Eu pedi aos céus por ele. Sei lá por qual razão, eu sempre me vi mãe de menino. Enquanto eu ouvia minhas amigas desejarem estar envoltas a laços e fricotes, eu sonhava com o mundo mais agitado dos meninos. Não satisfeita, falei para quem quisesse ouvir que eu queria um filho desses bem moleque, que corre muito, desbravador do mundo, falante, peralta. E, que bom, eu fui ouvida. MUITO ouvida! Impossível não sentir e ver a diferença nas nossas vidas e na nossa casa de que há mesmo um moleque invadindo todos os espaços. Como mãe de menino, ganhei: adesivos de super heróis espalhados pelos móveis do quarto, muitos papéis rabiscados (e paredes), fantasias dos mais variados personagens, carrinhos que nos fazem quase cair pela casa, bonecos bem feios que não entendo como ele pode gostar de brincar, muitas brincadeiras de luta contra os vilões que ameaçam a todos, joelhos ralados e/ou roxos todas as semanas, confusão para tomar banho e se arrumar, choro para cortar as unhas, impaciência para esperar qualquer coisa que queira, dezenas de filmes de ação, vaso sanitário sempre com pingos de xixi e tantas outras coisas desse universo masculino que eu aprendi a amar. Engraçado que, aos poucos, Dan tem se tornado menos fã de abraços e beijinhos; os carinhos são pesados, sabe?! Ele gosta de malinar a gente e a Piaf, coitada! Tem dado mais trabalho pra fazer tarefa de casa, quer estar correndo e pulando sempre, sem parar. Mas tem algo que o faz se concentrar e dar um tempo nos pulos e nas corridas: os livros! Ele adora ouvir historias. E gosta de contar também! Acho o máximo quando o levo às livrarias e ele pega um livro, senta e começa a contar a historia a partir das ilustrações. Ah, ele AMA quebra-cabeças e LEGO. São minhas armas secretas quando quero sossegar um pouquinho. Rsrsrsrsrsrsrs...afinal, minha energia sempre termina primeiro que a dele...
Meu primeiro livro publicado ("O menino que só sabia dizer não")
|
Postado por
Unknown
E o sonho virou realidade! Muito feliz com a publicação do meu primeiro e-Book! Espero que vocês, leitores queridos, prestigiem e me digam aqui se gostaram. A historia é bem bacana, direcionada às crianças de 2 a 5 anos. As ilustrações do Sergio Artigas são lindas! Muito feliz com esse "filho" que nasceu. :)
Quem quiser conhecer é só clicar: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7811659
Dicas: o que fazer em Nova York com criança?
|
Postado por
Unknown
Aproveitando o combo Copa do Mundo e férias escolares, resolvemos passar uns dias na cidade que nunca dorme levando o Dan conosco. Foram momentos incríveis, apesar de um dia de muito susto com o pequeno doente. Ao final, tudo deu certo, amém!
Nova York é uma cidade maravilhosa, sem dúvida. Mas vê-la sob o olhar de uma criança é uma experiência memorável. Deixamos de lado os espetáculos da Broadway (são 3h de espetáculo e Dan ainda não fica tranquilo por tanto tempo. Mas, se a criança for maior ou gostar muito de um personagem que esteja no musical, vale muito à pena!) e mergulhamos numa cidade que se preocupa bastante com o entretenimento infantil, principalmente no verão. Saímos de lá sem ter feito tudo o que a cidade oferecia mas com a sensação de que aproveitamos ao máximo o tempo que lá ficamos.
Uns dois meses antes da viagem, comecei a montar o roteiro dia a dia e alguns sites foram muito importantes:
- NYCTPIS
- Ask Mi
- Hoteis.com
Fizemos o trajeto Manaus-Miami, onde pernoitamos. As 11h do dia seguinte sairia nosso voo pela empresa Spirit, que tem excelentes tarifas, massss, descobrimos que muitas vezes não cumpre horarios e cancela voos, o nosso caso, infelizmente. Conseguimos sair por outra empresa aérea (Delta) e chegamos em NY com duas horas de atraso do previsto.
Decidimos nos hospedar estrategicamente em frente ao Central Park, na entrada mais próxima das atrações para o Dan. Além da rua inteira ter vários restaurantes super family friendly, os quais nos ofereciam menu infantil, cadeirinha e lápis de cera e desenhos para colorir. Por isso, não tivemos qualquer dificuldade para fazer as refeições com o Dan. Claro que com criança não dá para se frequentar aqueles restaurantes bacanérrimos que exigem meses de antecedência para reserva. Mas esse não era o propósito da viagem.
Minha única ressalva nessa experiência de levar o Dan para uma cidade como NYC, é que por ter apenas 3 anos, ele se cansava muito, já que acabávamos passando o dia todo fora do hotel. Talvez por isso ele tenha adoecido no último dia da viagem. O ritmo é muito grande para alguém tão pequeno. Acredito que a partir de 7 aninhos, as crianças aguentem mais o tranco. Mas, isso é muito pessoal.
A seguir, as fotos com os locais que recomendo visita. Não coloquei todos os restaurantes que frequentamos porque acabei esquecendo de anotar, ainda assim, espero que as dicas possam ajudar as familias que estão planejando essa viagem!
- NYCTPIS
- Ask Mi
- Hoteis.com
Fizemos o trajeto Manaus-Miami, onde pernoitamos. As 11h do dia seguinte sairia nosso voo pela empresa Spirit, que tem excelentes tarifas, massss, descobrimos que muitas vezes não cumpre horarios e cancela voos, o nosso caso, infelizmente. Conseguimos sair por outra empresa aérea (Delta) e chegamos em NY com duas horas de atraso do previsto.
Minha única ressalva nessa experiência de levar o Dan para uma cidade como NYC, é que por ter apenas 3 anos, ele se cansava muito, já que acabávamos passando o dia todo fora do hotel. Talvez por isso ele tenha adoecido no último dia da viagem. O ritmo é muito grande para alguém tão pequeno. Acredito que a partir de 7 aninhos, as crianças aguentem mais o tranco. Mas, isso é muito pessoal.
A seguir, as fotos com os locais que recomendo visita. Não coloquei todos os restaurantes que frequentamos porque acabei esquecendo de anotar, ainda assim, espero que as dicas possam ajudar as familias que estão planejando essa viagem!
Loja da APPLE. Enquanto o papai se perdia nas novidades, nós aproveitamos o espaço kids que tem por lá! |
![]() |
Victorian Gardens Amusement Park. Um parque de diversões muito bacana dentro do Central Park. Vale muito à pena! |
![]() |
Zoo também dentro do Central Park! Experiência incrivel. |
![]() |
Ainda no zoo. O espaço para os pinguins. Lindo de ver! |
![]() |
Dan e um de seus herois favoritos dentro da loja Toys R Us |
![]() |
Roda Gigante da loja Toys R Us. Uma atração à parte |
![]() |
Espaço Nutella dentro do Eataly. Lugar incrível onde se come muito bem e se compra ingredientes maravilhosos! |
![]() |
Parque delicioso também dentro do Central Park com piso todo emborrachado para felicidade dos papais que podem deixar as crianças brincarem à vontade! |
![]() |
Ainda no parque |
![]() |
Parada no passeio de bicicleta que fizemos também pelo Central Park. |
![]() |
Imperdível!!! Museu da Historia Natural. Dan amou demais |
![]() |
Children´s Museum of Manhattan: 4 andares temáticos. Imperdível!!! |
![]() |
Sistema digestivo do primeiro andar do Children´s Museum |
![]() |
3.° andar do Children´s Museum: Play Works |
![]() |
Brincando de bombeiro no Museu das Crianças |
![]() |
Desenhos e canetinhas para colorir entre um voo e outro! Vende nos aereportos e tem de todos os temas. |
![]() |
Sorveteria maravilhosa dentro do Chelsea Market. Lugar sensacional que vale demais a visita. São tantas as opções para se comer bem que é impossível ir só uma vez! |
![]() |
Espalhados pela cidade, resolve a nossa fome e a dos pequenos de forma muito saudável! |
![]() |
Ao contrario da foto de cima, esse dia jacamos! Parada obrigatória pra quem é fã de um bom sanduba! Shake Shake no Madison Square Park |
O discurso materno que muitas vezes nos cega
|
Postado por
Unknown
Quando eu estava grávida do Dan, eu pensava muito em como ele seria. Não tanto pelas características físicas, mas, principalmente, pelas caracterísitcas psíquicas. Teria uma personalidade forte? Seria tranquilo? Iria gostar de brincar com o quê? Seria muito sociável ou seria tímido? Lembro que ao longo dos primeiros meses após o nascimento, eu ainda não conseguia nomear muitas características ao meu bebê. Mas quando chegou aquela fase em que as pessoas se sentem mais à vontade para querer carregar a criança, Dan não foi do tipo que ia fácil com estranhos e eu logo tratei de antecipar às pessoas de que Dan não era muito dado. E então eu logo comecei a achá-lo bem parecido comigo, já que sempre fui muito na minha e tímida com quem eu não conhecia. Quanto mais o tempo passava, mais fácil era observar a personalidade do serzinho em formação. E como quase todas as mães, eu passei a nomear muitas características que eu via em meu filho: genioso, birrento, concentrado, tímido, carinhoso, comilão, esperto, excelente coordenação etc. E nessa de sair dando nome a tudo, criei em minha mente alguém que era quase meu espelho, eu conseguia (e ainda consigo) ver muito de mim nele. E nessse orgulho materno misturado com a cegueira que acompanha e assola quase todas as mães, eu fui achando que o conhecia como a palma da minha mão. Até que veio o dia das mães na escola e meu filho, super igual a mim, claro, iria se apresentar e eu tinha a mais absoluta certeza de que ele iria travar quando visse um montão de gente. Eu tinha tanta certeza disso que até o choro dele eu cheguei a "ouvir". Abriram-se as cortinas, eu não consegui enxergar qualquer criança. Para mim, só havia o Daniel. Eu o olhava meio em pânico, já esperando um choro ou alguém que ficaria que nem uma estatua congelada. A música tocou e de repente Dan começou a se apresentar. Ele dançou a coreografia inteira, olhando-me com uma carinha de quem me perguntava: está orgulhosa de mim, mamãe?! E eu virei a estatua congelada, boquiaberta e descrente de que aquele era o MEU filho. Eu pensei: como assim ele não está envergonhado?! Ele é tão parecido comigo!! Foi então que eu me lembrei do livro "O poder do discurso materno" da Laura Gutman, que eu havia lido há algum tempo...lembrei das palavras que tanto me fizeram refletir sobre mim mesma e o discurso que eu havia ouvido na minha infância: "temos uma mãe que nos observa e nos nomeia. Essa mãe, projetando sua própria percepção, vai escolher palavras para nos descrever. Vai decretar uma serie de atributos, que vão coincidir com algumas de nossas manifestações. Assim que nascemos - às vezes até antes - nossa mãe determina "como somos". O fato é que desde o inicio alguém nomeia como somos, o que nos acontece ou o que desejamos. Isso que o adulto nomeia (geralmente a mãe) costuma ser a projeção de si mesmo sobre cada filho." Ou seja, eu estava ali projetando características minhas em alguém que ainda está em formação. Eu já estava discursando quem era meu filho sem nem dar a ele a chance de ser quem realmente é. Eu estava atropelando o tempo e já decidindo de antemão quem era meu filho, quando na verdade, apesar dele ter sim muito de mim, ele é um outro ser que possui suas prórias características, seus próprios gostos e vontades. Porque ele não sou eu e nem meu marido. Ele é a mistura de nós dois e de nossas familias. Mas, acima de tudo, ele é um outro alguém a quem devemos dar a oportunidade de simplesmente ser, independentemente dos nossos discursos.
Quando eles crescem
|
Postado por
Unknown
Hoje fui invadida por um estado de embasbacamento maternal, ou, aquele dia em que você olha pro seu filho e pensa: caramba! Ele não é mais um bebê MESMO!
A cada dia desse ultimo semestre, vejo um projeto de rapazinho ao meu lado e isso tem me assustado, porque no auge de seus 3 anos e 7 meses, frases completas, vontades bem colocadas, vocabulário de gente grande e independência maior ainda, tem deixado claro que aqui há uma criança de verdade. E mais que isso! Um grande companheiro. Como é bom poder conversar com o meu menino na ida ao supermercado, à lavanderia, à padaria, à livraria e às compras! Pois, pasmem!! Ele tem muita opinião quando eu estou comprando. Diz que estou linda ou, para meu desespero, pergunta: "não tá apertado, mãe?!" Sua cor favorita é a verde, e como ele mesmo diz, TODOS os verdes. Ele só gosta de short ou calça que não tenha laço, prefere com botão mesmo. Não é fã de camisa polo, prefere o estilo mais despojado de uma camiseta de malha. As meias não podem ser grossas demais senão ficar "muito apertado", e as cuecas que sejam dos seus personagens favoritos, por favor! Adora melancia, morango, uva, manga, banana e tangerina. Mas o que ele mais ama no mundo é um quadradinho de chocolate meio amargo que ele ganha carinhosamente da mamãe de vez em quando. Ficou muito fã da música nova do Jota Quest "waiting for you", a qual ele canta, acreditem, para mim (o que faz eu morrer ainda mais de amor, claro!). Quando fica bravo, vira o Hulk, e eu tento não rir, apesar de achar engraçadíssima a sua nova forma de demonstrar chateação...ah, ele adora que eu leia histórias antes de dormir. Ultimamente, tem pedido pra eu contar como era quando ele era um bebê, como se isso já fosse há muuuuuiiiitoooo tempo. Dan fala o dia todo! Sério!! As vezes eu digo que o silêncio também é importante, mas, ele finge que não me ouve e continua a falar e a falar e a divagar sobre a sua linda vida...anda meio ansioso em se tornar adulto logo, ontem, se possível! Afinal, muito do que ele me pede, eu digo que ele ainda não pode porque é criança, o que o faz pensar que ser adulto é a melhor coisa do mundo, mas, ah, se ele soubesse que bom mesmo é ser criança, quando tudo (quase) é permitido. Quando não se conhece a falta de tempo e muito menos o impossível.
Amazônia Golf Resort
|
Postado por
Unknown
Há algum tempo que tínhamos vontade de passar um final de semana nesse resort, mas nunca nos programávamos. Uma amiga querida me avisou que ia com a trupe dela e pensamos que seria uma ótima oportunidade. O lugar é muito bacana, as acomodações muito boas, comida gostosa, bastante espaço pra criançada correr e brincar à vontade, piscina adulto e infantil, salão de jogos etc. Foi uma grata surpresa que nos deixou com vontade de repetir outras vezes. Seguem algumas fotos do local. Aos que moram em Manaus e ainda não conhecem, vão que será uma experiência bem bacana!
Sobre as escolhas
|
Postado por
Unknown
Quando eu era adolescente, tinha uma brincadeira de tentar adivinhar com quem se iria casar, quantos filhos se teria, qual profissão etc. Quem aí fazia esse joguinho? Eu lembro que sempre coloquei 25 anos. Na minha (sonhadora) cabeça, com essa idade eu estaria casada, com 2 filhos e estabilizada profissionalmente. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA Só que não, né?! A vida foi tomando um rumo bem diferente do que eu havia idealizado na adolescência. E apesar de muita gente dizer que os nossos planos nem sempre são os planos divinos, creio que cheguei até aqui pelo livre arbítrio que nos é dado. Ao longo dos anos, fui fazendo escolhas que me permitiram chegar onde cheguei e se a minha vida hoje é um quadro bem diferente do que pintei lá atrás, a "culpa" é minha mesmo! Lembro pensar que 25 anos era uma idade muito adulta, mas, quanta ingenuidade, né não?! Saí da faculdade aos 22, aos 25 casei e nem pensava em ter filhos. Eu queria curtir a vida a dois, as viagens, os amigos etc. Tive meu próprio escritório, achei que havia me encontrado e aí pensei que era chegada a hora de aumentar a familia e quando o Dan nasceu, BUM!!! Um novo marco começou a contar. Dei adeus ao mundo jurídico, tentei ser "só" mãe, mas aos poucos fui percebendo que eu não estava me sentindo feliz, eu sentia falta de me envolver com algo que ocupasse minha mente e me fizesse produzir, dei um 180° na vida profissional e hoje faço parte do imenso grupo de mulheres BOMBRIL que existe no mundo contemporâneo, tentando me dividir em todos os papéis que decidi interpretar. E como é que ficou aquela idealização adolescente?! Não ficou, ué. Não foi e nem será. A imaturidade me fez traçar uma vida em linha reta, sem emoções, sem as vicissitudes, sem os pormenores, daí um quadro só pela impressão do que poderia ser. Talvez fosse mesmo um quadro bem bonito, como os de Monet que tanto adoro admirar. Mas, mesmo com todas as cicatrizes que ganhei, a vida com emoção, cheia de traços fortes e figuras distorcidas, tem sua beleza e se apresenta mais real, daí ser tão mais interessante. Hoje, eu me vejo num quandro que retrata bem as angustias da alma, aquelas que fazem a gente se sentir vivo de verdade, com as nuances de quem escolhe viver e não só admirar a vida:
![]() |
O Grito Edvard Munch 1893 |
Assinar:
Postagens (Atom)