Páginas

Leitura em dia

|

Sempre adorei ler. Foi um hábito adquirido desde a infância. Meu pai, principalmente, foi o grande colaborador disso (nas férias eu sempre tinha que ler algo que ele recomendava e falar sobre depois), além de uma tia querida que sempre me presenteava com coleções maravilhosas. Aliás, foi dela que ganhei um exemplar dos "Contos de Grimm", livro que aguçou tanto o mundo das fantasias. Além dos livros, eu passava um bom tempo ouvindo os disquinhos coloridos na minha vitrola vermelha (oh, God! I'm oooolllddd) com as historias que fazem sucesso até hoje. A minha preferida era "Alice no País das Maravilhas", nem preciso dizer que o blog foi uma homenagem à personagem que eu sempre me identifiquei muito, até demais, eu diria...rsrsrsrsrsrsrs. Pois bem, quando engravidei, li tudo o que pude, mas, depois que Dan nasceu, sobrou nada de tempo para eu me dedicar à leitura. Juro que só consegui voltar a ler de verdade, assim, todo dia, como sempre gostei, depois que filhote completou 2 anos. Eu estou numa gana tão grande de ler que meu marido disse que eu me transformei na LOKA DOS LIVROS. AHAHAHAHAHAHA...e é verdade, tenho comprado muitos, principalmente quando viajo. O negocio tá tão sério que terei que encomendar umas prateleiras pro meu quarto porque não tenho mais onde enfiar os que trouxe agora de viagem...enfim, eu queria mesmo é dizer que finalmente (com certo atraso, eu sei) consegui terminar o livro que há tempos leio sobre e não conseguia ler porque eu estava com uma pilha de livros para acabar antes. Leitura essa que eu diria obrigatória principalemnte para as que vão entrar para o mundo materno. Sem dúvida, é uma linda forma de se tirar a viseira...li todos os dias da viagem e terminei quando estava embarcando de volta pra casa para encontrar o meu grande e lindo amor Daniel.





Daqui de dentro

|


O sol tá lindo lá fora mas eu não consigo sair daqui de dentro.
Aqui dentro já conheço, nada mais me surpreende, as emoções já são certas.
Não há medo, tão pouco o inesperado.
Aqui de dentro o mundo é seguro, não existe tropeço e nem risco.
Está tudo na mais perfeita ordem do ser.
Será que vivo? Acho que assim o coração só pulsa.
Porque viver de verdade implica coragem.
Deixar de olhar o sol somente pela janela e enfrentar as intempéries que porventura apareçam.
Cair e falhar não necessariamente demonstram fraqueza.
Ao contrario, é valentia.
Estar meio vivo não vale.
Se é pra viver que seja com todas as alegrias, com todas as dores, com todas as lágrimas e risos.
Aqui de dentro tá muito chato.
Deixa eu abrir essa porta e sair correndo pro lado de fora, pois só assim é possível saber o que se quer e o que se é de verdade.


Five days away

|
 
 
Duas vezes por ano, geralmente, eu e meu marido viajamos a trabalho e para uma mini lua de mel. Em abril, tiramos seis dias para uma viagem a dois. E agora em novembro, tivemos que participar do encontro de franquias de uma de nossas empresas, que aconteceu na cidade de Curitiba, deixando-nos cinco dias longe do nosso menino. Percebo que mesmo tendo chegado aos três aninhos, ainda é muito dificil deixa-lo. Ainda que ele esteja seguro e rodeado de amor na casa dos meus pais, não deixa de ser sofrido para nós esse momento de separação. Ouvir sua doce voz ao telefone dizendo "eu também te amo muito, mamãe" é um bálsamo e uma faca afiada ao mesmo tempo, pois por mais que o motivo seja trabalho, impossível não me sentir culpada por estar longe. Meu marido funciona melhor que eu nesse sentido, até porque viaja mais vezes ao ano a trabalho, então, consegue, com a praticidade típica dos homens, afastar a culpa, pois sabe ser necessidade e ponto. Bom, eu estou a algumas (milhares) de léguas de pensar dessa forma e me peguei, ao longo das reuniões, pensando no que o Dan estaria fazendo naquele momento, se dormiu bem, se comeu direitinho, se está sentindo nossa falta, se está com saudade de casa etc. Minha mãe e irmã sempre mandam muitas fotos quando fazemos essas viagens, e claro que ver aquele rostinho feliz me acalenta. Mesmo assim, nunca será a tranquilidade desprovida de uma ponta de preocupação.
A verdade é que depois que temos filhos, um cordão umbilical invisível permanece e é impossível se desconectar. A sensação é mesmo de ter deixado um pedaço meu e por isso passo o tempo todo me sentindo incompleta e angustiada, procurando o motivo de eu não estar totalmente relaxada ou concentrada. Compreendo, então, que a díade Myriam-Daniel será eterna e que por mais que o tempo passe e ele cresça, Dan será sempre o coração que pulsa do lado de fora; portanto, só serei em minha totalidade, se perto estivermos. Certamente, novas viagens sem a sua presença virão, mas jamais será como antes de me tornar mãe. Haverá sempre um fio condutor, lembrando-me a todo momento do meu pedaço que ficou.


Faxinando

|
Fazer faxina dá trabalho, não resta dúvida, mas, o resultado sempre compensa. Abre-se espaço, sacode-se poeira, saem os entulhos e entra a leveza. Que maravilha olhar espaços organizados somente com que nos é realmente útil ou traz boas recordações. Vez ou outra eu preciso faxinar aqueles armários que guardam tranqueiras e lembranças; duas vezes por ano, pelo menos. Senti-me tão bem essa semana quando fiz essa faxina que resolvi estender a limpeza para a alma e para a vida, pois que sensação gratificante é tirar os entulhos, aqueles que nos deixam pesados, estocados no passado ou mesmo nos causando mal estar por uma convivência forçada. Parece que a idade nos deixa mais chatos, mas eu diria que nos deixa mais intolerantes e mais críticos. Estou aprendendo a ter menos pressa e isso me proporciona poder observar mais; e quando a gente tem tempo para observar, vamos nos dando conta, além da conta, do quê ou de quem está a nossa volta e muitas vezes chegamos à (belíssima) conclusão de que que faxinar é preciso. Pode ser que seja muito dificil, mas, vale lembrar que o resultado sempre compensa. Você não acha?


Poema de aniversário

|

O bebê de andar desengonçado
Parecia que a todo momento iria tombar
Era um bonequinho careca
Que muito esforço fazia para se equilibrar

O andar tornou-se firme
E logo começou a correr
Joelhos ralados vieram
Maiores preocupações com você

O bebê agora já é criança
E até do berço saiu
De toddler somente a lembrança
A mais doce que meu coração sentiu

Chegou o tempo de novas aventuras
Um moleque que sonha sempre descobrir
Inventa historias e faz muita bagunça
Mas deixa meu coração a sorrir

FELIZ ANIVERSÁRIO AO MEU MAIS DOCE E TERNO AMOR PELOS SEUS 3 ANOS!





Quando ele me pediu pra eu parar de cantar

|
Os últimos meses têm sido como pequenos furacões, que quando passam, transformam o ambiente, sabe? As mudanças têm sido tão significativas e rápidas, que mal tenho conseguido me acostumar a elas. Acho que eu não esperava tanta independência em alguém que mal saiu das fraldas.
Daniel não quer mais ajuda para se vestir, para se calçar, para ir ao banheiro, às vezes, para comer, e, a que mais me doeu: não quer mais "ajuda" para dormir. Há 10 dias, mais ou menos, terminei de ler uma historia curta para ele e não deu tempo dele pegar no sono, então, comecei a cantar, costume nosso desde sempre; mas mal comecei a estrofe e ele me disse, calmamente: "mamãe, eu já sei dormir sozinho". Senti uma pontada no coração e travei; as palavras me fugiram por alguns segundos e os últimos três anos se passaram como um filme; tentando me refazer do choque, fui até ele e disse: "mamãe sabe que você está crescendo e eu adorei que você já sabe dormir só; boa noite, lindo". Incrédula, corri pro meu quarto para ver a babá eletrônica, na tosca esperança de que ele fosse me chamar pra dizer: "mamãe, canta pra mim?", porém, ele se virou de ladinho, fechou os olhos e dormiu placidamente, deixando-me com um vazio sem tamanho no peito. Na tentativa (meio frustrada) de me consolar, lembrei que aproveitei muito esse tempo de naná-lo. Era um momento muito nosso e fico feliz por ter na memória as inúmeras noites em que cantei para meu menino dormir. Ainda bem que nem tudo está perdido, e ele ainda me pede pra eu ler uma historia antes do soninho chegar. Acho que vou adiar a alfabetização do guri pra não ficar sentindo o vazio de novo...


2.º Encontro de Atividades Montessorianas

|
Seis meses depois do nosso primeiro encontro, conseguimos nos reunir novamente para proporcionar aos pequenos uma tarde daquelas cheia de atividades: muita tinta, bolinha de sabão, banho de mangueira, piscina de bolinha, frutas e bolachinhas fizeram a alegria da criançada. Dificil mesmo foi a hora do banho pra conseguir tirar toooda a tinta dos moleques...HAHAHAHAHAHAHAHA. A gente se prometeu não demorar mais seis meses pra se encontrar de novo!!!





Daniel, após passar toda essa tinta, não satisfeito, pintou o rosto e o cabelo!!! Acho que ainda há tinta em algum lugar escondido...



Bodas de Lã

|


Ao meu novo antigo amor

O que é o amor senão os excessos da alma, o coração pungente, o peito que sangra, a lágrima que escorre, a garganta que grita, o afago apropriado, a paixão que acalma e até mesmo a palavra mal dita e maldita.
É o corpo que cola, a língua que se encontra, o calor que se compartilha. 
O amor pode ser sentido até mesmo quando o leite derrama, quando a cria clama e o coração esvazia para se encher novamente. 
É sentido no silêncio do leito, na fala da manhã ou na lembrança tardia.
E mesmo quando se perde para se reencontrar, lá está ele sempre a aguardar a nova chance de surgir.

7 anos se passaram desde o nosso sim. Não poderia deixar de homenagear o companheiro de uma vida. Nossos olhares se cruzaram há mais de 15 anos e desde então escolhemos que estar juntos nos fazia mais e melhor.

Música do nosso casamento como trilha sonora do post de hoje:









Layout por Xiricutico.blogspot.com para uso exclusivo de Myriam. Proibida a cópia!
Tecnologia Blogger