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"Afinal, o que querem as mulheres?"

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Fim de semana passado, o mundo virtual do instagram "congestionou" com as fotos do chamado casamento do ano de uma blogueira (ou bloguista, como andam dizendo por aí) paulistana. Foram muitos comentários sobre o intitulado "Casamento da Princesa Lalá". Bom, quanto ao casamento, nada a declarar. Afinal de contas, foi um casamento bonito e cheio de pompa, conforme o gosto da noiva. E gosto, cada um tem o seu. O que me fez falar sobre isso, foram os comentários SOBRE o casamento. Foi uma enxurrada de tweets comparando o evento ao da hoje intitulada Duquesa Kate Middleton etc. E aí, fui me lembrar que na época do casamento da ex-plebeia, o mundo parou para assistir a cerimônia do casamento real. Tanto que aqui no Brasil, várias mocinhas - e mulheres também - (fui uma delas) acordou mais cedo para ver o conto de fadas se tornar realidade. E então que eu me lembrei do fenômeno "literário" 50 tons de cinza, que encabeça a lista dos mais lidos, semanas a fio. Um livro bem machista, por sinal, mas, que fez muitas mulheres ficarem a sonhar com o tal Sr. Grey, o qual virou o novo "Príncipe Encatado" mais desejado do planeta Terra. O que eu quis dizer com toda essa historinha? É que entra século e sai século e me parece que mesmo depois de tantas conquistas, as mulheres continuam a desejar as mesmas coisas que nossas tataravós?! Será? Bom, para algumas, acredito que sim, né? Senão, como explicar essa euforia enlouquecida por um casamento de alguém que sequer se conhece? Ou, por que tanta alegria por uma plebeia chegar tão perto de se tornar alguém da realeza, como nos contos de fadas? E, por que cargas d'água um livro extremamente machista, que fala sobre a mulher ser submissa ao seu dominador, faz tanta gente SONHAR com o "mocinho" da historia, mesmo que ele possa, quando tiver a fim, dar uma surra na mulher "amada"??? Quanto contrassenso!!!!! Em um mundo em que tanto se luta pela igualdade dos sexos, faz-se passeatas abaixo à violência contra a mulher, luta-se pela mulher no mercado de trabalho, fala-se em busca da felicidade sem a necessidade de um homem ao lado, exemplos de mulheres que são provedoras do lar e tantas discussões sobre a mulher do século XXI, ver esses fenômenos de sonhar com o príncipe encantado e amar um livro um tanto violento, e quando digo violento, não me refiro às sessões de sadismo não, a violência está muito mais nas palavras dirigidas à mocinha. Em muitas passagens ela se arrepende de ter dito algo porque vai deixá-lo enfurecido!! Onde já se viu?? Desculpa, gente! É que acordei meio indignada! "Afinal, o que querem as mulheres?" É claro que tenho meu lado mulherzinha aflorado, tendo em vista que fui criada por mãe e avó, que me ensinaram, inclusive, que eu deveria servir o prato do meu marido nas festas, porque boa esposa é assim. Mas, minha pouca rebeldia não me permitiu seguir esses e outros conselhos e nem por isso deixo de ser boa esposa. Não sou a favor do feminismo exacerbado que andam pregando por aí, porém, não posso concordar com essa apologia ao sexo frágil não. Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar...


10 comentários:

  1. Adorei o “servir o prato do marido em festas“!!!

    Bjs

    Rafa

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  2. Myriam, eu também não entendo este retrocesso.Não fiz nem festa no meu casamento, achei mais imporante dar entrada na nossa casa com o dinheiro que gastaríamos, então imagine só como vejo todo o resto...

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    1. Hahahahahahahaha...confesso que quando me casei, eu era beeem mais sonhadora e ter uma festa era muito importante! Hoje, já não sei se faria algo tão grande! A verdade é que são as reviravoltas que a vida nos dá é que nos fazem mudar conceitos! Bjs e bom feriado!!

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  3. My,
    Acho que você está tendo uma visão estereotipada do feminismo. O feminismo não é contra ser dona-de-casa, princesa, mulherzinha, etc. Na verdade somos contra é sermos OBRIGADAS a sermos donas de casa e servir prato simplesmente por sermos mulheres. Se for uma escolha da mulher, então tudo ok. Tem gente que escolhe ser astronauta, tem gente que escolhe ser mãe full-time, tem gente que escolhe balancear. Desde que não seja uma imposição, o feminismo não é contra.

    Quanto a Lala Rudge, acho que as pessoas ficaram mais fascinadas com o dinheiro, vestido, etc, do que com o romance em si. Posso estar enganada, mas quem ligou pro noivo? Aliás, quem liga pra noivo em casamento ? hahaha

    Beijos e saudades do Dan Dan (e de você, é claro!)

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    1. Concordo com você!! Eu também penso que quando é uma escolha, está tudo certo! Não sou a favor dos extremismos, seja de um lado, seja de outro, entende? Nem aquelas loucas feministas, nem aquelas retrógradas demais...por isso terminei dizendo que nem tanto ao céu e nem tanto ao mar! E, sim!! Ninguém lembra do pobre do noivo!! Hahahahahahahahahaha Saudades também!!!!

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  4. Menina passei batido por esse casamento, acho que já passei da idade desse deslumbramento adolescente por alguém totalmente diferente de mim.

    Tbm segui o casamento da princesa Kate, simplesmente porque ela é uma princesa! E amo casamentos, rs.
    E tbm não cai na onda desse livro em que a mulher é que serve o homem, eu quero é ser servida, ahahahah

    Adorei o post =)
    Um ótimo início de semana
    Bjus

    Rafa
    Rafaelando

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    1. Eu também adorooo ser servida!! Tô contigo!! Hahahahahahahahaha

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  5. Ah, Myriam, eu concordo com vc que a mulher ser considerada inferior é um retrocesso enorme, mas não acho que Mr. Grey tem a ver com isso... Na verdade o que eles tem é um acordo (tem até contrato) onde ela concorda com isso. Não passa de um teatro e o livro é bom pra caramba!

    Mas respondendo à sua pergunta "afinal o que querem as mulheres", acho que nem nós mesmas sabemos! Eu me pergunto isso todo dia e não consigo chegar a uma conclusão! Quero ser independente financeiramente mas também quero acompanhar minha filha de pertinho sem terceirizá-la. Quero ter direitos iguais ao do meu marido, mas quero que ele seja meu protetor também, a figura forte em casa (o homem da casa mesmo, como se diz). Enfim, acho que o papel da mulher ainda está muito, muito confuso desde que nos vimos com o "direito" de sair de casa e brigar por nosso sustento.

    Mas acho a reflexão muito boa!
    Beijos
    Syl
    http://minhacasinhafeliz.blogspot.com.br/

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    1. De fato, Syl! É difícil mesmo saber o que queremos...talvez, mulheres que somos, queiramos tudo!! Hahahahahahaha...é difícil mesmo escolher entre parar tudo por um filho ou se realizar profissionalmente...e é por isso que tento encontrar sempre um meio termo, porque, tudo, infelizmente, não teremos. Quanto ao livro, eu dei uma implicadinha mesmo com ele. Há passagens interessantes e achei bacana que serviu para muitas mulheres resgatarem sua sexualidade e se sentirem à vontade para discutir sexo de forma tão aberta! Mas, tenho minhas ressalvas...rsrsrsrsrsrsrsrsrs...obrigada pelo comentário sempre carinhoso!! Beijos pra vc!!

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