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Quem come do meu feijão, prova do meu cinturão!

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Taí uma frase que ouvi muito!! Mais especificamente, até meus 25 anos (quando me casei)!! Mas, calma!! Não sofri espancamento na infância não! Umas palmadas sim (e esse assunto fica para outro post porque não sou a favor das palmadas!), quando eu respondia "atravessado" para minha mãe. Engraçado como a relação entre pais e filhos mudou drasticamente nas últimas décadas. Eu costumava ouvir da minha avó, que pai na época dela, era um semi-deus! Quase intocável! Não tinha mimimi com eles não! Era tratamento equivalente ao militar! Quando ela me contava esses causos, eu ficava perplexa, sabe? Mas, gente, minha bisavó engravidou 19 vezes, dos quais 10 sobreviveram. Vocês já pensaram criar 10 filhos com manha e mimimis? IM-POS-SÍ-VEL!! Ou era regime militar ou os curumins (sou do Amazonas, ok?) não se criavam não. Definitivamente, não era o tipo de criação que penso ser a ideal. Porém, tenho que reconhecer que os filhos respeitavam bem mais o pais, mesmo que fosse pelo temor (que eu não acho ser a melhor forma de respeito), havia bem mais consideração e até preocupação com aqueles que nos deram a vida. Eu sou da época que bastava um olhar! Se meu pai me olhasse feio, o bicho ia pegar pro meu lado. Era do tipo: "corram para as montanhas e subam para as colinas" e vice-versa! Mas, tinha uma atenuante em relação à época da minha avó. Meus pais não eram intocáveis. Pelo contrário, abraço, beijo e carinho foi algo que eu recebi demaaaaais. Só que se eu não andasse na linha, a coisa ficava bem feia pra mim! E eu, auto-crítica que sempre fui, tinha pavoooor de desapontar meus pais (tenho até hoje, acreditem!), e, por isso, sempre me cobrei muito para errar o mínimo possível. Não sei se era certo, mas, comigo foi assim: nota alta na escola era pura obrigação! Não tinha barganha. Papai dizia: "você não trabalha, portanto, exijo que se dê bem". E assim foi...acho que não precisava de taaanta pressão, mas, ok...
O que quero dizer nesse post é que, muito antes de me tornar mãe, eu já prestava atenção nas crianças e nos adolescentes atuais e é discrepante a diferença da relação entre pais e filhos que se estabeleceu. Vejo pais não autoritários, mas, com enorme dificuldade de impor algum limite às crianças/adolescentes, e, consequentemente, vejo filhos que peitam os pais sem o menor resquicio de respeito. Como já falei em outros posts, a ausência significativa dos pais na criação de seus filhos (seja por qual motivo for) desencandeou a safra dos pais permissivos demais, e, claro que o resultado disso são filhos abusivos, que parecem não entender que pais mais próximos e amigos não significa ausência de autoridade. Acredito que o patrio poder ou poder familiar, como queiram, tem que ser exercido sim. A cautela deve-se deixar em relação à educação castradora ou opressora, mas, não sem limites. Sinto muitíssimo quando vejo crianças que praticamente batem nos pais (às vezes, o fazem!). Sinto muito, também, quando vejo jovens que não respeitam nem dão valor à familia e acham tudo um saco e saem por aí fazendo tanta besteira, e, não raras vezes, praticando badernas, violências e tantas atrocidades que vemos nos noticiários. Mais uma vez, venho falar do tal equilíbrio que é tão difícil encontrar. Não quero a educação dos meus avós, mas, estou longe de querer dar uma educação tão libertadora a ponto de sentir vergonha do filho que eduquei. Meu caminho é longo, não faço ideia do que ainda irei enfrentar, porém, tentarei, de todas as formas, ser prudente!


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