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Crianças e restaurantes

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O delicioso ciclo da vida nos faz passar por certas provações. Mais que isso. Às vezes faz a gente passar por situações que outrora torcíamos o nariz. Vamos aos fatos:
Antes do Dan, eu fiz muita cara feia nos restaurantes quando ouvia aquele choro ou aquela birra vinda de uma mesa próxima. Não compreendia o porquê daquelas pessoas levarem seus filhos para ambientes fechados, lugar completamente inapropriado para tanta gritaria. Enfim, os anos se passaram e eis que me tornei mãe, e, assim como aquelas pessoas a quem intitulei de "sem noção" e tanto julguei, hoje, eu também tenho vontade de frequentar restaurantes bacanas, sendo que, na maioria das vezes, tenho que levar meu filho comigo, pois nem sempre tenho com quem deixá-lo para curtir uma noite a dois. Apesar disso, ainda acho que existem lugares ou horários que não são apropriados para se andar com um bebê ou criança pequena. E é sobre isso que eu gostaria de compartilhar. Veja bem, da mesma forma que não vou achar bacana alguém reclamar do meu filho que está chorando num restaurante que tem espaço kids e é daqueles típicos pra familia, onde já se sabe que silêncio será algo impossivel, eu penso que há espaços onde levar criança não é bacana, leia-se: uma sacanagem com quem foi pra namorar ou bater um papo com os amigos, num bistrô, ou restaurante/bar, tipicamente adulto. Penso que em ambos os casos, deveria prevalecer o bom senso. Exemplificando, dia desses, sai com meu marido, e já passava das 22h, depois de ter feito meu filho dormir e ter deixado com alguém de confiança para curtir uma noite a dois. Chego no lugar, que é mais um bar do que um simples restaurante e vejo um bebê de mais ou menos 6 meses, aos berros, porque, obviamente, queria dormir, mas, os pais não estavam a fim de deixar de papear com os amigos. E lá ficamos ouvindo a noite toda o coitadinho chorar. Culpa do bebê??? Não, né?!
Mas, será que é mesmo impossível frequentar um lugar desses com criança? Penso que não! Se prevalecer o bom senso, basta a familia ir cedo e respeitar o horário DA CRIANÇA. Meu filho, por exemplo, dorme entre 20:30 e 21h e há duas semanas, aconteceu de querermos muito conhecer um restaurante novo que abriu aqui em Manaus. Procurei saber que horas abria para que pudéssemos ir o mais cedo possível. O local, amém, abria as 18h. As 19h estávamos lá, o local quase vazio, fomos atendidos rapidamente e por volta das 21h já estávamos de saída. Sem choro, sem birra, sem estresse. Afinal, mais que a nossa vontade de sair, priorizamos o bem estar do Dan, que aos 3 anos de idade, necessita das suas horas de sono para que fique bem e saudável. Essa semana mesmo, marcamos de sair pra jantar com um casal vizinho que tem um filho amigo do Dan. Quando as crianças já estavam ficando com aquele sono, pedimos a conta porque sabíamos que era chegada a hora de levantar acampamento e fomos embora de boa. Dessa forma, acho ser muito possível, com bom senso, proporcionar momentos agradáveis e sem estresse para a criança, para os pais e para as pessoas que nada tem a ver com isso. Viver em sociedade implica se preocupar não somente com o seu bem estar, mas também com o de quem está a sua volta. Em Manaus, pouquíssimos restaurantes contam com espaço kids e seria injusto só se frequentar lugares com esse atrativo, até porque há alguns anos nem havia essa história de brinquedoteca e todo mundo andava com suas crias para cima e para baixo. Não venho aqui fazer objeção às crianças nos restaurantes, afinal, tenho uma. Mas, tenho consciência de que nem todo lugar ou horário é para meu filho e é disso que estou falando. E você, o que acha? Qualquer lugar é possível de ser frequentado com crianças? E quanto aos bares? 


12 comentários:

  1. Myriam eu como você acredito que tem locais e horários para crianças, as vezes uso da sua estratégia de ir para o local mais cedo, outras vezes quando quero sair com as meninas para algum lugar a noite, ponho elas para dormir um pouco mais a tarde, pois sei que se elas ficarem com sonho vão estragar a minha e a noite dos outros (ai ninguém merece né), converso com elas o que pode e o que não pode, mas isso não implica que as vezes role uma tolice, então faço o seguinte ou levanto acampamento e vou embora, as vezes dou uma volta fora do restaurante (lógico quando é possível). No geral tem dado certo, mas lógico que tem lugares que simplificante não levo as meninas pois acho que não é ambiente para elas, ai nesses casos ou consigo alguém para ficar com elas (no caso minha mãe, fica logo boa) ou não vamos conhecer o tal lugar (quando não roda ter quem cuide do trio)

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

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    1. Birra é algo que não temos como prever e vc tá certíssima...conversar e se não der certo, deixar o local...acho que esse bom senso é fundamental! Bjão!!

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  2. Eu acho que toda mãe passa por isso...
    Quando a minha irmã teve filhos e eu ainda não, eu criticava tanto ela sabe e milhares de vezes me peguei fazendo as mesmas coisas que ela depois que tive meu filho.
    Já estou te seguindo, gostei do cantinho e seguindo sempre que der eu te faço uma visita... Bjs

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  3. Myriam, eu to na transição, passando do time dos "não-pais" para o outro lado. Concordo plenamente contigo, há horário e local apropriado pra levar as crianças. Aliás, é por isso que eu e maridex estamos indo pros lugares pequenos agora, aqueles que mais transadinhos e sem trocador no banheiro: porque depois da Sementinha nascer deveremos ir nos locais "child friendly". Ah, aqui na Gringolândia, onde ninguém tem família perto pra ajudar a cuidar dos filhos, os amigos é que fazem papel de babá de vez em quando. Tem um casal de amigos nossos que de vez em quando saem pra jantar enquanto eu e maridex cuidamos da filhinha deles de 11 meses. Daqui a pouco eles que irão ficar com a Sementinha enquanto nós sairemos pra curtir uma noite a dois.
    Beijo, Rita

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    1. A gringolândia é um paraíso pra quem tem filhos! Muuuitos lugares feitos pra familia!! Que bom que vcs têm com quem contar. Noite a dois é importantíssimo! Bjs pra vcs duas!! ;)

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  4. Oi Mirian! Adorei conhecer seu blog! Li todos os posts em uma semana (e dá pra ser menos que isso qdo se tem um bebê de 1a5m? Rs) Vou me inspirar no estilo montessoriano no novo quarto da minha Cecília, qdo chegar a hora de tirar o berço. Obrigada por compartilhar tanta coisa legal!
    Beijo,
    Raquel Rocha

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    1. Oi, Raquel! Seja muito bem-vinda!! Obrigada pelas palavras!! Espero você aqui mais vezes!! Bjinhos!!

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  5. Olha, aqui a maioria dos restaurantes campestres tem um parquinho ou atividades para os pequenos. Aqui não levamos a Zoe porque ainda é muito pequena para enfrentar os pernilongos que as vezes aparecem. Mas agora no inverno será mais possível. :D bjs

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    1. Que bacana os parquinhos serem ao ar livre...Zoe vai curtir demais!!! Aqui é mais complicado por causa do calor...a gente derrete!! HAHAHAHAHAHAHA

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  6. Até deu um pouco de dó do bebê naquele horário e em um ambiente para adultos!!
    Também não acho impossível ir com bebês ou crianças para determinados lugares sem um espaço kids, porém,é importante adequar o ambiente e o horário para que a rotina (se é que tem) seja respeitada.
    Barzinhos e/ou baladas para curtir a noite com o companheiro(a) e com os amigos, geralmente há som alto tanto de música como das pessoas conversando, fumaça de cigarro, enfim...não acho muito interessante mesmo crianças por lá. Porém, restaurantes, independente, se há ou não brinquedotecas, acredito que tem um caráter mais familiar e, claro, respeitando os horários da criança, acho sim viável, assim como vcs fizeram.

    Entendo que o casal precisa sair para se divertir a sós ou um encontro com amigos, mas caso não tenha com quem deixar a criança, é melhor segurar mais um pouco até realmente conseguir sair assim e, dessa forma, respeita a rotina saudável da criança.
    (aquela que se empolgou no texto rsrsrs)..

    Bjoss,
    Larissa Andrade.

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    1. Kkkkkkkkkkkk
      Adoreeeei a empolgação!! Estamos no mesmo barco!! Rsrsrsrsrsrs
      Com prudencia, vai-se longe, né não?!
      Mil bjos!!

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