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Attachment who?

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Desde que me descobri grávida, eu tentei mergulhar profundamente nesse universo de ser mãe, antes tão distante pra mim. Eu tentei ler o máximo de informações durante a gravidez, que, obviamente, não garantiu ausência de dúvidas. Mas, isso já era esperado, afinal, a teoria jamais consegue chegar próxima da prática. À medida que o meu bebê crescia, as dúvidas se multiplicavam, e, claro, que na busca de ser a melhor mãe, fui atrás de livros, blogs, conselhos dos mais experientes, das amigas recém-mães como eu, enfim, sempre tentando, por meio da comparação, saber se eu estava indo pelo caminho certo ou não. Muitas vezes, essa busca insana por informações, mais atrapalhou que ajudou, porque as informações ora se batiam, ora eram completamente opostas e eu ficava numa sinuca de bico, sem saber se pendia para um lado ou para o outro. Foram dúvidas na amamentação, nas cólicas, nos choros, nos cocôs, nas febres, nas gripes, na alimentação, nas fraldas, na escolinha. Aff, que loucura!!! São tantas as teorias loucas possíveis que ficava difícil escolher uma. E, numa dessas "pesquisas" é que me deparei com o termo que vem balançando a blogosfera materna: Attachment Pareting. Quando eu li, pensei "what hell??". E digo isso porque, à primeira vista, sem qualquer embasamento, achei um retrocesso total. Fui cheia de preconceito pensando que aquilo era ridículo, do tempo das cavernas, paranóia de gente desocupada que não tem mais o que inventar. Que palhaçada era essa de amamentar até quando a criança quiser? Que história é essa de fazer as vontades de um bebê? Como assim seguir seu instinto? E eu lá sou cadela ou gata para seguir instinto?? Foi, foi assim mesmo que eu pensei, não vou negar!! Bom, isso sempre acontece quando a gente acha que sabe algo. Mas, não sou de me contentar com pouco. Fui investigar. Não era possível que as mães malucas diferentes eram tantas, sem uma razão plausível! Fui atrás da matéria da Time (que chocou as americanas, alías, essa era a intenção) e fui para o mais atual pai dos burros Google, que a tudo responde. Fiquei impressionada com a quantidade de informações e tive que ler aos poucos (mas, não consegui ler tudo o que eu gostaria) para, enfim, chegar a MINHA conclusão. Sim, porque não estou aqui para dizer o que é certo ou errado. Só quero mesmo é dar a minha opinião, já que escrevo um blog pra isso. Portanto, cada uma pensa o que quiser porque não sou a dona de verdade alguma, ok? Bom, o termo attachment parenting foi meio que traduzido como "criação com apego". E, conforme as leituras que fiz, principalemte no blog maravilhoso e que super recomendo http://www.cientistaqueviroumae.com.br/ , não é um método, não há regras, mas, é uma opção de se criar um filho pelo feeling. Eu sei que parece meio vago, mas, após várias leituras, fiz a minha própria leitura da coisa e me descobri no attachment parenting. Descobri que era isso mesmo que eu estava buscando como mãe. Eu queria dar um tchau a tantas regras, livros e conselhos. Eu queria poder gritar para o mundo que quem cuida do meu filho sou eu e que as regras não são válidas para todas as crianças, simplesmente porque elas não são robôs!!! Cada bebê é único, portanto, cada mãe sabe o que é melhor para o SEU bebê. Como deixar um ser tão singelo se esgoelando porque não quer ficar só para dormir, se com a minha presença ele dorme em instantes? Como ser obrigada a amamentar se meu peito secou aos 4 meses e eu nada pude fazer para impedir? Como largar meu filho na escola aos prantos, se ele quer a minha presença até se acostumar àquele novo universo? Ou seja, eu preciso, eu tenho necessidade de ouvir o meu filho, sem que isso signifique deixar de ser firme quando eu ache que é só manha. Eu tenho a obrigação de compreendê-lo sem que eu seja obrigada a seguir parâmetros e ir de encontro ao que eu penso ser o melhor para ele, naquele momento. Então, eu entendo a "teoria" proposta como um resgate ao "estar por perto" dos pais, que antes dessa modernidade transviada, permitia que os filhos estivessem mais em contato com seus progenitores, os quais entendiam mais rapidamente as necessidades AFETIVAS e não materiais dos filhos, como se impõe ferozmente na atualidade. Dessa forma, eu me impus parar de julgar as atitudes alheias em relação ao criar. Se você é a favor do sling, faça-o! Se você quer seu bebê em sua cama pelos primeiros meses, faça-o! Se você quer amamentá-lo até os 4 anos, faça-o! Compreendi que viver sob o domínio de tantas regras é muito prejudicial a saúde mental de uma mãe que só quer mesmo é poder criar seu filho rodeado de amor. Durante a gravidez, li que a chupeta não era legal, mas, foi um consolo para meu bebê no momento em que ele estava precisando de um. Eu não consegui amamentar meu filho o quento eu gostaria, mas, eu o amamentei com o melhor que tinha dentro de mim: amor!! E quem vai dizer que não sou mãe o suficiente? Adaptei o attachment parenting a minha realidade, a qual não é igual a de ninguém, portanto, comparações são desgastantes e desnecessárias. Por fim, e, sem mais delongas, o importante mesmo é o quanto de afeto, de amor, de atenção e de ouvido você está doando a seu filho. O resto são só teorias!


A saga da adaptação na escolinha parte II

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Após um fim de semana cercado de mimos, bajulações e remédios para Dan estar 100% na segunda-feira, o grande dia chegou. Lá estávamos eu e ele parados em frente à escolinha, esperando alguém abrir a porta. Ele reconheceu imediatamente o ambiente e se agarrou logo em mim. Respirei beeem fundo e pensei, "vamos lá, mais uma vez". Fiquei na salinha com ele, e, conforme o tempo foi passando, ele ia até os brinquedos, porém, sempre voltava para o meu lado. Fiz dezenas de tentativas de sair e dar tchau, mas, ele chorava muito e eu não conseguia sair. Fiquei lá por umas 2h. Depois, mesmo com ele chorando, disse adeus e expliquei que eu precisava ir trabalhar, mas, que eu voltaria para buscá-lo. Claro que todo o meu lindo discurso foi em vão...ele chorou mais ainda e eu, de coração partido, fui. Voltei 1h depois para buscá-lo. Quando me viu, jogou-se nos meus braços e ficou uns minutos abraçado chorando...perguntei como ele tinha se comportado na 1h em que o deixei e a "tia" disse que ele tinha chorado bastante, mas, que começou a se acalmar e ainda havia feito a refeição junto com os outros coleguinhas. UFA! Uma luz no fim do túnel surgiu!!! Fomos para casa e quando chegamos ele ficou super bem, jantou, brincou e dormiu muito bem. Hoje, após almoçar, tomar banho e se arrumar para a escola, ele viu a mochila, apontou e foi para porta e me chamou! OPA!! Sinal de que, apesar de tudo, havia gostado da escolinha. Ao chegarmos, ele viu a "tia" e logo disse: "Callll!" que é como ele chama a Galinha Pintadinha, e se jogou no colo dela porque lembrou que ela o tinha mostrado no dia anterior. Dei, então tchau e disse que voltaria para buscá-lo...aí o berreiro começou novamente. Expliquei que eu não poderia ficar, que eu tinha que trabalhar, mas, que jájá nos veríamos...ele foi me dando tchau aos prantos. Fui trabalhar preocupada, claro. Liguei pra escolinha 1h depois. Disseram que ele ainda chorou muito, mas, que tinha se acalmado. Quando fui buscá-lo, entrei sem fazer alarde para ver como ele estava. E lá estava ele todo serelepe no colo da "tia". Claro que quando me viu já fez cara de choro, mas, ok...a "tia" então contou que ele brincou, dançou e comeu super bem e que estava começando a se soltar na salinha! Que alívio!!! Fiquei mais aliviada e feliz...


Auto-sabotagem?

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E que ontem foi o primeiro dia de adaptação do Dan na escolinha. Uma experiência e tanto, viu?! Para ele e para mim...como ele só vai ficar o período da tarde, a 13h eu o busquei em casa, coloquei na cadeirinha do carro, liguei o som num rock gostoso e fui falando sem parar o quanto ele ia gostar do lugar onde eu iria levá-lo. Que era super colorido, cheio de brinquedos legais, com um monte de amiguinhos para brincar, com tias amáveis para tomar conta dele. Olhando pelo espelho, percebi que ele não estava prestando muita atenção no que eu estava dizendo, e, comecei a me dar conta que talvez aquele discurso todo fosse para eu mesma me convencer de que eu estava agindo corretamente. Chegando lá, tirei ele do carro já com o coração palpitando. Avistei o segurança, que me disse que a coordenadora já iria vir e fui entrando no espaço coberto do parquinho, onde crianças um pouquinho mais novas que o Dan estavam brincando. As tias quando o viram, logo nos chamaram para que ele começasse a interagir. Claro que quando eu o coloquei no chão, ele se agarrou imediatamente nas minhas pernas. Uns 3 minutinhos depois, ele viu um brinquedo muito parecido com um que ele tem na casa dos meus pais e se afastou para ir buscá-lo, mas, voltou logo correndo quando uma das tias se aproximou. Depois quis ir na gangorra, mas era muito longe e ele ficava me olhando como se dissesse "me leva lá, mãe?!". Eu o encorajei a ir sozinho e ele foi. A coordenadora então chegou e me disse que iria me apresentar quem seria a "tia" dele. Suuuper simpática a Cris, mas, quem disse que o Dan quis olhar pra ela? Ignorou e continuou agarradinho nas minhas pernas. Como eu disse que ele era fã de balde (não sei até hoje o porquê dessa paixão), a Cris trouxe um baldinho desses de praia para convencê-lo a sair das minhas pernas. Os olhinhos dele brilharam e ele foi para o colo dela todo interesseiro. Ela, então, aproveitando o encantamento pelo balde, foi levando-o para a salinha onde estavam os outros bebês assistindo a galinha pintadinha e eu fui ver tudo pelas câmeras. Foi aí que ele se deu conta que eu não estava mais lá, abriu um berreiro! Mas, um berreiro daqueles...que doooor no meu coração! Ao ver a cena, revisitei as minhas próprias lembranças de escola que não eram nada agradáveis. Eu tive muuuuuito problema em me separar da minha mãe, não fui dessas crianças que dá tchau pra mãe super felizes. Eu chorava, corria, vomitava...quando vi Dan inconsolável, eu abia exatamente o que ele estava sentindo: a dor do abandono. Em 1h que o deixei na adaptação, ele ficou alternando entre choro e dancinhas vendo o DVD da galinha pintadinha (que bênção!), chegou até a ir ao referitório e lanchar com as outras crianças, mas, quando me entregaram ele estava inconsolável. Muuuuito vermelho, lágrimas e lágrimas escorrendo e quando me viu gritou: "mãããããããe"! Aff!! Quase infarto...depois de acalmá-lo, fomos para o carro e ele voltou pra casa num total silêncio. Quando entramos na garagem de casa, ele levantou os braços e falou : "êêêêêê..." Claro que caí na gargalhada tamanha a espontaneidade e a felicidade dele. À noite, nem demorei muito para fazê-lo dormir...devia estar esgotado. Porém, as 4h da manhã, sou acordada por uns choramingos e gemidinhos dele. Quando o peguei, meu filho estava queimando de febre. Que sufoco! Banho, compressa, tylenol e todas as armas que pude usar. Quase 2h para febre ceder...amanheceu sem querer comer, nariz escorrendo amarelado...hora de ir ao pediatra...e, deu amigdalite. Acho que Dan adoeceu "de propósito"...auto-sabotagem, sabe? Claro que inconsciente. Afinal, ele só tem 18 meses. Mas, o inconsciente já está ali, formadinho, mandando na gente, sem nem sabermos como ou porque...foi um dia e tanto...


Feliz dia das mães!

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Há uma semana cheguei de uma viagem de quase 15 dias que fiz com meu marido. Foi a primeira viagem longa de férias depois do Daniel. Antes da viagem, quanta preocupação tirou meu sono...apesar de saber que meu filho estaria super bem na casa dos meus pais, a angustia tomou conta do meu coração, e, confesso, chorei várias vezes de culpa e saudade! Mas, e ainda bem que existe sempre o "mas", foi uma viagem inesquecível. E por inúmeras razões. A primeira e mais óbvia delas é o bem que fez para o casamento um tempo dedicado só ao casal. Passar o dia juntos, em clima de romance, recarrega as energias e deixa a gente muito feliz, sem dúvida! Porém, aproveitei esse tempo para pensar em muitas coisas que não temos tempo quando vivemos uma rotina enlouquecida. Voltei cheia de resoluções, como disse minha querida terapeuta! Uma delas foi fazer o Dan dormir no berço, que foi o post passado. A outra foi ser mais incisiva em relação à babá, que muitas vezes acha que tem autoridade e quer competir com a minha maternagem! Resolvi começar a deixar beeeem claro que quem manda sou eu! Antes eu achava que tinha que ter muito jeito para falar o que eu não gostava e eu acabava abrindo espaço para essa competição. E, também voltei mais cheia de gás em relação ao trabalho e mais algumas outras mudanças pequenas, mas, que estão fazendo toda a diferença. Acho que essas férias foram muito mais para eu cuidar de dentro do que de fora. Serviu para eu colocar umas ideias no lugar, a mãe que quero ser para o Daniel, a esposa que quero ser para o meu marido,  a filha que quero ser para meus pais, ou seja, a pessoa que quero ser para a vida que ainda me aguarda! Assim, com esse ar de renovação, é que quero desejar um FELIZ DIA DAS MÃES a todas aquelas que escolheram  ser esse ser de entrega e amor infinito! 


Enfim, o berço!

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Hoje estou em êxtase!! Consegui fazer o Dan dormir no berço e não embalando-o no carrinho como acontece desde que nasceu. Domingo ele completará 18 meses e o carrinho está ficando pequeno pra ele. Porém, parecia impossível conseguir fazê-lo dormir em outro lugar que não fosse no bendito carrinho. Mas, hoje eu estava "com a macaca". Botei na cabeça que não importaria quanto tempo eu ia levar para fazê-lo dormir, mas, eu ia conseguir fazê-lo dormir no berço! Era uma questão de honra! Minha babá (dorme em casa) duvidou...e aí que eu fui a fim mesmo de conseguir. Deixei o Dan ficar com aquele sono de andar tombando pela casa, as mãozinhas esfregando os olhinhos e coçando as orelhas. Pronto!!! Era o momento de atacar pegá-lo e levá-lo para o berço. Fui colocando-o deitado e já comecei a cantar as músicas de ninar que ele ouve desde que nasceu. Claro que ele achou aquilo super esquisito... sentou, deu gargalhadas para me convencer a tirá-lo de lá, ficou em pé, deitou em 200 posições, segurou minha mão, pediu cafuné, e eu, mais parecendo um disco furado, continuava a cantarolar para não perder o ritmo, nem me deixar distrair pelas tentativas quase irresistíveis dele. E foi assim que em menos de 30 minutos eu o vi (pasma) adormecer no berço!!! Foi um grande feito!!! Estou me sentindo como se tivesse ganhado o troféu numa maratona, uma vencedora!!! Acho que é assim que todas as mães se sentem quando conseguem realizar algo que antes parecia impossível...enfim, hoje dormirei orgulhosa de mim mesma!!!


Sobre a intereferência dos avós

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Não é de hoje que se ouve falar que avó é mãe duas vezes. E, sem dúvida, o amor é equivalente. Entretanto, é muito difícil lidar com a intereferência dos avós, principalmente quando somos pais de primeira viagem. Embora a intenção seja a melhor, muitas vezes é prejudicial à harmonia da nova familia que está se formando. Acredito que quem mais passa por essa situação, somos nós mães, tendo em vista que a avó mais presente é a materna. Acho importantíssima a convivência, mas, às vezes, tornamo-nos vítimas dessa preocupação exacerbada e o que era para ser só alegria, acaba se tornando chateação. Acho muito válidos os conselhos, porém, deve haver um limite entre o conselho e dizer como deve ser feito. É uma linha muito tênue mesmo. Para as recém avós, ainda é complicado compreender que a vida moderna exige que mãe e filho não fiquem grudados o dia inteiro. As críticas que ouço de vez em quando passam a ideia de que o amor de hoje é menor do que antigamente. O que acho é que os avós devem aprender a respeitar o modo como os pais querem criar seus filhos. Dar conselhos sim, mas, exigir como devem ser criados, não concordo. Vez ou outra, venho travando embates com a minha mãe. E por mais fundamentados que sejam meus argumentos, ainda fica claro o desapontamento dela em relação às decisões que tomo quanto à educação do meu filho. Por mais que eu tente fazê-la entender o meu "ser mãe", ela acaba a frase: você quem sabe. O filho é seu. E, sim!!! É isso mesmo!!! O filho é meu!!! Não existe mãe perfeita. Aliás, é prerrogativa do ser mãe, errar. Ela errou comigo e eu errarei com o Daniel, pois, todas erram com a melhor das intenções de acertar. Da mesma forma que ela fez as escolhas delas sobre o que era bom para mim, quero, sozinha, poder fazer as escolhas pelo meu filho, enquanto isso é possível. Pois, como sabemos, logo, logo, o embate que será travado será entre mim e Daniel! rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs...
Enfim, é lógico que quero SEMPRE minha mãe por perto. Apenas quero que ela esteja para me apoiar e não para dizer o que tenho que fazer. Será que é pedir muito?


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