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O adeus à educação infantil

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 Esse ano, Daniel e eu estamos dando adeus à educação infantil. Digo Daniel e eu porque em toda sua trajetória escolar, eu revivi a minha própria experiência na escola. Voltei no tempo desde o primeiro dia em que meu filho, aos 17 meses, fez sua estreia como estudante. Ainda consigo sentir a insegurança de deixá-lo em seu primeiro dia de aula. Ao me afastar e vê-lo aos prantos, experimentei a dor da separação pela segunda vez, só que agora no lugar de mãe e não mais de filha. Foram meses de adaptação. Hoje, tenho certeza de que mais do que ele, eu é quem precisava me adaptar. Dois anos depois de seu debut, Dan mudou de escolinha. Para que essa mudança fosse menos traumática, saí em busca de um lugar que me acolhesse, que fosse extensão de casa, que tivesse muitas cores, bastante espaço e que o brincar fosse respeitado mais do que o conteúdo. Eu busquei uma escola sem pressa, que permitisse meu filho viver a infância com leveza: experimentando, errando, caindo, sujando-se, fazendo os primeiros amigos quem sabe de uma vida inteira. Quando eu encontrei esse lugar - na verdade, foi o coração quem disse sim - tratei de levar meu filho para conhecer a escola onde ele passaria os próximos anos de sua primeira infância. Nós curtimos cada ano intensamente: as festas memoráveis de dia das mães e dos pais, as danças das festas juninas, as feiras de ciências, as reuniões de pais e mestres, os passeios escolares, a emoção de ter chegado na idade de começar a praticar esportes, a amizade com as famílias dos amiguinhos, as festas de aniversário, e, finalmente, o inicio da alfabetização. Esta, por sinal, foi um difícil começo. Eu, sem humildade, achei que meu filho seria um "mini me", que aprendeu a ler antes de todo mundo e acabou pulando a alfabetização. Porém, inversamente proporcional ao que eu esperava, para o meu filho, nada do que eu explicava fazia sentido. Dan era o meu avesso. Ele e as letras não se entendiam, o que para mim foi um choque, provocando-me primeiro a ira, depois a tristeza, o orgulho e o descaso. Foi necessário um hiato para que eu conseguisse me reajustar e transformasse esses sentimentos em humildade e resignação de que cada um tem seu próprio tempo e que eu não posso controlar tudo. Mais uma vez, foi meu filho quem me ensinou algo e não o contrário, como se costuma supor. Abri espaço para uma terceira pessoa ajudar - de forma lúdica - meu filho a compreender o dançar das letras, e, aos poucos, ele foi captando a lógica da coisa.
A festa do ABC está próxima, mas mais do que o alfabetizar, para mim, a festa é uma grande despedida de etapa. Dan está deixando o jardim de infância para entrar no ensino fundamental. Escola maior, mais responsabilidades, mais tarefas, mais desafios, menos brincadeiras...a farda amarela que o deixava com carinha de pintinho amarelinho é encostada para dar lugar a cores menos vibrantes. Escrevendo assim parece triste, não? Mas sou de rituais e acho importante essas mudanças para que o inconsciente diga à consciência que é hora de crescer mais um pouquinho. São manobras para o cérebro e o coração se adaptarem ao novo. A primeira bolha foi estourada e aquele corpinho que antes andava colado ao meu, anda agora mais distante, mais seguro e mais envergonhado de me dar um beijo de despedida na porta da escola, tão diferente daquele conturbado início em que meu colo era o único lugar no mundo em que ele se sentia seguro. Bom sinal! Parece que muito colo o deixou seguro o suficiente para agora andar com as próprias pernas, manter-se um tanto distante e saber que não importa o tamanho ou a idade, colo e abraço de mãe é para o resto da vida dele e da minha...
 Esses dias que antecedem o adeus tem sido de emoção grande! Por isso, deixo aqui um poema de Olavo Bilac que com maestria traduz todos esses sentimentos que ando experimentando ultimamente:

Infância
O berço em que, adormecido,
Repousa um recém-nascido,
Sob o cortinado e o véu,
Parece que representa,
Para a mamãe que o acalenta,
Um pedacinho do céu.
Que júbilo, quando, um dia,
A criança principia,
Aos tombos, a engatinhar...
Quando, agarrada às cadeiras,
Agita-se horas inteiras
Não sabendo caminhar!
Depois, a andar já começa,
E pelos móveis tropeça,
Quer correr, vacila, cai...
Depois, a boca entreabrindo,
Vai pouco a pouco sorrindo,
Dizendo: mamãe... papai...
Vai crescendo. Forte e bela,
Corre a casa, tagarela,
Tudo escuta, tudo vê...
Fica esperta e inteligente...
E dão-lhe, então, de presente
Uma carta de A.B.C...


6 anos de Dan, 6 anos de maternagem...

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 Há 6 anos, as 16h e 45min, eu estreava como mãe. Num susto, soube que era hora dele chegar; nome ainda não definido, malas prontas porque sempre fui precavida, saímos pra fazer um exame de ultrassom. Eu estava na 37.ª semana de gravidez.
 No consultório, imperava um silêncio daquele que incomoda. Finalmente a médica começou a dizer:
 - acho melhor falarmos com sua obstetra porque o liquido não está na quantidade suficiente. Possivelmente ela vai querer fazer o parto ainda hoje.
 Eu e Giovanni nos entreolhamos incrédulos e a partir desse momento eu pedia a D´us que a obstetra dissesse algo diferente. O bebê ainda estava com baixo peso e eu queria muito chegar o mais perto possível da 40.ª semana.
 O consultório da obstetra era ao lado e então pudemos logo ser atendidos. Sentar naquela maca pra mais um exame de toque era um pesadelo. Porém, necessário.
 - Myriam, você já perdeu o tampão.O trabalho de parto está ativo e a água que você vem perdendo nos últimos dias é liquido amniótico. Seu filho está correndo mais perigo aí dentro do que aqui fora. Tem que ser hoje. Disse a obstetra num tom que oscilava entre o acolhedor e o preocupante.
- Hoje?!
- É, por volta das 16h. Já vou ligar pra equipe. E qual vai ser o nome do meninão? Definiram? Em uma nítida tentativa de abrandar a tensão que se estabeleceu.
- E aí, Giovanni? Daniel ou Rafael? perguntei, tentando sorrir.
- Por mim, você sabe...prefiro Daniel.
- Então tá. É isso, Dra.! Parece que Daniel vai chegar!
E assim saímos do consultório: muito assustados, com nome definido e com a incumbência de nos prepararmos para a grande hora.
 Liguei pra minha mãe. Quem mais poderia ser a primeira a receber a noticia? Não tem jeito. Na aflição, o primeiro pensamento é a mãe...eu contei que aquele sábado não seria qualquer sábado, mas na verdade, eu que queria perguntar: mãe, me ensina a ser mãe?
 Chegamos ao hospital e minha pressão estava bem alta. O susto, a emoção e o medo mandaram meu corpo avisar que era hora mas não pra mim. Não há preparo. A jornada de 37 semanas não foi suficiente. A espera é longa no tempo, porém insuficiente quando chega a hora de se ser o que ainda não se sabe ser.
 Todos alegres, equipe acolhedora, amiga querida pediatra, marido segurando minhas mãos - eu queria que ele me segurasse inteira. Tudo estava nos conformes. Menos eu, que ria apenas para fora. Eu estava apavorada. Uma dor de cabeça enorme, como um peso...o peso da responsabilidade. E agora?! Como vai ser? Como ele será? "Mas quem eu será?"
 - Dr., tô enjoada...
 - Normal, Myriam. Vou ajustar a medicação e você vai já se sentir melhor.
 - Melhorou?
 Consenti. Eu queria falar mas as palavras não saíam.
 Poucos minutos depois, um chorinho. Percebo a movimentação. Conheço-o entre lágrimas e tenho direito a uma foto.
 - Amiga, ele tá muito cansado. Preciso levá-lo pra UTI. Vai ficar tudo bem, foram as palavras da pediatra.
 - Mais uma vez consinto. Eu queria falar mas as palavras, de novo, não saíam. Sinto ainda mais medo e o medo me faz soltar a voz:
 - Giovanni, me deixa! Vai atrás do Daniel.
 - Mãe, você está muito nervosa, diz o sábio médico. Vou lhe fazer descansar.
 Dizem que falei com as pessoas no quarto. Dizem que muita gente estava lá. Mas não sei. Não lembro. Acordei 12h depois do primeiro choro, já fazendo menção de levantar.
 - Quero ver meu filho. AGORA.
 - Mas são 4h da manhã, amor.
 - Eu vou agora!
  E assim fui, com dor, curvada, arrastando os pés, sem pedir pra entrar, sem colocar os aparatos necessários, apenas com a coragem que de repente descobri que eu tinha e entrei na sala para ver meu filho naquela máquina, usando sonda com seus 2.600 quilinhos.
 - Senhora, o que a senhora está fazendo aqui? Não pode entrar!!!
 - Vim ver meu filho!
 - Mas a senhora nem vestiu a roupa.
 - Sinto muito. Eu tinha que vê-lo.
 - Agora a senhora precisa sair. Amanhã poderá vê-lo.
 Obedeci. A contragosto, fui me deitar. Foram apenas 36h de UTI. Pareceu uma eternidade. Bravas mães de UTI. Meu repeito e abraço.
 Saímos do hospital no dia 16 de novembro. Quando entramos em casa com o nosso pacotinho, bateu o típico desespero do desconhecido. Foi uma mistura de alívio, tristeza, medo, dúvidas, amor, que nem sei explicar, mesmo hoje. Ali, comecei minha jornada de mãe. Conheci os dias mais alegres e também os mais tristes e solitários que já havia experimentado ao longo daqueles 29 anos. Foi dificil entender que minhas emoções nunca mais seriam constantes. Que nunca mais a vida seria igual e que eu havia me tornado outra mulher. Que eu iria buscar a familia como nunca. Que as prioridades seriam outras. Que o tempo ficaria escasso e que era preciso me afastar de tudo o que eu conhecia para tentar entender o que eu queria e quem eu seria a partir dali. A fissura da maternidade dói. O peito rachado dói. O corpo dói. A cabeça dói. A falta de sono dói. Aprender dói. O primeiro filho vem com essa carga - pesada, eu diria - de fazer você pegar no tranco. É um rompimento absurdo, impossível de passar incólume. É daquelas mudanças que só entende quem passa e nada do que eu disser aqui vai ser suficiente para alguém que não experimentou. O amor é genuíno, com uma cartela de cores inimaginável. A viagem mais incrível e dura que já fiz. Eu me debato no divã todas as quintas-feiras em busca de ser a melhor mãe possível para que eu possa tornar meus meninos os melhores homens possíveis. Esse trabalho é um caminho por vezes tortuoso mas é recompensador.
 - Dan, se te olho com ternura, eu te amo! Se te olho com dureza, eu te amo! Se te olho com alegria, eu te amo! Se te olho com firmeza, eu te amo! Se te olho com saudade, eu te amo! Se te olho com contrariedade, eu te amo! Se te olho preocupada, eu te amo! Se te olho com "brabeza", eu te amo! Se te olho de longe, eu te amo! Se apenas te olho, filho, eu te amo...sempre!
 Feliz 6 anos!!!
 Mamãe














Divórcios

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 Às vésperas de completar 10 anos de casada, (re)pensar a relação é inevitável. Comigo isso acontece periodicamente: às vésperas do fim do ano, do meu aniversário e de todas aquelas datas que correspondam à oportunidade de se repensar, refazer-se, renovar-se, fechar ciclos e por aí vai.
 Já faz algum tempo, li um texto do Jabor (se é que é dele mesmo. Afinal, de 100 textos compartilhados, 101 atribuem ao Jabor, vá saber...) que falava sobre divórcio. Há algumas semanas, o texto reapareceu nas minhas redes sociais e concordei - mais uma vez - com o que ele dizia.
 Entre namoro e casamento, eu e meu marido somamos 19 anos juntos. Tenho 35 anos. Ou seja, mais da metade da minha vida eu compartilhei com ele. Revisitando as memórias que construímos, chego à conclusão a que o texto falava...ao longo dos anos, é certo que a gente (e o outro) muda fisica e emocionalmente. Nem eu e nem ele somos mais aqueles jovenzinhos entre 16 e 17 anos que tinham pela frente uma única certeza: a de que queriam chegar a algum lugar juntos. Por isso, inevitavelmente, de tempos em tempos, foi preciso romper com a relação que se tinha para adaptar-se ao novo ser que estava diante de mim e vice versa. É realmente imprescindível se divorciar várias vezes ao longo de um casamento/relação e estar disposto a casar/se relacionar de novo e de novo e de novo, só que com a mesma pessoa. O amor, sem dúvida, é fundamental, sustenta, aquece mas não basta em si mesmo. É preciso muito mais que amor para enfrentar a violência do tempo. É preciso saber que os caminhos, embora paralelos, seguem na mesma direção. É preciso apoio. É preciso cumplicidade. É preciso afago.  É preciso coragem. É preciso perdão. É preciso não ser preciso e ainda assim querer estar. É preciso reconhecer-se no outro sem deixar de ser você mesmo. É preciso dizer não. É preciso dizer sim. É preciso estar em silêncio, sabendo que o silêncio não é um barulho abafado e sim paz. É preciso aceitar que o tempo deixa marcas mas não tira a essência. É preciso ver que o pior momento pode ser a oportunidade mais incrível de ser feliz com o outro. É preciso esperar que a tempestade do outro passe e chover com ele se preciso. Por muitas vezes, eu quis que o tempo voltasse, eu desejei profundamente que fossemos como há 10 anos, que permanecêssemos intactos, exatamente como na história que li dia desses: não importava o que o protagonista fizesse, ele permanecia lindo, jovem, sem qualquer sinal de desgaste. Todas as rugas, preocupações e marcas que a vida lhe trouxera não o envelheciam. Quem se desgastava era o quadro com uma pintura de seu rosto. Que maravilha...tentador, eu diria. E olhando nossas fotos antigas, constatei a beleza do amor jovem, que o tempo ainda não corroeu, constatei o amor, a paixão, a ingenuidade, os sonhos, a vivacidade, tudo o que nos fez querer estar juntos. E por muitas vezes eu desejei tudo igualzinho, como se a vida não tivesse acontecido. Eu queria o amor em tela: parado, estático, imóvel, liso.  Porém, como uma epifania, eu compreendi que isso além de impossível, não me faria mais feliz. E reconhecer isso foi um dos divórcios mais difíceis pelo qual passei porque tive que me divorciar não do Giovanni, mas de mim mesma, abandonando a crença de que o tempo não é meu amigo, de que há certeza no futuro, de que não há beleza no cacto, de que um vaso quebrado não suporta flores. Compreendi com a força de um tornado aquela frase: "navegar é preciso; viver não é preciso". Somos resultado de nossas escolhas e algumas delas não foram as melhores mas foram as possíveis. Hoje, olho para trás e vejo (com muita alegria) o quanto soubemos aproveitar a vida. Hoje, olho para o presente e enxergo, entre uma ou outra mudança, os mesmos profundos olhos azuis que falam antes de sua boca abrir e reconheço, como nas fotos antigas, o mesmo olhar apaixonado com o qual fui agraciada só que agora com um adendo: há um muito obrigado por tudo o que conseguimos construir até aqui. Hoje, olho para o futuro e apesar dos muitos planos, já não tenho a petulância de achar que tudo acontecerá conforme o planejado. O tempo ensina que ser maleável faz a vida mais leve, as relações mais duradouras e menos estridentes. O tempo é um sábio amigo. E mesmo que nossos relógios despertem em diferentes momentos, em algum momento, a gente se encontra e o descompasso desaparece. Deixo aqui meu soneto preferido, que exprime exatamente o amor que sinto ao longo de quase duas décadas:

"Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.
Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.
Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo".
(Soneto XLIV; Pablo Neruda) 


Cores

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 Sábado passado, com recém completados 1 ano e 3 meses, Noah deu seus primeiros passos sozinho. Mesmo já tendo passado por isso alguns anos atrás, eu me emocionei de novo e como se fosse a primeira vez. Estávamos todos (pais, avós e tia) ansiosos por esse momento. Menos o Noah, que continuou desdenhando de nossa ansiedade e deixou claro que só andaria quando quisesse. As comparações foram inevitáveis e até já falei sobre isso em outras mídias sociais. Dan andou, falou e teve dentinhos mais cedo. Daí a ansiedade dessa mãe que ficou esperando que o tempo se repetisse. Mas já dizia minha avó: "nem os dedos das mãos são iguais, o que dirá as pessoas". Para dizer a que veio, Noah, apesar de não querer muito saber de andar, adora escalar. Tem dado susto atrás de susto. Quando olhamos, subiu na mesa, na cadeira, na escada...é como se tentasse mostrar que é único: no tempo, nos gestos, nas escolhas, no viver. Tem o olhar desafiador. Chega a me encarar enquanto (sabe que) faz algo que não deveria. Digo "NÃO" e ele me sorri de lado, como se tivesse em eterno deja vu. Apesar de eu sempre falar em amor em dobro, o que efetivamente acontece, posto que a cada dia amo mais, a rotina de se dividir nas diferenças dos filhos é difícil e na grande maioria das vezes - que me perdoem aqueles que veem a maternidade apenas em nuances de rosa - exaustiva. Despender energia para lidar com seres tão diferentes não é tarefa fácil. Encontrar tempo e energia para ser quem se é, missão quase impossível. Daí muitas vezes, "sem razão", eu estar perdida em pensamentos, áspera nas palavras e nos gestos. Tenho tido problemas com o ritmo. O meu, pra ser mais precisa. Que há anos não obedeço. Sigo os de outrem, dia a dia, sem cessar. Meu corpo e mente tem pedido que eu obedeça meu ritmo, eu é que não tenho dado ouvidos. Até dou, mas quem faz no meu lugar? Aí eu lembro aquela frase que se ouve toda vez que se encontra alguém na rua que olha seus filhos e diz: "nossa! como cresceram! Passa tão rápido, né?" Bom, depende da perspectiva...há dias que sim, há dias que sinto que fui engolida pelo tempo e ele me deixou lá presa, igual aquela música, daquela banda, que um dia gostei tanto: "you´ve got stuck in a moment and now you can´t get out of it..." é que como vivo muitas cores nessa minha jornada de mãe, os dias são variados e acho tudo bem nisso. Estranho seria ser sempre linear, igual à máquina do hospital quando anuncia que alguém morreu...Eu não! Estou bem viva, "cores de Almodóvar, cores de Frida Khalo, cores..."


35 com jeitinho de 70!

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 Não sei vocês, mas eu me assustei com a ladeira que comecei a descer esse ano! Passada a fase de amamentação, tentei voltar a me cuidar. Aumentei a frequencia na academia, marquei vários médicos, comecei a fazer os exames, dei uma cortada nos carboidratos pra ver se o resultado vinha mais rápido, enfim, uns cuidados para minimizar os estraguinhos que 17kg a mais me fizeram na gravidez do Noah. Diferentemente da primeira vez, tenho sentido mais dificuldade pra tudo. Os quilos a mais emagreci no dobro do prazo da gravidez do Dan. O rosto viu as primeiras manchas, a massa muscular insiste em não aparecer e todo o esforço parece ser nada. Bem que me disseram que depois dos 30 tudo é mais dificil. Só não imaginei tanto. Tento tratar uma coisa e piora outra por causa dos efeitos colaterais...aí chego na farmacia com uma lista de produtos para conter os efeitos. Vou num médico e arranjo problema pra procurar outro especialista. Vou pra academia com mais frequencia e a lombar grita. Gente, os 35 tão com jeitinho de 70! Não tá dando! Se eu for me render a tudo, não faço outra coisa a não ser ir de especialista em especialista e de um tratamento para outro. Dava para preencher todos os horários só com estética e médico, nénão?...mas a vida real e de NÃO artista não permite... e aí eu volto pra casa, pros filhos, pro marido, pra vida de escritora que abracei, pros encontros com os amigos, pra mim mesma, com uma única certeza: a de que não se pode ter tudo! Mas o que escolhi tá de ótimo tamanho!


Crônicas em livro - sonho devidamente realizado

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 Dia 03/07/2016 foi um dia que guardarei com muito carinho...as crônicas deste blog foram devidamente editadas e um livro lindo nasceu! Foi uma tarde cheia de emoções. Quanta coisa boa a maternidade tem me proporcionado ao longo desses anos. A melhor delas foi me redescobrir e me reinventar! Obrigada a todos que compareceram. Vocês nem imaginam o quão feliz me deixaram!
 Além do lançamento das crônicas, ocorreu uma tarde de contação de histórias com as meninas do Brincando no Ateliê! Fiquei muito feliz que meus dois outros livros foram contados de forma tão bacana por elas. Obrigada ao Espaço Conviver pela tarde maravilhosa!!!















1 ano de Noah

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 Há 365 dias Noah chegava em nossas vidas e hoje é sem dúvida um dia muito feliz. Passei o último mês revisitando memórias...memórias de uma viagem em que decidimos que era hora de termos mais um filho; memórias de um resultado positivo muito comemorado; memórias de uma gravidez extremamente tranquila e feliz; memórias de um intenso e lindo trabalho de parto que findou em cesárea mas que não deixei de ser protagonista; memórias de um novo, porém já conhecido puerpério; memórias da avalanche que foi sentir o amor pelo segundo filho invadindo nossas vidas; memórias de uma mãe que se sentia segura como se já soubesse tudo, tão diferente daquela mãe assustada com o primeiro filho nos braços. Logo nos primeiros dias em casa, descobri que mesmo já sabendo, eu não sabia. Era preciso aprender a lidar com um novo ser, que desde sempre deixa claro o que quer. Era preciso aprender a se dividir e a dividir o amor, porque era impossível estar inteira para ambos os filhos ao mesmo tempo. Mais do que nunca era preciso aprender que ajuda não é fraqueza e que isso não fazia de mim melhor ou pior mãe, mas a mãe possível. Era preciso aprender a se entregar mais uma vez a um filho sem contudo perder-se de si mesma porque eu já havia aprendido a existir após a maternidade. Quando estreei minha maternagem, fiquei enlutada. A Myriam antes do Daniel havia morrido. Viver esse luto foi sofrido...é muito dificil abandonar-se sem saber quem nos tornamos. Então eu me reconstruí. Quando Noah chegou, não havia medo ou dúvida. Eu simplesmente já sabia ser além dos filhos. Por isso soube ser mais leve e menos culpada com os possíveis erros que cometi (e cometo) ao começar minha segunda viagem. Tenho, a cada dia, tentado ser melhor mãe para o Daniel, pois entendi que não existe mãe perfeita, logo, não há filho perfeito e que por isso, seus tropeços não tem que ser mais  exaltados que seus acertos. Dan me ensinou tanto sobre a capacidade de amar e superar tudo e todos em nome de algo maior. Com Noah tenho aprendido tanto sobre ser a mãe real que sabe seus limites e é feliz com isso. O maior presente que Noah me deu foi a possibilidade de ver o amor entre irmãos nascendo e sendo cultivado no dia a dia. E mesmo havendo ciúme e disputa pela atenção, logo vem o abraço, o beijo e o "eu amo meu irmão, mamãe." 
 É bem verdade que estou mais cansada. É bem verdade que há dias que estou muito, muito brava com meus filhos diante daquele cansaço que só as mães conhecem. É bem verdade que há momentos em que fico pensando no que eu estaria fazendo se não fosse mãe. É muito verdade que de vez em quando desejo uns dias de silêncio e folga. Definitivamente, não sou encorajadora de que as pessoas tenham filhos, pois nem todo mundo quer ou precisa disso pra se encontrar e ser feliz. Porém, eu jamais teria me tornado quem sou se não fossem meus meninos. Eu adoro existir fora do meu corpo. Eu adoro me reconhecer em um gesto. Eu adoro sonhar com um futuro que não é meu. Eu adoro ser surpreendida com uma pergunta assustadora. Eu adoro a paz que sinto quando os vejo dormindo aquele sono que só temos na infância. Eu adoro quando ouço aquela gargalhada que só eles sabem dar. E mais do que tudo, eu adoro o olhar apaixonado como se no mundo só eu existisse e isso só as mães tem a felicidade de receber.
 Há um ano fomos agraciados pela descoberta do amor em dobro e que só se multiplica a cada dia. A vida está bem mais bagunçada, porém o coração está inundado de alegria e tranquilidade porque pudemos nos eternizar em dois seres lindos e perfeitos dentro de suas humanas imperfeições.
 Parabéns, Noah. Obrigada por também chegar para me ensinar.

Foi nesse paraíso que decidimos o segundinho! Ficou fácil, né?! rsrsrsrsrsrs


ensaio lindo que fizemos



já com mais de 8h de trabalho de parto, monitorando Noah

As 21:06 ele chegou!

O primeiro encontro dos irmãos

O amor em dobro que nos arrebatou
Brit Milá

Comemorando mensário










Enquanto eles crescem: O mundo lá fora e aqui dentro

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  Quando comecei a ler blogs maternos 6 anos atrás, ficava sem entender porque as mães passavam meses sem dar noticias. Eu ficava ansiosa esperando os textos de alguns blogs que eu amava acompanhar, mas quando elas entraram para o mundo das mães de mais de um filho, os textos foram se tornando cada vez mais escassos e atualmente quase nenhum sobreviveu à rotina exaustiva que devem ter. Hoje eu as compreendo. Dificilmente tenho condições de sentar para escrever algo. Na hora do banho, aquele momento quase único de solidão, mas que dura poucos minutos, mil assuntos surgem, entretanto, quase nunca consigo colocá-los aqui. As palavras vão escorrendo pelo ralo porque o tempo sempre está apertado. Mesmo contando com ajuda em casa, quem é mãe sabe que se nossa presença se faz presente, eles não querem ninguém que não seja você. E aí o mais velho quer que eu imprima mil desenhos para ele pintar, o mais novo fica no colo apertando o teclado e eu no máximo olho o facebook. Escrever, é quase impossível. Afinal, melhor que escrever é viver, não é mesmo?
 Além dos dois lindos motivos para a falta de tempo, o pouco dele que me resta tenho usado para trabalhar em meu livro que não deixa de ser um filho. Divulgar, fazer sessões de lançamento, fazer visitas às livrarias etc, demanda bastante dedicação. Mas devo dizer que mesmo estando muito cansada, estou felicíssima por estar realizando algo por mim e para mim. Maternar é maravilhoso, porém, eu estava sentindo muita falta de um projeto meu e esse livro veio para deixar meus dias mais completos. Com tantos afazeres domésticos e profissionais, tenho levado pequenos sustos quando me dou conta do quanto meus meninos cresceram e evoluíram. Dan, que com a chegada do Noah sofreu a ponto de regredir em vários aspectos, está se tornando um rapazinho lindo. Há momentos difíceis ainda mas nada comparado ao ano passado e ao início do ano letivo. Bem que a professora me disse que até junho tudo se acalmaria. Dito e certo, Dan está amadurecendo. O primeiro choque dessa realidade foi quando ele me mostrou um desenho lindo que havia feito mas não era para mim, era pra colega da escola que ele mais gosta. Travei! Menos de 6 anos e já um galanteador. Fofo e assustador para essa mãe ciumenta que vos escreve. Noah por sua vez já vai completar 1 ano no mês que se aproxima. Um nó na garganta me relembra a gravidez, a espera ansiosa, o parto, a chegada e o amor em dobro que arrebatou meu coração. Vê-lo nesse último mês engatinhando e desbravando o mundo com olhos curiosos de quem quer saber tudo em um único dia é sensacional. Fiz uma viagem a dois por 8 dias e quando chegamos, demos de encontro com um Dan tão rapaz e amoroso, que só foi elogios pelos avós e tia (meus pilares de ferro a quem nem sei dizer o que seria se não fossem) e com um Noah destemido e sedento por descobertas, tentando subir em tudo, quase um alpinista. Engraçado que alguns dias longe são suficientes para vermos o quanto os saltos de crescimento são rápidos. É o tal tempo que nunca espera.
 Por fim, mais lançamentos estão previstos, inclusive o livro com os textos mais lidos no blog pela editora Multifoco. Eu já estava com tudo pronto esperando Noah me permitir voltar a pensar um pouco em meus projetos pessoais. Fico feliz que as coisas aconteceram com respeito ao meu tempo. Agradeço às editoras que respeitaram esse período com generosidade. Estou com todo gás para seguir meu caminho, observando as minhas duas criaturas que das minhas entranhas saíram e são tão diferentes, porém, um amor único e imenso para cada. Uma maravilha da natureza, não há dúvida.




A dificil arte de educar

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 Há um tempo que tenho vontade de escrever sobre esse tema, pois textos e mais textos transbordam na minha TL sobre educação infantil. Inclusive foi lendo um texto de um blog que acompanho que me acendeu a luz para escrever hoje. Palmadas proibidas, cantinho do pensamento proibido, correção proibida, vários estudos que comprovam que quase tudo que signifique punição causa transtorno ou dano. Sinceramente, as vezes me sinto em alto mar sem qualquer perspectiva de ser salva. Fico lá à deriva, à espera de um socorro que não sei se virá e na dúvida, também não saio do lugar com medo de perder um helicóptero que possa me salvar. É tanta gente dizendo o que deve ou não ser feito que uma onda de insegurança se alastrou nos pais dos últimos anos e uma geração de crianças mandonas tem aumentado na mesma proporção. Os pais temem os filhos, temem ser repreendidos pelos olhares alheios e ficam lá com cara de bolacha enquanto as crianças tomam conta da situação. Hoje, com um filho de 5 anos extremamente desafiador, tenho que dizer que conversar apenas não resolve. Ele dá de ombros, ele ri na minha cara, ele faz pouco, ele me ignora. Se já bati? Sim! No auge de um ataque de nervos bati em seu braço. Adiantou? Não!!! Fiquei mal? MUITO! Bater não educa, fato. Além de não educar só demonstra o quanto somos frágeis e podemos sair do eixo se não contarmos até 100 antes de levantar a mão. Mas apenas conversar também não funciona, pelo menos aqui em casa. É preciso fazer o Daniel sentir que perdeu algo para entender que o mundo não gira em torno dele, que ele não pode ter tudo o que quer e que há regras sim de boa educação. O castigo, para mim, ainda é a saída e danem-se os estudos que disserem o contrário. Ficar sem o jogo preferido do iPad ou sem a hora do videogame quando chega da escola ou ainda não ir mais dormir na casa da vovó surtem bastante efeito. Voz firme também ajuda muito. Depois sim, rola muuuuuita conversa e sem muito mimimi. Pergunto numa boa ao meu filho qual o motivo pra tanta reclamação e desafios...fico pensando que hoje nossos filhos vivem uma vida muito mais facilitada que as crianças de 50 ou 100 anos atrás e isso talvez gere menos frustrações, menos dificuldades, menos passar vontade, menos desejos quase impossíveis. Com exceção obviamente da parcela que sobrevive em meio à miséria, hoje as crianças vivem um consumismo grande sem muita dificuldade, até porque o crediário permite que quase todos os sonhos se tornem possíveis. Tenho a impressão de que tanta facilidade foi prejudicial. Tanto que é um exercício diário dizer não ao meu filho que por conta da imensa publicidade infantil, pede muitas coisas todos os dias e sei que se as tivesse, deixaria de lado em 10min. E dizer não é muito chato. Dá trabalho. Mas é necessário! Senão, que ser humano adulto meu filho se tornará? Vi e ouvi uma mãe não deixar o pai tirar um brinquedo da mão do filho - o qual estava sendo usado para bater em outras crianças - porque o filho estava gritando e chorando demais e ela não queria ouvir...eu também não queria ouvir meu filho berrando porque eu disse um não. É um saco! Mas escolhi colocá-lo no mundo. É meu dever educá-lo para esse mundo. não dá pra virar de costas, não dá pra passar a mão na cabeça, não dá pra deixar só dessa vez. A personalidade é formada até os 7 anos de idade. Todos os valores serão formados nessa fase e carregados pro resto da vida! Depois disso, fica muito mais dificil mudar. Há dias que me descabelo e choro com os desafios. Seria mais fácil deixar pra lá, enche-lo de aulas todos os dias, terceirizar 24h/7 dias por semana, dar tudo o que ele pede...mas não foi esse o compromisso que assumi comigo mesma de educar um filho. Leio tudo o que posso, converso e pergunto das professoras e pedagogas como proceder, mas me recuso a ser alheia. Não há manual de instrução disponível porque cada criança tem um temperamento e por isso não gosto dessas teorias absolutistas que aparecem por aí. E à medida que a criança vai crescendo, a forma de proceder tem que mudar. É óbvio que quando Dan tinha 2 anos e fazia birra não me sentia tão desafiada e enfurecida quanto agora que ele tem 5 anos e sabe responder muito bem quando quer. Uma criança de 2 anos no cantinho do pensamento realmente não tem valia alguma. Mas o Daniel, aos 5 anos, entende perfeitamente porque foi mandado pro quarto pra pensar. Inclusive, depois vou lá e pergunto se ele sabe o motivo dele estar lá e explico porque me chateei e todo o blá blá blá necessário. E ele responde e entende muito bem!!! Nos dias de fúria, peço ajuda do marido, porque humana que sou, sinto raiva e nessa hora é melhor que o outro mais calmo tome conta da situação. Só acho estranho quando leio ou ouço alguém dizer que nunca fica com raiva...ou a criança realmente é um anjo e diz sim para tudo sem jamais desafiar ou não sei o que pensar! Gosto da frase de um livro da Clarice Lispector quando ela diz: "a gente zanga sem deixar de gostar". É isso! Filhos nos levam à loucura mas deixar de amá-los é impossível. Aliás, só quem ama se descabela e se desespera. O desamor é a indiferença. Então, para mim, jamais o tanto faz!


A hora de dormir só, enfim, chegou!

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 Eu acredito que 9 entre 10 familias reclamam da questão do sono de seus filhos. Em praticamente todas as conversas das quais participei em rodas maternas, o sono (ou a falta dele) era o assunto top 5. Não foi diferente aqui em casa. Entretanto, a questão nunca foi "quando irei dormir a noite inteira?" porque sempre soube que por um bom tempo isso não aconteceria. Algumas abençoadas tem bebês que dormem desde o primeiro mês a noite toda, não foi o caso com os meus filhos. Mas eu estava preparada para um período sem dormir, mesmo tendo havido dias em que chorei de cansaço, eu sabia que isso fazia parte do pacote de ter filhos. Não é a regra que bebês durmam a noite toda e ponto. O problema foi quando Dan começou a dormir conosco (saiu do berço e foi pra caminha, encontrando o caminho do nosso quarto) e os anos foram passando sem que conseguíssemos colocá-lo de volta em seu quarto. No começo, além de cômodo, era muito gostoso. Ele ainda estava saindo da fase de bebê, dormia cedo, não tirava nossa privacidade. Porém, à medida que foi crescendo, Dan foi tomando conta do nosso espaço completamente. Não podíamos mais ver nossos programas, ele começou a dormir um pouco mais tarde, tínhamos que esperar ele dormir para termos um momento nosso, mas muitas vezes o cansaço era tanto que dormíamos junto com ele. Foram muitas e muitas tentativas de fazer o Dan dormir em seu quarto, mas todas foram frustradas. O empenho não durava mais que uma semana. Acabávamos cedendo e o colchão do Daniel voltava para o meu lado. Quando engravidei, fizemos outras tantas tentativas, mas eu não segui adiante no propósito. Eu estava cansada demais para ficar noites a fio indo e voltando. Havia muito choro, estresse e grito de ambos os lados. Deixei pra lá, mais uma vez. Isso me incomodava bastante porque eu sempre tinha conseguido concluir fases de forma bastante eficaz com o Dan: demos adeus à chupeta, às fraldas, às mamadeiras, mas, não conseguíamos dar adeus a esse imbróglio que virou a nossa hora de dormir. Muita gente me acalmava dizendo que um dia ele iria por si só para o canto dele, mas poxa, já são bons anos de quarto compartilhado e isso já não estava fazendo bem a nenhum de nós. Volta e meia esse assunto emergia nas conversas com meu marido sem contudo tomarmos uma providência de fato. Até que chegou sábado retrasado e num rompante que até me assustou, marido disse que a partir daquela noite Dan não dormiria mais conosco. E disse mais: estava disposto a passar quantas noites fossem necessárias levantando até Dan aceitar e dormir em seu quarto a noite inteira. Um frio na barriga tomou conta de mim, pois apesar de saber necessário, no fundo, eu ainda gostava daquela situação de mãe passarinho, sabe? Resolvi acatar a decisão. Afinal, se o marido estava tão disposto a fazer dar certo, não seria eu a contrariar. Foi difícil ver o pânico na carinha do Dan quando ouviu que a partir daquela noite ficaria em seu quarto. Eu quase desisti. Segurei firme o choro e o medo. Deixei que o pai conduzisse a situação. Por trêss noites seguidas, Dan acordou três vezes e lá eu via meu marido levantar e voltar depois de uns 20 minutos. Na quarta e quinta noites, Dan só acordou uma vez e em menos de 10min, meu marido estava de volta. Nas três noites que se seguiram, vimos que Dan levantou, abriu mais a porta para nos enxergar e deitou novamente sem nos chamar. Portanto, há 9 noites Dan não está mais em nosso quarto. Uma grande vitória, sem dúvida. E o Noah? Noah fica no quartinho dele desde a segunda semana de vida, pois começamos a ter ajuda noturna já que meu pós operatório não foi bom, a circuncisão do Noah deu um probleminha e ele sofria de forte refluxo, além disso, por ainda mamar de madrugada, possivelmente, o barulho de preparar a mamadeira, troca de fralda etc, acordaria o irmão. Para não incidir no mesmo "erro", prefiro manter Noah em seu quarto e eu vou até ele. Logo que nasceu, por conta da cesárea etc, ele dormia conosco mas logo que eu me senti melhor, eu que passei a ir até ele. Porém, assim que as mamadas da madrugada terminarem, os maninhos poderão dormir juntos e acredito que Dan vai ficar bem mais feliz!
 É muito bom ter nosso espaço de volta, apesar de ainda não estar totalmente acostumada a ver aquele espaço todo vazio ao meu lado! Muitas vezes dizemos que nossos filhos são dependentes mas acho que nós é que não conseguimos soltar as amarras...foi muito importante que o pai desse o basta e assumisse isso por nós. Eu realmente ainda não tinha tido sucesso porque eu não conseguia passar a segurança que o Dan precisava para ir dormir só. Eu queria meu espaço mas nem tanto, entendem? Confesso que meu sono está mais leve do que nunca. Ainda não estou dormindo com tranquilidade, mas sei que é uma questão de tempo. Foram anos com meu filho dormindo ao meu lado. Impossível em 9 dias eu estar dormindo sem sentir sua ausência. Esse "desmame" talvez esteja sendo mais difícil para mim do que para ele. Contudo, o crescimento de ambos vale a pena e a saudade!


Lançamento do meu livro "O menino que só queria comer tomate"

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 Dia 16 de março aconteceu o lançamento do meu livro "O menino que só queria comer tomate" aqui em Manaus, na Livraria Leitura, que fica no Amazonas Shopping. Foi uma noite muito feliz, em que pude dividir com amigos e familiares a alegria de um sonho realizado.
 O livro está à venda on line nas Livrarias Cultura e Travessa, bem como pela EasyBooks.
 Coração em festa!

Dan - O menino que só queria comer tomate



Sobre ajuda com os filhos

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 O debate está espalhado pelas redes sociais desde que as mesmas invadiram as nossas vidas. Vira e mexe, textos e mais textos polêmicos sobre criação dos filhos entopem nossa TL. Alguns que nos fazem repensar e rever nossos conceitos e outros que a gente preferia nem ter perdido tempo lendo. Mas são ossos do ofício. Nada mais democrático que praia e rede social. As pessoas se expõem da forma que acham melhor e vê quem quer. Uma das coisas que mais aparecem na minha TL, por exemplo, é sobre a tal terceirização dos filhos. Esse termo ganhou proporções gigantescas nos últimos anos. Quando falo sobre isso com as mães das décadas de 90 pra baixo, elas não entendem tanta discussão, tanta marginalização das mães que optam por métodos diferentes e tantos dedos apontados para as diversas formas de criar, fazendo surgir pequenas guerras entre os pais. Ultimamente, colocar filho no mundo, além de todas as dificuldades que já se sabe, ainda temos que enfrentar uma enxurrada de críticas, que as vezes me deixa que nem cego em tiroteio, DESNORTEADA. Quando se começa a falar em opções: escola, babá, avós, a própria mãe etc., D us do Céu!! É complicado! Li tantos textos esculachando as mães que optam pela babá. Mas, sinceramente, é melhor mãe aquela que rejeita a ideia da babá mas põe o filho na escola o dia todo ou deixa com os avós paternos ou maternos? Porque, veja bem, em quaisquer das hipóteses acima, não é a mãe que estará educando o filho. O tempo que a criança está passando é com um terceiro, ou não? Para mim, é uma constatação óbvia. Só que parece mais bonito dizer que não precisa de babá. O que quero defender aqui não é a necessidade da babá ou da vovó ou da escola, e sim as escolhas de cada um e menos julgamento e palpite na vida alheia. Acho que cada pai e mãe sabe o que é melhor para a familia. O importante é estar tranquilo com a escolha que fez.
 Eu tenho a sorte de conviver e conversar com pessoas que vivem todas as realidades possíveis. Eu mesma, ao longo de 5 anos e 3 meses como mãe, já passei por três fases: ajuda integral; sem ajuda; e ajuda parcial. Hoje, com muito mais convicção do que quando comecei a maternar, digo que a coluna do meio funciona muito bem para nós aqui. Como ser humano, tenho as minhas necessidades e ser mãe é um pedaço do todo mas não o todo. Fui notando ao longo do tempo também, que as amigas com ajuda eram bem menos estressadas do que as que nunca tinham ajuda, seja de qual tipo for. O que me levou a outra questão. Seria necessário menos ajuda de fora SE os pais assumissem mais ativamente seu papel de educador e permitissem que as mães tirassem algum tempo para si? Fico então com essa pauta pra pensar porque por aqui tempo esgotado. Hora da papinha do Noah e do almoço do Dan! Fui!!


A chegada dos 35 e o Rubem Alves

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Faltando apenas 2 dias para completar 3.5, ando nostálgica. Ontem ouvi um rock que me remeteu direto as minhas idas ao Bar dos Hell´s Angels...lugar que adorava, mas não existe mais...era 1998, 17 anos, caloura da faculdade de Direito da antiga U.A, hoje UFAM, recém-namorada do meu marido, recém liberta dos nãos dos meus pais, podendo, finalmente, sair à noite com os amigos e chegar depois da meia-noite!! Uau!! Eu estava no céu!!! Os tempos de faculdade foram os melhores da minha juventude. Conheci o amor da minha vida, fiz os melhores amigos que a vida poderia me dar (os bons perduram até hoje), achei que havia encontrado a profissão mais legal do mundo, fui às melhores festas e baladas, passei por 3 greves da universidade que me permitiram viagens e muitas idas aos bares da cidade, onde, desculpem os adeptos do wey protein, tem-se as melhores conversas e as amizades são pra sempre, afinal, desculpem mais uma vez os adeptos do wey, não confio em quem nunca bebe ou não come açúcar de vez em quando. 
 As memórias ainda são frescas e ouso dizer que parece que foi ontem que vivi tudo isso aí. É que ando assustada que agora começo a ficar mais perto dos 40 do que dos 30...é dificil...a certidão de nascimento não mente mas quero dizer que ainda me sinto com 25..hahahahahahahahahaha...ando com certa dificuldade de responder à pergunta "quantos anos você tem?" pior ainda é preencher formulário que não se contenta com data e mês de aniversário. É mesmo necessário escrever o ano que se nasceu? Cadastro de loja eu me recuso a responder o ano que nasci. Pra quê?
 É quase impossível não se fazer um balanço da vida quando o aniversário está chegando. É que nem fim de ano...passa aquele filme na cabeça, a gente faz mil promessas, revê um monte de conceitos etc. Só não gosto de quem diz "a vida me trouxe até aqui..." porque, né? a escolha é nossa, então estou aqui por mim mesma. Olho para trás e vejo claramente que estou onde eu quis estar. Não foi por acaso não. Conforme o tempo foi passando, as escolhas foram se tornando diferentes do que eu havia planejado lá atrás. Fiz muitos planos, mas poucos efetivamente se concretizaram, porque quando vivenciei o momento, mudei de ideia. Sem dúvida, a maternidade foi o momento mais marcante, não por causa do amor pelo filho e toda aquela poesia que já se sabe, mas pela fenda dolorida que se abriu, fazendo-me ir em busca de novos planos porque eu não era a mesma de antes, em nada! Foram mais dores que amor...porque não é fácil desfazer-se do que parecia certo para ir em busca do que nem se sabe. É difícil não saber mais quem se é e só saber quem não mais se é. Costurar uma vida nova em cima do que já se tinha é dolorido. Um novo casamento para uma nova mulher; uma nova atividade para uma nova pessoa; uma nova pessoa para uma recém-mãe. Hoje tá mais fácil lidar com tanta mudança. Já são 5 anos...o tempo não cura mas esfria as dores. E aí que lendo Rubem Alves, bem nessa semana que ando pra dentro, deparo-me: "a felicidade é um dom que deve ser simplesmente gozado. Ela se basta. Mas ela não cria. Não produz pérolas. São os que sofrem que produzem a beleza, para parar de sofrer..." (Ostra feliz não faz pérola. Alves, Rubem, 2014, p.12). E caiu como uma luva. Porque nos últimos 5 anos eu fui a ostra do livro...para parar a dor que o grão de areia causava lá dentro, criei algo brilhante em volta e hoje, como prêmio, tenho a pérola. E essa pérola não é só o que consegui conquistar, é também a ansiedade do que está por vir, o querer coisas novas, o contemplar o que já se tem sem perder o interesse pelo que ainda pode ser. É a mistura de satisfação e ambição, porque quero me sentir viva. Quem se contenta muito, parece-me que já se entregou. Eu quero mais! Bem-vindos, 35! Com saúde pra seguir e amor para fazer valer o esforço!


Rotina das crianças nas férias

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 No post passado, falei sobre as férias mas não deu pra contar os detalhes do dia a dia com as crianças. Comentei que a primeira semana foi difícil e agora posso explicar o motivo. Bom, tirar um bebê da sua rotina é um fator complicador. É um certo desafio viajar com bebês porque é impossível não mexer na rotina deles. Comecemos pelo voo de ida. Era as 14h. As 12h e 30min dei uma mamada ainda em casa e fomos. Ele acabou pedindo um cochilo na sala de espera. Entrou no avião dormindo mas depois de uns 40min, acordou. Enquanto isso, Dan, passada a primeira hora do voo, adormeceu e assim permaneceu por quase 3h. Eis aí uma grande diferença entre os irmãos. Dan sempre foi fácil de dormir em lugares diferentes. Não estranha, não se incomoda com barulho, sempre gostou de dormir no carrinho quando estamos viajando, enfim, tirando os momentos de birra, Dan sempre foi um companheirão de viagem. Onde quer que fôssemos, estava bom. Já o Noah...tem o sono leve. Por isso, qualquer barulho o acorda e não é muuuuito fã de dormir no carrinho. É preciso que esteja extremamente cansado para ceder ao sono. Tanto que das 5h de voo, ele só cochilou duas vezes, 40min cada. Para nossa sorte, apesar de não ter dormido muito, Noah é um bebê tranquilão. Ficou no colo, mexendo em uma ou outra coisa, deixando até a gente assistir um filminho. Não houve choro, nem dor de ouvido, graças a D us! Só que ao chegar no apartamento que alugamos, foi muito dificil fazê-lo dormir em um novo ambiente nos primeiros dias. Nosso sono estava picado e eu comecei a ficar bem cansada. Fui aos poucos tentando atrasar a rotina do sono, para que ao invés de duas mamadas na madrugada, mudássemos para uma. Com uns 9 ou 10 dias isso começou a funcionar. Começávamos a rotina do sono por volta das 21h e 30min, mamada as 22h e ele ia até 4h. Mamava e dormia até as 7h e 30min. Ufa! Comecei a ficar menos cansada. Com o passar dos dias, ele também começou a dormir mais no carrinho enquanto passeávamos. Algumas vezes, tínhamos que embalá-lo, mas outras o cansaço era maior que a vontade de ser embalado e ele dormia por si só. No quesito alimentação, avançamos pouco durante a viagem. Ofereci algumas frutas e dei papinha orgânica algumas vezes, que ele aceitou super bem, mas, antes da viagem, conversei com a pediatra e ela sugeriu que ficássemos mais no leite, pois seria dificil papas naturais e tentativas de três ou mais vezes a mesma papa ou a mesma fruta. Preferi deixar para avançar na introdução alimentar quando voltássemos para Manaus e eu pudesse preparar as papinhas. De qualquer forma, foi muito válida a experiência de introduzir algumas frutas e papas orgânicas por lá. Noah foi amadurecendo, ganhou dois dentinhos e quando chegamos, as papinhas foram mais facilmente aceitas. De lá para cá, ficaram claras algumas preferências: banana e tangerina em relação às frutas e papinha de frango com legumes em relação às comidinhas. 
 De toda essa experiência que passamos,  definitivamente, a dificuldade não é viajar com dois e sim um deles ainda ser um bebê. A preocupação com o bem estar é muito grande. Alguns horários tem que ser respeitados, é preciso saber se o lugar para onde se está viajando tem estrutura para bebês, porque imprevistos acontecem, invariavelmente. Lembro que quando viajamos com o Dan a primeira vez, houve as mesmas dificuldades. Mas depois que ele estava com mais de 2 aninhos, tudo se tranquilizou no que se referia à logística e assim, a dinâmica da viagem corre mais facilmente. A cada viagem com o Dan, a gente se surpreende mais. É lindo ver o amadurecimento e a nova perspectiva com que ele observa o mundo a sua volta. Por vezes, repetimos os mesmo lugares que outros anos mas o olhar foi totalmente diferente e cheio de opinião. Aliás, é o que de melhor trazemos nas bagagens: novas experiências e muitas historias para contar e guardar na memória. Viajar,  para mim, definitivamente, é um grande investimento que se faz para os filhos e para nós mesmos. É a possibilidade de, em um curto espaço de tempo, a gente se tornar diferente, só que para melhor.


As primeiras férias como mãe de dois a gente não esquece

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 Eu disse no post passado que voltaria pra contar...então, aqui estou eu, embora cansada e gripada, pronta pra relatar como foram os 20 dias de férias como mãe de dois.
 Comecemos ainda em Manaus...postei uma foto na hora do embarque com as crias no carrinho duplo que levei pra viagem na página que o blog tem no facebook. Uma leitora criticou o fato do Dan estar num carrinho, alegando que eu estava "infantilizando-o". Bom, acho redundante infantilizar quem ainda é infante. Uma criança de 5 anos no carrinho por causa de uma viagem longa e que vai exigir muito dele, soa-me bastante natural o uso de algo que foi inventado para facilitar a vida das crianças e dos pais. Afinal, íamos rodar em parques e claro que o Daniel iria se cansar. Imagina carregar quase 20kg por duas horas? Enfim, a viagem só confirmou que tomei a melhor decisão. O carrinho duplo foi muuuuuito útil. Tanto Dan quanto Noah dormiram e descansaram à vontade enquanto rodávamos pelos parques de Orlando, principalmente. Aliás, é quase impossível ver familias sem o uso do carrinho por lá. Legal pra quem tá grávida e em dúvida quanto ao modelo; é um mais interessante que o outro. Inclusive, as grávidas podem alugar cadeira para necessidades especiais caso não queiram se esforçar demais andando por 6h ou mais horas. Lembro que quando fiz o enxoval do Dan por lá, andei muito e tive que parar várias vezes pra descansar. Deveria ter usado a cadeira...rsrsrsrsrsrsrsrs
 Antes de irmos pra Orlando, passamos 10 dias em Aventura, um dos Distritos que mais gosto em Miami. Alugamos um apartamento de 2 quartos (minha irmã também foi conosco) pelo site Airbnb. Eu adoro o site, acho super confiável, demos sorte que a dona do imóvel era brasileira, assim ficamos nos falando via whatsapp. Chegando lá, já tinham sido feitas as primeiras compras, o berço pro Noah já estava montado no quarto do casal, tudo limpo e arrumadinho, conforme o prometido. Particularmente, depois que viramos pais, eu e meu marido preferimos nos hospedar em casa/apartamento. A gente gosta de dar espaço às crianças, cozinhar, fazer nada em casa, enfim...recomendo a experiência. Quanto ao carro, alugamos pelo site rent a cars mas caso você não goste de dirigir, baixe o app Uber e peça um carro. Eles estão a 2 minutos de você, onde quer que esteja. São carros novos, você já fica sabendo quem é o motorista, tudo super bacana e rapidíssimo! 
 Bom, a primeira semana foi puuuunk! Noah estranhou ambiente, um dente saiu e foi aquele enjoo e diarreias, dificuldade pra se adaptar à rotina, enfim, um perrengue. Lá pelo quinto ou sexto dia, as coisas começaram a se acalmar. A chegada da minha irmã também foi muito válida. Eram mais dois braços pra dividir os cuidados com as crianças. Pra completar, com a mudança de clima, marido caiu doente e depois foram adoecendo Dan, Noah e eu. Ainda bem que todos foram se recuperando de forma rápida e pudemos aproveitar os passeios a que tínhamos nos proposto. Eu e Giovanni sentimos o baque de uma viagem com mais um filho. Não é fácil, ainda mais sendo um deles, um bebê de 7 meses. A gente não costuma viajar levando a babá, é um momento que gostamos de estar só entre nós e apesar de entender quem opta por levar, mesmo estando bem cansada, perduro na decisão de que só a familia convivendo é muito bom!!! É uma oportunidade quase única de se observar diuturnamente o desenvolver dos filhos, sem perder nenhum momento sequer. Porque, infelizmente, na rotina do dia a dia, a gente acaba perdendo. Seja quando meu marido passa o dia trabalhando e não pode assistir aquela gargalhada linda que Noah aprendeu a dar, seja quando fui deixar o Dan na escola e deixei o Noah em casa e justamente nesse momento ele faz algo diferente e tenho que me contentar com o relato dos meus braços direito e esquerdo que me ajudam em casa. Seja algo surpreendente que a professora do Dan me conta ou manda foto pelo whatsapp. Essa convivência nas férias, que adoro chamar de imersão familiar é algo engrandecedor para todos. Há 4 anos repetimos esse momento e espero poder repetir por muitos anos. A gente tende a falar dos filhos sempre como algo pesado e extremamente cansativo (e é mesmo) mas deixa de falar mais sobre a beleza que é observá-los e criá-los. Os anos passam rápido demais e antes que eles deixem de querer fazer essas viagens com a gente, achando "mó pé no saco", sigo firme de que o melhor que posso oferecer para meus filhos é a minha presença e lugares e experiências novas. 
 Os primeiros dias em Miami me renderam um encontro inusitado. Pude conhecer pessoalmente a Rita, que conheci na blogosfera! Ela, que mora em Boston, estava de passagem por Miami, mandou mensagem pela página do blog no facebook e voilà! Pude conhecer a linda Liana!!! Batemos um papo incrível e foi uma noite muito bacana que guardarei com muito carinho.
 Dessa vez, só conseguimos ir à praia uma vez. O tempo esfriou e não pudemos desfrutar das praias lindas da Flórida. Mas quem quiser curtir uma praia que lembra a Califórnia, recomendo a visita às praias de Deerfield!! Muito lindas! A vantagem de menos praia é que pude levar Dan a lugares novos: Miami Childrens Museum, lugar muito bacana, super interativo, onde Dan pôde experimentar ser bombeiro, médico, piloto, policial, comandante, artista, músico etc. Outro lugar imperdível é o Planet Air, onde são espalhadas camas elásticas gigantes e muitas tirolesas e outras geringonças. Eu pulei horrores com o Dan. Adoramos muito!!!
 Como sou fã de museus, sempre que viajamos escolho uns pra levar o Dan. Deixo ele obsrevar e depois me dizer o que ele mais gostou e o porquê. Os escolhidos da vez foram o Perez Art Museum, o Vizcaya Museum and Gardens e o Wynwood Walls, que conhecemos ano passado mas estava com exposição nova. Todos lugares lindos que valem muito a visita, afinal, Miami não é só compras, ainda mais com esta cotação!! Rsrsrsrsrsrs
 Em Orlando, escolhemos os parques que interessavam ao Dan: Islands of Adventure e Universal Studios. Foi lindo demais ver os olhinhos dele brilhando ao ver os Transformers e todos os personagens dos Vingadores que ele tanto adora. Ele ficou em extase porque pôde ir em alguns brinquedos. Ficou se achando o grande! rsrsrsrsrsrsrs. O mundo de Jurassic park também foi muito bacana mas o brinquedo que ele queria estava com fila de 1h e não pudemos esperar pois estava perto de anoitecer e esfriar mais e quisemos poupar o Noah. Ficará pra próxima! Ah, em Orlando, também fiz uso do site Airbnb e escolhemos uma casa em Kissimee, que tem ótima estrutura, fora do bafafá da International Drive e perto dos parques ao mesmo tempo!

A querida Rita e sua Liana! Que feliz encontro!!!

Entrada do Pérez Museum


A arte do foguete que o Dan mais gostou no Pérez!

Conhecendo os Transformers


Com medo T-Rex

Os lindos jardins do Vizcaya

Eu minha irmã Rebs enlouquecidas com as incríveis artes do Wynwood Walls



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