Páginas

Sobre as escolhas

|

 Quando eu era adolescente, tinha uma brincadeira de tentar adivinhar com quem se iria casar, quantos filhos se teria, qual profissão etc. Quem aí fazia esse joguinho? Eu lembro que sempre coloquei 25 anos. Na minha (sonhadora) cabeça, com essa idade eu estaria casada, com 2 filhos e estabilizada profissionalmente. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA Só que não, né?! A vida foi tomando um rumo bem diferente do que eu havia idealizado na adolescência. E apesar de muita gente dizer que os nossos planos nem sempre são os planos divinos, creio que cheguei até aqui pelo livre arbítrio que nos é dado. Ao longo dos anos, fui fazendo escolhas que me permitiram chegar onde cheguei e se a minha vida hoje é um quadro bem diferente do que pintei lá atrás, a "culpa" é minha mesmo! Lembro pensar que 25 anos era uma idade muito adulta, mas, quanta ingenuidade, né não?! Saí da faculdade aos 22, aos 25 casei e nem pensava em ter filhos. Eu queria curtir a vida a dois, as viagens, os amigos etc. Tive meu próprio escritório, achei que havia me encontrado e aí pensei que era chegada a hora de aumentar a familia e quando o Dan nasceu, BUM!!! Um novo marco começou a contar. Dei adeus ao mundo jurídico, tentei ser "só" mãe, mas aos poucos fui percebendo que eu não estava me sentindo feliz, eu sentia falta de me envolver com algo que ocupasse minha mente e me fizesse produzir, dei um 180° na vida profissional e hoje faço parte do imenso grupo de mulheres BOMBRIL que existe no mundo contemporâneo, tentando me dividir em todos os papéis que decidi interpretar. E como é que ficou aquela idealização adolescente?! Não ficou, ué. Não foi e nem será. A imaturidade me fez traçar uma vida em linha reta, sem emoções, sem as vicissitudes, sem os pormenores, daí um quadro só pela impressão do que poderia ser. Talvez fosse mesmo um quadro bem bonito, como os de Monet que tanto adoro admirar. Mas, mesmo com todas as cicatrizes que ganhei, a vida com emoção, cheia de traços fortes e figuras distorcidas, tem sua beleza e se apresenta mais real, daí ser tão mais interessante. Hoje, eu me vejo num quandro que retrata bem as angustias da alma, aquelas que fazem a gente se sentir vivo de verdade, com as nuances de quem escolhe viver e não só admirar a vida:

O Grito
Edvard Munch
1893





13 comentários:

  1. E que bom que sempre podemos escolher novos caminhos, terminar coisas, recomeçar outras... Pouco importa se vamos partir do ponto A e chegarmos ao Y. O que vale é não viver pela metade.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Sim!!! O importante é que independentemente das escolhas, a gente sabe com quem contar!! Luuuv you!!

      Excluir
  2. Eu adorava fazer este joguinho...e detalhe, eu afirmava que iria casar e ter o primeiro filho (de três rsrs), com 21 anos. kkkkkkk
    Concordo que o que vivemos é fruto de nossas escolhas. Por aqui, muita coisa mudou, até aquelas ideias, aparentemente, bem planejadas.
    E, com a maternidade, parece que fazemos mais escolhas e, adaptando-as, de modo a incluir sempre os filhos nelas, bem assim, né?!
    Bjos,
    Larissa Andrade.

    http://maternidadeecotidiano.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. HAHAHAHAHAHA você era mais precoce que eu!! Os filhos nos fazem repensar o viver a vida...isso é mágico!!

      Excluir
  3. hehehe... Adorei o quadro!
    Mas então... algumas escolhas mudam o rumo da nossa história mesmo.
    E a gente vai se equilibrando diante das consequências, vai se adaptando às mudanças, vai aprendendo e amadurecendo ao longo do caminho. Daí a gente acerta mais em algumas escolhas e.... continua errando em outras! hahahaha Mas de uma coisa eu tenho certeza: se pudéssemos escolher ser mãe de novo, escolheríamos SIM! bjs querida! Camila Vaz

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sem dúvida!!! Depois de conhecer esse amor, impossivel viver sem!! Bjks!!!

      Excluir
  4. Myriam,
    Nos meus joguinhos, eu brincava que seria apresentadora da globo news, e teria seis lindos filhos serenos. Hoje eu trabalho numa escolinha do bairro, tenho dois filhos - que são lindos (yay, isso eu acertei!!) - mas nada serenos kkkk. E não consigo nem pensar em chegar nos seis do meu sonho!!!
    A vida é assim sabe? E essa é a beleza dela... cada dia que passa percebo mais isso.
    Adorei a reflexão!
    Beijoca
    Debora
    http://filhosemquadrinhos.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Debora, adorei apresentadora da globo news e 6 filhos!!! Hahahahahahahahaha
      Acho bacana tb as coisas serem do jeito que nos é possível ser. Criar tanta expectativa já me maltratou muito e hoje me sinto mais leve ao não ter que ser ou fazer algo somente porque esse era o plano A...nada como os anos se passarem pra aprendermos a nos conhecer melhor e nos respeitar mais! Bjks!!

      Excluir
  5. As escolhas.... Tenho saudades das que não dei o passo determinante... Mas os outros que fui, tenho mais saudade ainda hehe. Faria tudo de novo, mas concretizando alguns estáticos castradores. O coração na goela na hora de decidir é tudo! :) bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu acho que faria tudo de novo sim...respeitaria novamente meu coração de melão! HAHAHAHAHAHAHAHAHA

      Excluir
  6. Myriam tenho certeza que a vida com mais emoção e viver nesta corda bamba nos faz mais feliz com certeza.

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Confesso que a corda bamba me causa um certo temor...tenho tendencia a querer as coisas muito bem planejadas justamente pra fugir dos sustor...mas quem disse que controlamos tudo, né?!
      Bjão!!

      Excluir

Palpite à vontade

Layout por Xiricutico.blogspot.com para uso exclusivo de Myriam. Proibida a cópia!
Tecnologia Blogger