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A ditadura da magreza

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Em tempos que só se fala em estar/ser magra, engravidar, para muitas mulheres, tornou-se um pesadelo. Após o parto, as pessoas já ficam ansiosas aguardando como está a silhueta da nova mamãe e quanto tempo ela vai levar para voltar à "boa forma"! Acabou o direito de se vivenciar um resguardo daqueles calóricos, para dar leite!! O cardápio se resume a muita água, muitas frutas, legumes, sopas...a pobre mãezinha, que amamenta, pode estar morrendo de fome, mas, ela tem que estar maravilhosa após 40 dias quando as amigas forem visitá-la. Gente, isso é um absurdo! Essa moda começou com as famosas, que 2 meses após parirem, exibiam barriga chapada, braços finos, pele corada, como se jamais tivessem tido um bebê!! Virou competição por quem consegue voltar à tal boa forma primeiro. Não sou favorável ao desleixo, de jeito algum! Até porque sou bem vaidosa. Mas, acho que se levamos 9 meses para adquirir 12, 15 ou 20kg, não há como se voltar ao peso de antes da gravidez em 60 dias...a sociedade atual padece do culto à beleza e quem está fora do padrão, é execrada...isso é muito sério. Antes de qualquer coisa, o que se deve preservar é a saúde física E mental da mãe. Digo isso, porque é muito comum a depressão pós-parto, e, somada essa obrigação de estar magra em pouco tempo, é muita pressão. Eu, por exemplo, engordei 13kg na minha gestação. Voltei ao meu peso, seis meses depois. E, como eu passei a malhar 5 vezes por semana (eu me apaixonei pelo pilates), emagreci mais 5kg nos seis meses seguintes. Ou seja, levei 1 ano para chegar ao corpo que eu queria e estou bem satisfeita com o resultado. Sem dietas radicais e com disciplina, tudo volta ao normal. Mas, nunca será da noite para o dia. Então, futuras mamãe ou mamães que estão nesse processo de perda, não se cobrem demais. A mídia é uma grande incentivadora à cometimento de loucuras. O melhor mesmo é ir com calma! Devagar, chega-se lá! Boa sorte!


O tempo passa voando!!!

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Há alguns dias, eu e meu marido fomos à casa de uns amigos buscar a cedeirinha nova que encomendamos para o meu carro, já que, após, 1 ano e 4 meses, nosso baby já estava impressado grande demais para a antiga. Quando chegamos em casa, meu marido foi logo montar e eu fiquei brincando com o pequeno, aguardando, ansiosamente, a estreia da novidade! Mas, quando meu marido entrou em casa carregando a antiga, eu simplesmente me debulhei em lágrimas. Ele riu dizendo que tinha certeza que eu iria chorar...mas, não foi à toa, gente!! Eu me dei conta que meu bebê, já está deixando de ser um bebê...bateu uma saudade...lembrei do exato momento em que saí da maternidade, e me sentindo a mãe americana moderna coloquei aquele ser tão pequeninho naquela que parecia uma cadeira enooorme, e, hoje não mais servia! Fiquei arrasada...senti até que ele já não era tão meu assim, e sim do mundo! Quase que o vi já recebendo o diploma da universidade! Exageros à parte, é cliché, mas, o tempo passa mesmo voando! E, para que possamos viver sem arrependimentos, melhor que se aproveite cada segundo que temos com os nossos moleques ou molecas...o tempo é precioso demais...às vezes o cansaço é gicantesco, porém, é preciso lembrar que logo, logo, estaremos implorando que eles fiquem mais. Sim, porque essa É a realidade que nos mata aguarda! Então, vamos respirar fundo, tirar o salto, a maquiagem, a roupa bonita, e, vamos rolar no chão, beijar, abraçar, porque, jájá o mundo os espera e nós ficaremos só na saudade!


Que sentimento é esse?

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Essa semana fui fazer uma visita a uma pessoa muito querida que teve bebê! Entre uma mamada e outra, conversamos sobre esse primeiro momento da maternidade, e, como somos muito próximas, temos liberdade para falar exatamente o que pensamos sem que fique aquele ar de julgamento. Ela me perguntou se quando o meu filho nasceu, eu imediatamente já comecei a sentir aquele amooooor gigantesco que chega a doer que tanto ela ouviu falar. Eu caí na gargalhada! Porque ela estava com medo de que eu fosse responder que sim e ela iria se sentir a última das mães!! E chegamos à conclusão que é bem normal esse sentimento misto de amor e dúvida e de saudade da vida de antes em que o tempo era só nosso. Amor é algo que se constrói. Não surge do nada! E isso vale para os filhos também! Nem eu  e nem ela somos alienígenas por termos a coragem de dizer que num primeiro momento a gente olha praquele pacotinho e nos perguntamos sim: "é meu, é?" "tem devolução não?" Isso tudo porque, a chegada de um bebê na familia, muda a rotina em 180 graus...antes, só existia você e seu marido, com todo o tempo do mundo para ir ao cinema, ao barzinho com os amigos, a viagens incríveis, e, de repente, tudo isso fica para sabe Deus quando? Aí você está há dias sem dormir, sem se arrumar, com o peito rachado, bebê com cólica..aff! Como não surtar e lembrar com  muita saudde da vida de antes? Mas, e, que bom que tem sempre um "mas", com o passar dos dias, as coisas vão melhorando, a rotina vai sendo estabelecida, e, veja só! Você não imagina mais sua vida sem aquele pacotinho que você achava meio esquisito logo que nasceu!! O que quero passar aqui é que maternidade não é como nas novelas, nos filmes, nos livros ou nas publicidades da TV...a realidade é bem difícil, porém, mais cedo ou mais tarde, tudo passa, aí, é só alegria!


A difícil escolha entre babá e escolinha

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Sempre que se toca no assunto babá ou escolinha, cria-se uma polêmica. As opiniões são bem divididas e os argumentos muito bem fundamentados. Agora que voltei a trabalhar, fiquei às voltas com esse assunto. Mas, não entrei numa crise tão grande porque eu já tinha uma rotina muito bem estabelecida aqui em casa. Como passei 1 ano e meio sem trabalhar, optei por não colocar meu filho na escola e permancer com as minhas babás que estão comigo há bastante tempo, e, por isso, não sofri com o quesito "alguém de confiança". Além disso, tenho um horário bastante flexível e alterno entre manhã e tarde o tempo que dedico a minha empresa. Muitos me questionaram o porquê de eu deixá-lo em casa. Bom, eu escolhi não mexer na rotina do meu filho, que é maravilhosa e saudável. E, acho que antes dos 2 anos de idade, a criança ainda está bastante sujeita às viroses. É claro que quando ele entrar na escolinha, mesmo aos dois anos, vez ou outra vai acontecer de ele adoecer. Porém, acredito que estará mais forte para suportar uma gripe ou mesmo algo mais sério. Enfim, essa foi a MINHA opção, e, até o momento, tem funcionado bem e espero conseguir mantê-la por todo o resto do ano. Entendo, perfeitamente, as mães que optam pela escola, mas, não se encaixa no meu perfil. Para mim, antes dos dois anos, lugar de criança é em casa. Entretanto, sei que não é fácil ter alguém que se confie, principalmente se a mãe precisa chegar somente à noite em casa. Seja optando por uma ou outra, a separação dos filhos é muito sofrida, pois, ninguém cuida melhor deles do que nós. Todavia, como já me manifestei em post anterior, a vida moderna não mais permite a dedicação exclusiva, que é muito saudável para a criança. Mas, certamente, todas nós estamos dando o nosso melhor e fazendo até o impossível para sermos presentes sempre!


De volta ao trabalho!

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Foi uma decisão muito difícil...desde a 32.º semana de gravidez, quando tive que entrar em repouso absoluto, eu vivi em função da maternidade e dos deveres de casa. Retornar às atividades era algo que eu havia mesmo afastado das minhas prioridades. Eu queria curtir ao máximo o crescimento do meu filho, e isso afastou qualquer possibilidade de eu voltar a trabalhar. O mais difícil não foi deixar para trás a carreira, mas sim ouvir opiniões fervorsas contrárias a minha decisão. Foi muito chato ver a cara de decepção das pessoas quando ouviam que eu ainda estava exclusivamente mãe. Apesar disso tudo, eu adorei ter passado 1 ano e meio me dedicando ao meu filho. Foi um tempo maravilhoso, que eu precisava vivenciar, que me fez um bem enorme. E, só agora me senti preparada para reassumir meu papel de trabalhadora. Não foi fácil passar tantas horas sem vê-lo, fiz várias ligações para casa a fim de saber tudo o que estava acontecendo, mas, venci o primeiro dia! Sem dúvida, não será fácil conciliar tantos papéis, porém, existe uma Mulher Maravilha em cada uma de nós que acaba dando conta do recado. Foi um exaustivo, contudo, revelador...voltei para casa satisfeita comigo mesma e fui recebida com o mesmo sorriso lindo que me faz amar a vida cada vez mais!


Ser mãe é viver com culpa?

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Desde que meu filho nasceu, uma das coisas que mais ouço é que ser mãe é viver se sentindo culpada. Culpada porque não conseguiu amamentar, culpada por optar por deixar o bebê desde novinho em seu próprio quarto, culpada quando ele não quer se alimentar, culpada por voltar a trabalhar, muuuito culpada por viajar e deixar seu bebê. Culpa, culpa, culpa. Acredito que o que ajuda muito a nos sentirmos tão culpadas, é a cobrança que se sofre dos que estão a nossa volta, os quais, sem serem perguntados, sentem-se à vontade para opinar, e, muitas vezes, despejar um veneninho que nos deixa desesperadas e nos sentindo a pior mãe do mundo. Mas, a verdade é que os tempos são outros, e, nós mulheres, mães, esposas, filhas, trabalhadoras que somos, tivemos que nos readaptar a essa nova realidade que não mais permite o mesmo comportamento de nossas avós, bisavós etc. Somos mulheres multifuncionais e não mais aquela dona de casa que se preocupava tão-somente em deixar a casa limpa, preparar as refeições, cuidar dos filhos e esperar o marido-provedor chegar em casa dizendo que está muito cansado e morrendo de fome. Somos obrigadas a "dar conta do recado" em apenas 24h e isso envolve, além da casa, o trabalho, bem como as obrigações sociais, as quais são muitas nos últimos tempos. Não há mais a vida pacata de antigamente. Portanto, é impossível ser e agir como tal. Penso que cada uma de nós deve procurar o seu equilíbrio e se sentir feliz com isso, mesmo que os outros achem que você não está sendo suficientemente boa mãe, ou boa esposa, ou boa dona-de-casa. O mais importante é que seu filho esteja tendo qualidade de tempo com você, e, isso implica, acima de tudo, saber dizer NÃO, mesmo que você tenha passado o dia inteiro fora de casa. Compensar a ausência não é ceder sempre, é ensinar o que é certo e o que é errado. Enfim, é você ter certeza de que você está dando o seu melhor, o que sem dúvida, acalma a tal culpa que querem tanto nos fazer sentir!


Viagem em familia

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Após 1 ano e 3 meses do nascimento do meu filho, resolvi que havia chegado a hora de enfrentar uma viagem em familia. E, quando eu digo familia, é porque convidamos pais e sogros e uma babá para nos acompanharem na aventura! Escolhemos a região dos Lagos para nossas férias. Mais precisamente, Buzios, que eu já conhecia e sabia que teria uma estrutura legal para meu bebê. Confesso que viajei super nervosa, pensando se meu filho ia adoecer, se meus pais iam dar "sugestões" demais em relação ao nosso jeito de educar o baby, se meus sogros iam se aproximar mais do neto, enfim, váááárias coisas passaram na minha cabeça durante o vôo. Mas, apesar da trabalheira que é viajar com criança (mala gigantesca, carrinho, cadeirinha para carro etc), o saldo foi beeeem positivo. Meus pais foram menos invasivos do que eu imaginava, meus sogros se aproximaram e muito do neto e meu marido, que trabalha demais e não tem muito tempo para gastar com o nosso filho, foi um paizão! A verdade é que criamos monstros maiores do que a realidade se apresenta. Criei expectativas meio ruins em cima dessa viagem, porém, tudo saiu muito melhor do que eu poderia imaginar. Conclusão: já quero que chegue o próximo ano para mais uma aventura deliciosa como essa!


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