmã sempre mandam muitas fotos quando fazemos essas viagens, e claro que ver aquele rostinho feliz me acalenta. Mesmo assim, nunca será a tranquilidade desprovida de uma ponta de preocupação.
A verdade é que depois que temos filhos, um cordão umbilical invisível permanece e é impossível se desconectar. A sensação é mesmo de ter deixado um pedaço meu e por isso passo o tempo todo me sentindo incompleta e angustiada, procurando o motivo de eu não estar totalmente relaxada ou concentrada. Compreendo, então, que a díade Myriam-Daniel será eterna e que por mais que o tempo passe e ele cresça, Dan será sempre o coração que pulsa do lado de fora; portanto, só serei em minha totalidade, se perto estivermos. Certamente, novas viagens sem a sua presença virão, mas jamais será como antes de me tornar mãe. Haverá sempre um fio condutor, lembrando-me a todo momento do meu pedaço que ficou.


12 comentários:

  1. Myriam realmente existe esse cordão invisível entre mãe e filhos, mesmo eu que sou bem tranquila com a relação a ter o momento meu e do marido, me pego com saudade, lembrando a cadas instante da minha turminha, pensando o que estão fazendo e se estão bem etc.

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

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    1. E a sua saudade de 3 amores infinitos?! Afff!
      Bjinhos pra vcs!!

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  2. Myriam, minha esposa foi ao salão de cabeleireiro anteontem. Chegou em casa chorando de saudade da Zoe hehe. Imagina vocês que viajam a outra cidade, que movem o coração a quilômetros de distancia.. Muita mais saudadinha, hein... Eu quase não tiro a mente delas quando estou no trabalho, fico doido, tomo mil cafés (abriram um Starbucks cruzando a rua aqui rs). beijinhos

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    1. Hahahahahaha
      Eu entendo a Katy! Essa fase de puérpera, a gente é meio leoa!!! Dói demais a separação!! Tem que chorar mesmo!!
      ;))

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  3. Prima saibas que não importa a idade deles ao se afastar , meus filhos cresceram e já não moram comigo há mais de 10 anos, imagina então minha saudade que nunca acaba e nem diminui

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    1. Tenho certeza, prima!! A saudade será pra sempre ainda que sejam adultos!!
      Bjão pra vc!!

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  4. amiga é isso mesmo
    pode esta com a melhor pessoa do m,undo
    não tá com agente o coração aperta

    linda noite bjs

    Ser Mamãe Pela Segunda Vez
    Google+Nanda

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    1. Sem dúvida, Nanda! Dan está com a minha mãe e melhor pessoas não há! Mas, a saudade e a preocupação permanecem imensas!
      Bjinhos

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  5. Ô coração apertado que fica em situações assim, pois por mais que saibamos que estão bem e ao lado de quem ama nossos filhos, mas viagens assim, sem eles, não é a mesma coisa. É um pensamento lá e outro cá...
    A primeira vez que viajamos sem Milena, nossa..e chorei tanto, antes, durante e depois do voo. Meu marido até pensou em desistir porque ficou dó de mim...e mesmo com aquele sentimento de culpa que foi junto, com o tempo, fui curtindo mais o momento e o passeio. O detalhe que cada vez que eu curtia, no hotel ou em qualquer lugar sempre tinha bebês e crianças que me faziam lembrar mais ainda de meu amor.. rsrs
    Beijos,
    Larissa Andrade.

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    1. Na primeira vez que viajamos sem ele eu tanbém chorei muito no voo...hahahahahahahaha
      Mãe só muda de endereço!! Não adianta!!
      Bjinhos!!

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