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Rotina das crianças nas férias

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 No post passado, falei sobre as férias mas não deu pra contar os detalhes do dia a dia com as crianças. Comentei que a primeira semana foi difícil e agora posso explicar o motivo. Bom, tirar um bebê da sua rotina é um fator complicador. É um certo desafio viajar com bebês porque é impossível não mexer na rotina deles. Comecemos pelo voo de ida. Era as 14h. As 12h e 30min dei uma mamada ainda em casa e fomos. Ele acabou pedindo um cochilo na sala de espera. Entrou no avião dormindo mas depois de uns 40min, acordou. Enquanto isso, Dan, passada a primeira hora do voo, adormeceu e assim permaneceu por quase 3h. Eis aí uma grande diferença entre os irmãos. Dan sempre foi fácil de dormir em lugares diferentes. Não estranha, não se incomoda com barulho, sempre gostou de dormir no carrinho quando estamos viajando, enfim, tirando os momentos de birra, Dan sempre foi um companheirão de viagem. Onde quer que fôssemos, estava bom. Já o Noah...tem o sono leve. Por isso, qualquer barulho o acorda e não é muuuuito fã de dormir no carrinho. É preciso que esteja extremamente cansado para ceder ao sono. Tanto que das 5h de voo, ele só cochilou duas vezes, 40min cada. Para nossa sorte, apesar de não ter dormido muito, Noah é um bebê tranquilão. Ficou no colo, mexendo em uma ou outra coisa, deixando até a gente assistir um filminho. Não houve choro, nem dor de ouvido, graças a D us! Só que ao chegar no apartamento que alugamos, foi muito dificil fazê-lo dormir em um novo ambiente nos primeiros dias. Nosso sono estava picado e eu comecei a ficar bem cansada. Fui aos poucos tentando atrasar a rotina do sono, para que ao invés de duas mamadas na madrugada, mudássemos para uma. Com uns 9 ou 10 dias isso começou a funcionar. Começávamos a rotina do sono por volta das 21h e 30min, mamada as 22h e ele ia até 4h. Mamava e dormia até as 7h e 30min. Ufa! Comecei a ficar menos cansada. Com o passar dos dias, ele também começou a dormir mais no carrinho enquanto passeávamos. Algumas vezes, tínhamos que embalá-lo, mas outras o cansaço era maior que a vontade de ser embalado e ele dormia por si só. No quesito alimentação, avançamos pouco durante a viagem. Ofereci algumas frutas e dei papinha orgânica algumas vezes, que ele aceitou super bem, mas, antes da viagem, conversei com a pediatra e ela sugeriu que ficássemos mais no leite, pois seria dificil papas naturais e tentativas de três ou mais vezes a mesma papa ou a mesma fruta. Preferi deixar para avançar na introdução alimentar quando voltássemos para Manaus e eu pudesse preparar as papinhas. De qualquer forma, foi muito válida a experiência de introduzir algumas frutas e papas orgânicas por lá. Noah foi amadurecendo, ganhou dois dentinhos e quando chegamos, as papinhas foram mais facilmente aceitas. De lá para cá, ficaram claras algumas preferências: banana e tangerina em relação às frutas e papinha de frango com legumes em relação às comidinhas. 
 De toda essa experiência que passamos,  definitivamente, a dificuldade não é viajar com dois e sim um deles ainda ser um bebê. A preocupação com o bem estar é muito grande. Alguns horários tem que ser respeitados, é preciso saber se o lugar para onde se está viajando tem estrutura para bebês, porque imprevistos acontecem, invariavelmente. Lembro que quando viajamos com o Dan a primeira vez, houve as mesmas dificuldades. Mas depois que ele estava com mais de 2 aninhos, tudo se tranquilizou no que se referia à logística e assim, a dinâmica da viagem corre mais facilmente. A cada viagem com o Dan, a gente se surpreende mais. É lindo ver o amadurecimento e a nova perspectiva com que ele observa o mundo a sua volta. Por vezes, repetimos os mesmo lugares que outros anos mas o olhar foi totalmente diferente e cheio de opinião. Aliás, é o que de melhor trazemos nas bagagens: novas experiências e muitas historias para contar e guardar na memória. Viajar,  para mim, definitivamente, é um grande investimento que se faz para os filhos e para nós mesmos. É a possibilidade de, em um curto espaço de tempo, a gente se tornar diferente, só que para melhor.


2 comentários:

  1. Oi, Myriam!
    Eu como você amo viajar, e depois de ter bebê não parei de fazer. Mas vou discordar em um ponto. Eu como mãe de uma só (por enquanto, hehe), e uma que tem uma dificuldade enorme em dormir, não acho que viajar com bebê seja mais difícil que viajar com criança mais velha. A Liana ainda é meio bebê/meio criança, mas tanto eu como o Adam achamos mais difícil viajar com ela hoje do que era antes dos seus 6 meses. A cada vez vai ficando mais dificil. Antes, quando ela só mamava peito a alimentação dela era simples, estava sempre pronta e fresca. Mesmo no período de início da introdução de sólidos ela mamava muito mais peito, então a gente não se preocupava muito com a comida pra ela. Antes ela não tinha vontades, não teimava que queria uma coisa quando ela não podia ter, não fazia muito barulho, não ficava cantando alto dentro do avião. Então eu colocava ela no peito, ou no canguru e pronto. Hoje tem vezes que ela faz escândalo pra não ir pro carrinho, não quer ir no canguru, eu tento colocar ela no peito pra ela ficar quieta na hora da decolagem mas ela quer sair desbravando o avião. Antes a gente não precisava de levar muitos brinquedinhos pra viagem de avião, e hoje levamos alguns coringas pra ela não ficar entediada. Já quanto a dormir e a rotina do sono, isso em casa já é um desafio, viajando o bicho pega mesmo. Mas isso sempre foi assim com ela.
    Mas vamos ver! Talvez quando ela ficar mais velha as coisas serão mais simples. Ou não, como diria Caetano.
    Beijos, querida!
    Rita :)

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    Respostas
    1. Rita!! Adoro vê-la aqui!! Entããããoooo...como eu fico muito mal humorada sem dormir, eu sempre destaco o cansaço físico. Massss, claro que a partir dos 3 anos, principalmente, ocorre-nos um ENORME cansaço emocional com o Dan. É um desafio atrás do outro, sem dúvida! Nesse ponto, concordo com você, a fase sem birras e só no peito tem suas vantagens!
      Beijo bem grandão pra vcs!!!

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